8 parques nacionais ainda pouco conhecidos no Brasil

Lugares de beleza deslumbrante – e não tão visitados – que podem entrar no seu próximo roteiro de ecoturismo

Por Maurício Brum
4 Maio 2025, 10h00
Acessível de barco, beleza deslumbrante do Monumento Nacional do Rio São Francisco ainda é desconhecida por muitos brasileiros (Cleferson Comarela/CC-BY-SA-3.0/Wikimedia Commons)
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Opções de parques naturais para se reconectar com o meio ambiente não faltam na vastidão do território brasileiro. Alguns são muito famosos, como o Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná, e outros são extremamente visitados, caso do Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro.

Mas há dezenas de outros menos conhecidos espalhados pelo país, que também oferecem uma oportunidade de se afastar das atribulações urbanas, integrar-se à natureza e apreciar um pouco mais da biodiversidade que torna o Brasil tão famoso.

Selecionamos 8 deles que merecem uma visita.

1. Montanhas do Tumucumaque (AP e PA)

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Rio Oiapoque, no extremo norte do país, pode ser visto no parque (Arria Belli/CC BY 2.5/Wikimedia Commons)

Criado apenas em 2002, o Parque Nacional das Montanhas do Tumucumaque é o maior do Brasil, compreendendo uma área de 38,4 mil quilômetros quadrados – maior do que a Bélgica inteira. Seus grandes atrativos são as trilhas e cachoeiras, além, é claro, do relevo que dá nome ao parque. Apesar do tamanho, a região ainda é pouca visitada por ser remota: é preciso ir ao interior do Amapá e do Pará e contratar guias especializados, já que é necessária uma autorização para ingressar na unidade de conservação e fazer um trajeto de barco para acessar as áreas mais interessantes.

Obtenha informações adicionais pelos contatos disponibilizados no site.

2. Parque Nacional da Amazônia (PA)

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Apesar de ser o mais antigo da região amazônica, parque é pouco visitado (Fabricio Ferreira Silva - CC BY-SA 3.0/Wikimedia Commons)
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Embora seja o parque nacional mais antigo da região amazônica – o que explica a primazia do nome – ele está longe de ser o mais visitado dessa parte do Brasil, recebendo menos de 2 mil pessoas por ano. Aqui também a explicação passa pela dificuldade de acesso: o local surgiu em 1974 como uma iniciativa para preservar recursos naturais diante da abertura violenta da Transamazônica (BR-230), rasgando a região. Com trilhas, mirante e uma praia de água doce, o PARNA Amazônia é mais acessível pelos municípios de Itaituba e Trairão, ambos a mais de 1 mil km de Manaus e Belém.

Saiba mais sobre a visitação.

3. Serra do Teixeira (PB)

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Visões elevadas da caatinga são atração no parque criado em 2023 (ICMBio/Reprodução)

Primeiro parque nacional da Paraíba, o Serra do Teixeira é um dos mais jovens do país: foi criado somente em 2023. Também por isso, ainda é pouco conhecido fora do estado. Distribuído por doze municípios, o parque preserva 61,1 mil hectares de caatinga e comporta dezenas de nascentes importantes para a região. Um dos destaques procurados pelos amantes de trilhas é o Pico do Jabre, ponto mais alto do estado que, em dias limpos, permite uma visibilidade de até 130 km. Dá para enxergar até os vizinhos Rio Grande do Norte e Pernambuco.

Mais informações podem ser obtidas nos contatos pelo site do ICMBio.

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4. Monumento Natural do Rio São Francisco (AL, BA e SE)

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Cânions do São Francisco são atração do MoNa (Fabricio Ferreira Silva/CC BY-SA 3.0/Wikimedia Commons)

Localizado na divisa tríplice entre Alagoas, Bahia e Sergipe, esse monumento natural é marcado pelos deslumbrantes cânions esculpidos pelo próprio rio e talvez seja um dos mais conhecidos dessa lista. O passeio mais clássico para quem quer conhecer essa região “por dentro” é em uma jornada de barco pelas águas do Velho Chico – há opções de tours que partem de Aracaju, ainda que seja uma viagem longa e cansativa. Duas possíveis bases na região é Canindé de São Francisco, em Sergipe, e Piranhas, em Alagoas. Para conhecer mais sobre a ocupação humana vale visitar o Museu de Arqueologia de Xingó.

Veja outras informações.

5. Abrolhos (BA)

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Abrolhos foi o primeiro “PARNA MAR”, um Parque Nacional Marinho (Ronaldo Dilascio/CC BY-SA 4.0/Wikimedia Commons)

Estabelecida em 1983, a zona protegida do Arquipélago dos Abrolhos foi a primeira área de conservação do Brasil a receber o título de Parque Nacional Marinho. Um marco na preservação oceânica da costa brasileira, ele abrange parte do maior banco de corais do Atlântico Sul, e também é um local privilegiado para a observação de baleias jubarte (a melhor época para isso é de julho a outubro). Outras espécies, como tartarugas e aves marinhas, também encontram refúgio por lá. Abrolhos fica a cerca de 70 km da costa, o que o torna menos visitado, também porque o ponto de partida no litoral é distante dos grandes centros: a melhor forma de acessá-lo é através do município de Caravelas, cerca de 800 km ao sul de Salvador (ou 400 km ao norte de Vitória).

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Saiba mais sobre a visitação.

6. Grande Sertão Veredas (BA e MG)

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Ida ao Parque Nacional Grande Sertão Veredas é chance de se conectar com versão real de paisagens mencionadas no livro (Bmleite1/CC BY-SA 3.0/Wikimedia Commons)

Com um nome que remete à literatura, esse parque nacional localizado na divisa entre Bahia e Minas Gerais conserva precisamente paisagens como aquelas para onde Guimarães Rosa transporta seus leitores no clássico ‘Grande Sertão: Veredas’. Se sua ideia é passar da imaginação à realidade após pegar o livro, a melhor maneira de visitar esse parque criado em 1989 é se dirigir ao município de Chapada Gaúcha, no lado mineiro. Mirantes, cachoeiras e o rio Carinhana, que marca a separação dos dois estados, são alguns dos atrativos desse PARNA que preserva ecossistemas típicos do Cerrado.

Saiba mais sobre a visitação.

7. Caparaó (ES e MG)

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“Casa” do Pico da Bandeira, Caparaó é um clássico do montanhismo brasileiro (LuizFolha/CC BY-SA 3.0/Wikimedia Commons)
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O parque nacional que inclui o Pico da Bandeira – considerado o ponto mais alto do país durante o Império e ainda hoje a terceira maior elevação do Brasil com quase 2,9 mil metros – é bem conhecido por amantes do montanhismo, mas ainda não entrou nos roteiros de quem não está buscando subir a Serra do Caparaó. Vale o alerta: a trilha é puxada e íngreme. Mas, com paisagens deslumbrantes, piscinas naturais e cachoeiras, há potencial para atrair ainda mais visitantes. Graças ao clima de montanha, a área também é interessante no inverno, para quem busca um frio atípico nas regiões mais baixas das redondezas.

Veja outras informações sobre como visitar.

8. Restinga de Jurubatiba (RJ)

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Jurubatiba é dedicado ao ecossistema contemplado por menos unidades de conservação do país:
a restinga (Rogério Peccioli de Queiroz/CC BY-SA 4.0/Wikimedia Commons)

A maior parte desse parque nacional fica no município de Quissamã, a cerca de 240 km da capital do Rio de Janeiro. Trata-se de uma das unidades de conservação com características mais raras do país: é o único dedicado exclusivamente a um ecossistema de restinga, e suas condições de preservação são consideradas ótimas. As águas de Jurubatiba são seu ponto alto: o parque conta com 44 km de praias, incluindo 18 lagoas costeiras.

Veja outras informações sobre a visitação.

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