Imagem Blog Além-mar Rachel Verano rodou o mundo, mas foi por Portugal que essa mineira caiu de amores e lá se vão, entre idas e vindas, mais de dez anos. Do Algarve a Trás-os-Montes, aqui ela esquadrinha as descobertas pelo país que escolheu para chamar de seu

Hotel Sublime Comporta: dormir na serra, acordar no mar

Fica na Comporta, a beira-mar mais cool de Portugal, um dos melhores hotéis do país. O Atlântico está pertinho, mas o clima é de campo

Por Rachel Verano
Atualizado em 25 out 2018, 19h49 - Publicado em 25 out 2018, 12h42
A piscina cercada de pinheiros e a fogueira ao anoitecer: ares de serra
A piscina cercada de pinheiros e a fogueira ao anoitecer: ares de serra (Divulgação/Reprodução)

É outono em Portugal. Do lado de dentro, a lareira está acesa. O jantar é escoltado por bons vinhos: figos grelhados com sorvete de queijo, lulas recheadas de curry verde, lombinhos de porco, morangos macerados em vinho do Porto. A bruma baixa escolta o caminho de volta ao quarto, recheado de pinheiros, com cheiro a lenha. Piso aquecido, edredom macio, livro na cabeceira. Cai a noite no hotel Sublime Comporta.

O amanhecer e a bruma: o melhor de dois mundos
O amanhecer e a bruma: o melhor de dois mundos (Rachel Verano/Arquivo pessoal)

O sol que pede licença na manhã seguinte chega sem cerimônias e já acima dos 20ºC. A piscina privativa da villa é sempre um convite de soslaio. As borboletas acompanham o mesmo caminho da noite anterior, desta vez rumo ao café da manhã. O sol e o céu azul lembram que o mar está logo ali, a meros 10 minutos de distância de carro. É outono em Portugal, mas há praia.

A piscina privativa da vila: eterno convite
A piscina privativa da villa: eterno convite (Rachel Verano/Arquivo pessoal)
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A magia da Comporta está precisamente no cenário: no areal que parece não ter fim, nos arrozais, na vegetação bem preservada. Os arbustos e pinheiros dão a eterna sensação de serra às almas tropicais – ainda que isso seja, na prática, quase uma licença poética. Para embalar uma boa noite de sono, nada pode ser melhor. Minto, pode sim: saber que a praia está logo ali.

Livro, lareira e a praia logo ali
Livro, lareira e a praia logo ali (Rachel Verano/Arquivo pessoal)

Sabendo que a praia está logo ali, os azuis e brancos dos quartos ficam mais preguiçosos. A ioga ao amanhecer, mais convidativa. E o spa pode sempre ficar para mais tarde. Ou não (afinal é outono e a água da piscina é quentinha).

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A Praia do Pêgo, a 10 minutos do hotel
A Praia do Pêgo, a 10 minutos de carro do hotel (Rachel Verano/Arquivo pessoal)

Independentemente dos rumos do dia (a vila recheada de lojas cheias de charme, as espreguiçadeiras à beira-mar, os restaurantes, um bar que já foi eleito pela Condé Nast Traveler como um dos melhores bares de praia do mundo – o Sal, na Praia do Pêgo, a tal a cerca de 10 minutos), a noite é para se estar ali. É hora da fogueira do lado de fora, da lareira do lado de dentro, dos vinhos, das conversas sem pressa.

Detalhe do café da manhã do hotel
Detalhe do café da manhã do hotel (Rachel Verano/Arquivo pessoal)
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E é a hora do jantar, capitaneada pelo chef Tiago Santos. No restaurante Sem Porta, a pedida pode ser o bacalhau com clorofila de coentros e crocante de pão; o naco de boi com batatas; o arroz de frutos do mar. No Food Circle, a mais recente novidade, 12 pessoas dividem as emoções do balcão em torno de produtos que vão direto do jardim para a grelha.

Banheira com vista em uma das villas do hotel
Banheira com vista em uma das villas do hotel (Rachel Verano/Arquivo pessoal)

Depois? Depois tem a bruma, o cheiro de lenha, o edredom. O amanhecer. E a delícia de saber que a praia continua logo ali.

Anote ai: o Sublime Comporta fica a cerca de 130 quilômetros de Lisboa (ou uma hora e meia de viagem). Este mês as diárias custam desde € 225.

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