Cachoeiras para conhecer em Guapimirim, no Rio de Janeiro

Para se refrescar em poços de água gelada no meio da Mata Atlântica a 70 quilômetros da capital carioca

Por Rebeca de Ávila
Atualizado em 27 Maio 2024, 16h04 - Publicado em 27 Maio 2024, 15h00
O Rio Soberbo, Guapimirim, Rio de Janeiro
O Rio Soberbo nasce no Parque Nacional da Serra dos Órgãos (Tãnia Rego/Agência Brasil)
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A pequena cidade de Guapimirim, entre a Serra dos Órgãos e a Baía de Guanabara, na região serrana do Rio de Janeiro, é um endereço certo para quem busca belezas naturais e sossego. Cerca de 70% do território do município está em área de preservação ambiental, com ampla área de manguezais, o que faz dela um prato cheio para o ecoturismo.

A cidade é conhecida por suas belas cachoeiras cercadas por pedras e espécies da Mata Atlântica. O cardápio permite escolher entre banhos tranquilos em poços, mergulhos em águas cristalinas e descargas de adrenalina com rapel. Para acessar as cachoeiras, é preciso fazer trilhas pela mata, mas os caminhos são bem sinalizados.

Grande parte das quedas d’água e piscinas naturais são formadas pelo Rio Soberbo, que nasce no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, uma reserva ecológica com três sedes, sendo uma delas em Guapimirim. Além das cachoeiras, o parque também abriga o Dedo de Deus, pico estampado na bandeira do Rio de Janeiro.

Atenção

Os meses chuvosos (entre novembro e janeiro) aumentam o risco de cabeças d’água, quando o nível do Rio Soberbo sobe abruptamente e causa uma enxurrada. O aumento da correnteza, a mudança da coloração da água e a presença de mais folhas e galhos boiando são sinais do fenômeno. Jamais entre na água ao se deparar com cenários assim.

Selecionamos as cinco cachoeiras mais populares de Guapimirim:

Cachoeira da Concórdia

A queda na Cachoeira da Concórdia é pequena, mas o banho em seu poço de águas transparentes não perde nada em refrescância. As grandes árvores fazem bastante sombra, então não é a cachoeira ideal para quem deseja tomar sol.

Por outro lado, a altura das árvores permite que corajosos saltem a nove metros de altura em direção ao poço, com profundidade que permite a façanha. 

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Parte do caminho até a Cachoeira da Concórdia pode ser feito de carro, mas é preciso encarar uma trilha de subidas depois do estacionamento. O trajeto é feito em 20 minutos até o fim da Estrada da Concórdia, onde estará a entrada que leva à cachoeira. Se você seguir reto, conseguirá ter uma visão panorâmica em cima de uma pedra.

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Cachoeira do Garrafão

Dentro do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, a Cachoeira do Garrafão tem duas fortes quedas d’água de 20 metros separadas por um paredão. Pela altura, é o destino procurado por praticantes de rapel.

Perto da queda, sentar em uma pedra e apreciar a natureza é a melhor pedida, porque o poço não é fundo o suficiente para mergulhos. Mas seguindo o rio você encontra pontos para banho.

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O caminho até a cachoeira no sentido Teresópolis é: seguir direto ao chegar na curva do Garrafão (perto de um posto de gasolina) e 500 metros adiante descer à direita, onde é possível estacionar o carro em um bar. Depois, basta seguir o caminho a pé por 15 minutos. Ao fim da trilha, há um lindo mirante entre as árvores.

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Cachoeira do Escorrega

A Cachoeira do Escorrega é oficialmente chamada de Poço do Padre, mas uma pedra lisa usada como tobogã no seu entorno roubou atenção e o nome. A descida é divertida, mas é preciso ter cuidado ao subir na pedra, que é escorregadia, e saber nadar, já que você é lançado até uma parte do poço que não dá pé.

O acesso à Cachoeira do Escorrega é feito pelo Rogério’s Bar e Restaurante com ambiente rústico e comida mineira self-service ou à la carte –, no km 100 da Estrada da Barreira, sentido Teresópolis. Depois de parar o carro no estacionamento gratuito do restaurante, desça 300 metros em uma estrada e entre no portão verde à sua esquerda.

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Cachoeira Poço Verde

Na Cachoeira Poço Verde, o intenso tom das águas encanta e explica o nome do local. No calorão, os banhos fazem ainda mais sucesso porque as águas são geladinhas. 

As bordas do poço são rasas e as crianças também conseguem se divertir, mas a profundidade aumenta no centro. Todo o espaço está cercado por grandes pedras e uma delas dá uma visão panorâmica do cenário; é comum que os mais aventureiros saltem dali em direção às águas.

A cachoeira também está dentro do Parque Nacional da Serra dos Órgãos e a trilha para acessá-la começa no Centro de Visitantes. Daí são 20 minutos em um caminho bem sinalizado até chegar ao Poço Verde. Escolha a esquerda em uma bifurcação no meio do caminho – a direita leva para o Poço da Preguiça.

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A trilha é de dificuldade leve, mas quando você se aproxima da cachoeira é preciso descer em um caminho de pedras de diferentes tamanhos. Ao fim, há um gruta charmosa onde muitos cliques são feitos. Se você já quiser chegar dando tchibum, siga em frente. Caso contrário, siga à direita da descida. Por trás da cachoeira, você consegue relaxar em outra gruta enquanto escuta a força das águas.

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Cachoeira Vale da Lua

Outra cachoeira que se torna autoexplicativa quando você observa a paisagem: a superfície lunar é a primeira imagem que vem à cabeça quando você olha para as rochas esculpidas. São várias piscinas naturais e quedas d’água entre as pedras.

Do Sítio Vale da Lua, a trilha até a cachoeira leva apenas cinco minutos, mas você precisa pagar R$ 10 para acessá-la. Por essa taxa, você também consegue ir à Prainha do Soberbo, com areia e um grande poço esverdeado, e ao Poço do Pedrão, onde fica uma pequena caverna chamada Gruta do Amor junto com as águas tranquilas.

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O caminho gratuito até a Cachoeira Vale da Lua é mais pesado e leva 1h30 dentro da mata a partir do bairro Limoeiro. Também é possível seguir pelas pedras da Cachoeira do Escorrega, mas há muitos trechos irregulares e escorregadios.

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