Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas

Os prós e contras de viajar para a Espanha agora

Preços mais altos, poucos turistas, atrações sem filas, serviços defasados e outras consequências da pandemia no turismo espanhol

Por Adriana Setti
Atualizado em 16 jan 2023, 15h59 - Publicado em 26 out 2021, 14h11
Casa Batlló, do Gaudí (no meio): agora sem filas!
Casa Batlló, do Gaudí (no meio), em Barcelona: agora sem filas! Crédito: (Pixabay/Reprodução)
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A Espanha está aberta* para turistas brasileiros vacinados desde o final de agosto e, a essas alturas, muita gente está arrumando as malas para (finalmente!) visitar o país. O momento é propício para isso. Com quase 80% da população imunizada, a terra das tapas e do flamenco está com os índices de contágio em baixa atualmente e, apesar da crise econômica, há um clima de alto astral no ar. Se você está vindo pra cá, será recebido com sorrisos, já que contribuirá para recuperar um setor que, antes da pandemia, era responsável por 12% do PIB espanhol. Mas, claro, nem tudo são flores para o viajante nesse cenário pós-pandemia. Eis os prós e contras que você vai encontrar:

As grandes cidades ainda estão com poucos turistas

Segundo dados do Observatório do Turismo de Barcelona, ​​a cidade fechou o verão com um total de 1,9 milhão de turistas, o que representa 184,1% a mais que em 2020, mas 62% a menos que em 2019, ano recorde para o setor. Isso dá uma ideia de como anda o movimento de viajantes nas grandes cidades do país. Do verão pra cá, a chegada de estrangeiros (principalmente europeus de países próximos) vem aumentando aos pouquinhos, mas as atrações ainda estão rolando sem filas e lugares que haviam se tornado inviáveis com o turismo de massa voltaram a ser agradáveis. Ou seja, passear por Madri ou Barcelona neste outono promete ser lindo!

Os preços subiram

Como se não bastasse o euro nas alturas, os preços também subiram devido uma série de fatores, que inclui desde a necessidade de correr atrás do prejuízo até a subida brutal da conta de luz. Com isso, os serviços em geral estão mais salgados. Fazendo um cálculo com base na minha experiência recente, as contas dos bares e restaurantes ficaram, pelo menos, 20% mais altas.

Os serviços estão mais precários

Neste fim de semana, voltei a um bar que costumava frequentar e encontrei apenas um garçom fazendo todo o serviço, da cozinha ao atendimento das mesas, passando pela limpeza. Isso vem sendo a regra por aqui: poucos funcionários se desdobrando para dar conta do trabalho que voltou a crescer, seja nas lojas, nos hotéis ou nos restaurantes. Prepare-se para ser empático e paciente.

Lugares antes superlotados, como o Born, voltaram a ser agradáveis
Lugares antes superlotados, como o Bairro Gótico, voltaram a ser agradáveis. Crédito: (Pixabay/Reprodução)

Muitos lugares fecharam de vez (e muitos novos abriram!)

Qualquer guia que você tenha em mãos agora estará desatualizado. Infelizmente, a quantidade de lugares que fecharam é enorme e inclui restaurantes icônicos como o Tickets, do Albert Adrià, em Barcelona, e o lendário Café de Chinitas, tablado de flamenco mais famoso de Madri. Snif, snif… Por outro lado, há muitas novidades pintando por aí. Prometo fazer posts sobre isso.

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Muitos hotéis e albergues ainda estão fechados

Atualmente, 60% dos hotéis da capital catalã estão abertos e a previsão é de que este número aumente para 85% até ao final do ano. Em Madri, cerca de 90% dos hotéis já estão funcionando. Não que esteja faltando lugar pra ficar, mas é possível que você não consiga se hospedar em algum lugar que habitava a sua wish list. Busque opções de hospedagem na Espanha aqui.

A vida noturna ainda está devagar (pero no mucho)

Depois de mais de um ano totalmente fechados, os clubs noturnos voltaram a abrir este mês em algumas regiões do país, incluindo Catalunha, Madri e Valência. Mas ainda não é permitido beber na pista e todo mundo tem que bailar de máscara. Ou seja, nem todo mundo que está encarando esse esquema. Por outro lado, os bares estão fervilhando. Para tentar desafogar o setor, uma quantidade muito maior de mesas nas calçadas foi liberada e, com isso, as ruas andam cheias de vida, com turmas de amigos se reencontrando em um clima de muita alegria e alívio. Os shows andam meio devagar, mas pelo menos estão voltando a acontecer.

Viajar de carro está muito mais caro

Viajar de carro ficou mais caro no mundo inteiro e não só por causa da alta dos combustíveis. Ociosas no auge da pandemia, as locadoras de automóveis reduziram suas frotas em 2020 e, devido aos atrasos na cadeia de produção, não conseguiram repor os seus estoques em 2021. Resultado? Um boom nas tarifas por causa da lei da oferta e da procura. Na Espanha, o aumento bateu 300% no verão!

Com máscara, sem certificado

Ao contrário da vizinha França, a Espanha não exige certificado de vacinação para entrar em espaços fechados como restaurantes e museus (algumas regiões implantaram esta regra no verão, mas as medidas já foram revogadas). No entanto, o uso de máscaras continua sendo obrigatório em espaços fechados.

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*Desde 24 de agosto, a Espanha está aberta a turistas brasileiros que tenham sido totalmente vacinados 14 dias antes da viagem (clique aqui para ver as regras atualizadas no site da embaixada da Espanha em Brasília).

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