As mil e uma noites de Istambul – melhores baladas
Enquanto o DJ comandava as batidas eletrônicas desde sua pick up, um telão enorme mostrava homens sarados rebolando em trajes sumários. De quando em quando, os fortões desapareciam a mensagem “get naked!” (fique nu) piscavam no LCD. Na pista, homens e mulheres – loiros, morenos, ruivos, de traços árabes – enlouqueciam enquanto, no bar, uma multidão implorava por drinques energéticos.
Não é o que você espera de um pais muçulmano, verdade?
A noite de Istambul é assim: 100% europeia. Não fossem pelas sobrancelhas e narizes mais avantajados (me gusta!) de parte de seus freqüentadores, e pelo idioma absolutamente incompreensível, o club ultra cool Babylon poderia estar em Berlim, Londres ou Barcelona.
Como em toda metrópole (são mais de 16 milhões de habitantes), há N regiões agitadas e lugares para cair na gandaia. Mas são três as que, na minha modéstia opinião, valem ser exploradas numa primeira visita à cidade.
Rua Sofyali e arredores: Por ali, a boa é começar com um jantarzinho no espertíssimo Sofyali 9, o restaurante que mais curti em Istambul. Se for para badalar, escolha as mesinhas na calçada. Se quiser um pouco mais de privacidade, prefira o segundo andar. Serve os melhores meze (entradinhas turcas) que comi na Turquia, bons pratos de carne e peixe e tem uma carta de vinhos turcos bem completa. Depois do jantar, circule pela própria rua Sofyali (nos finais de semana, mal dá pra andar) e arredores. Há um bar bacana atrás do outro. Quando estiver calibrado, caia para o Babylon, um club que tem m��sica eletrônica no primeiro andar, jazz ao vivo no segundo e rock and roll no inferninho do terceiro andar. Fan-tás-ti-co.
Passagem de Nevizade e arredores: A praça Taksim, o centro da Istambul moderna, é unida pela enorme “rambla” Itiklal à estação do funicular Tünel, perto da qual fica a rua Sofyali. Mais ou menos no meio da Itiklal, há uma discreta entrada para a passagem de Çiçek (passagem das flores). Coberta por vitrais e repleta de restaurantes, é um lindo lugar para começar a noite, jantando no ótimo Seviç, que serve peixes frescos, entre outros pratos. Ali pertíssimo está a passagem de Navizade, que é onde o bicho pega. Com bares maiores (e um pouco menos sofisticados do que os da Sofyali – eu eu particularmente achei mais bacana), o lugar começa a encher na happy hour e entra madrugada adentro.
Ortaköy e arredores – Modelos, bocas estufadas, peitos sintéticos, rolhas de champanhe voando, carteiras recheadas, saltos altíssimos, preços abusivos. Eis aqui a região que abriga os clubs mais tchans à beira do Bósforo, entre eles o Reina, o mais famoso. Você já viu isso em Saint Tropez, em Ibiza, em Floripa, em Mykonos… Para uma noitada mais low profile, há bares menores espalhados por agradáveis boulevares à beira mar.
Mais Turquia aqui no blog:
Istambul: o que fazer em 1, 2, 3 ou 4 dias
Onde comer na região de Sultanahmet
O melhor da Turquia: os turcos
Vá ao Grand Bazaar, mas deixe a carteira no hotel
Achados em Istambul: 10 coisas que você precisa saber sobre a cidade
Siga este blog no Twitter: @drisetti