Imagem Blog Além-mar Rachel Verano rodou o mundo, mas foi por Portugal que essa mineira caiu de amores e lá se vão, entre idas e vindas, mais de dez anos. Do Algarve a Trás-os-Montes, aqui ela esquadrinha as descobertas pelo país que escolheu para chamar de seu

Top 3: onde comer os melhores mariscos em Lisboa

Imperial gelada, aquários, salões enormes e sempre cheios. As melhores churrascarias da cidade

Por Rachel Verano
Atualizado em 6 mar 2020, 13h25 - Publicado em 28 jan 2019, 13h48
O clássico aquário de frutos do mar na estrada das cervejarias: tudo fresquinho
O clássico aquário de frutos do mar na estrada das cervejarias: tudo fresquinho (Bruno Barata/Reprodução)

No último post eu fiz uma breve introdução ao delicioso mundo do marisco português (leia aqui) – tão amado por estas terras, arrisco dizer, quanto o bacalhau. Agora vamos a um outro tema: o culto pelas cervejarias, que são as marisqueiras por excelência.

A primeira referência que me vem na cabeça, a título de comparação, é a churrascaria. A cervejaria está para Portugal assim como a churrascaria está para o Brasil: um verdadeiro templo onde se come muito bem uma especialidade local, sem frescuras ou mimimis, mas com um belo ritual.

O agitado balcão do Ramiro: fama merecida
O agitado balcão do Ramiro: fama merecida (Bruno Barata/Reprodução)

Uma cervejaria que se preze vai ter placa de néon na porta, salões enormes, aquários recheados de frutos do mar e garçons que parecem estar lá há 100 anos. Vai servir pão com manteiga de acompanhamento e um bom prego (sanduíche de filé) para arrematar – em travessas de alumínio! E, claro, uma imperial sempre gelada (aqui eu abro exceção aos vinhos brancos ou verdes, que caem muito bem – e costumam ser muito mais baratos do que em restaurantes da moda).

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Feita a introdução, vamos ao que interessa. Essas são opções imperdíveis para comer amêijoas, ostras, percebes, lagostas e mais uma infinidade de conchinhas (ou conchonas):

Ostras fresquinhas com limão: um clássico
Ostras fresquinhas com limão: um clássico (Bruno Barata/Reprodução)

Ramiro
Em plena Almirante Reis, ganhou fama no mundo inteiro depois de um programa do Anthony Bourdin. Merecidíssima, aliás (o que ninguém merece são as filas, que em hora de pico podem durar horas e justificaram até a criação de um surreal sistema eletrônico de senhas!). Uma dica: vá em horários alternativos, já que a casa não fecha entre o almoço e o jantar (de terça a domingo!). Sempre que apareço para almoçar lá pelas 15h ou 16h vou direto para a mesa. Ostras fresquíssimas com limãozinho, sapateira, amêijoas… o menu não tem fim, é ir pedindo pequenas doses até provar (quase) tudo. Preço médio por pessoa: € 30.

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O Palácio
Clássico de Alcântara, esta casa de esquina cumpre o ritual por completo, com direito a toalhas de papel nas mesas e um concorrido balcão com bancos altos. Há camarões de mil maneiras e procedências, cadelinhas, bruxas… Faça um intervalo com uma boa porção de presunto cru e prepare-se para sempre mais. O prego bate ponto no cardápio, que pode ser arrematado com sobremesas ultra tradicionais como o leite creme (versão portuguesa do crème brûlée) e a musse de chocolate. Preço médio por pessoa: € 20.

Pinóquio
O toldo verde e as mesinhas ao ar livre em plena Praça dos Restauradores já são quase um postal lisboeta – e um eterno convite a quem passeia pela Baixa. A sapateira é famosa, mas há também gambas, amêijoas, lagostas… Quem quiser ir mais longe na refeição encontra sugestões mais elaboradas, como o arroz, a feijoada e o caril de mariscos. Preço médio por pessoa: € 25.

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