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Boipeba: uma panorama das praias e como chegar

Ilha baiana onde não circulam carros é repleta de praias de águas cristalinas e piscinas naturais

Por Valentina Bressan
Atualizado em 16 nov 2024, 09h56 - Publicado em 15 nov 2024, 16h00

Pôr do sol à beira mar em praias quase desertas de areia branca e águas cristalinas: se é essa é sua ideia de férias, a ilha baiana de Boipeba cumpre todos os “checks”.

No litoral sul do estado, Boipeba faz parte de um arquipélago que pertence ao município de Cairu, que é composto por 26 ilhas, dentre as quais se destacam Boipeba e Tinharé – que abriga a bombada Morro de São Paulo.

Em Boipeba não circulam carros, apenas jardineiras puxadas por tratores. O destino não é para quem busca agito e festas – esses viajantes podem curtir mais a estadia na vizinha Morro. Mas, sim, Boipeba há muito tempo já entrou no hype dos sudestinos, que migram em bandos para lá no fim do ano, sobretudo para a praia de Moreré.

Para aproveitar a tranquilidade e visitar as principais praias da ilha, a recomendação é reservar pelo menos cinco dias de viagem. O tempo de deslocamento até Boipeba também deve entrar nessa conta: são cerca de 5 horas de viagem entre Salvador e a ilha. Outra dica é levar dinheiro em espécie para qualquer imprevisto, já que não há agências bancárias no local.

Roteiro por Boipeba

Entre trilhas na vegetação nativa de Mata Atlântica e nos manguezais, a dica para conhecer Boipeba a fundo é desfrutar a pé e sem pressa dos caminhos na ilha. São diversas praias, que só podem ser acessadas a pé ou de barco. Há quadriciclos e tratores que servem de táxi, mas que não podem acessar a faixa de areia – a frequência do transporte é irregular, então prepare-se para caminhar bastante.

Como a maioria dos turistas fica hospedada no vilarejo de Velha Boipeba, a Praia da Boca da Barra, próxima dali, é um bom ponto para começar. É uma das praias mais movimentadas, de onde partem os passeios de barco.

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Passeios de barco saem da Boca da Barra (Márcio Filho - MTUR/Flickr)
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No começo da praia, o mar encontra o Rio do Inferno – onde dá para andar de caiaque pelo mangue. Por isso, a água da Barra é mais escura do que das demais praias. Uma dica é curtir o pôr do sol na Boca da Barra: a pousada O Céu de Boipeba é o local recomendado para apreciar a paisagem de fim de tarde.

Ainda em Velha Boipeba, dá para conhecer a Igreja do Divino Espírito Santo, construída no século 16, e lojinhas de artesanato. Para emendar uma programação noturna, a Praça de Santo Antônio é o destino certo. Os restaurantes e bares embalam a noite com música ao vivo. Não deixe de provar os drinks de biri-biri (fruta de gosto ácido), servidos no cacau.

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Na sequência, a Praia da Cueira é considerada uma das mais bonitas de Boipeba. A areia branca e as águas cristalinas atraem tanto famílias quanto surfistas. Para chegar até lá, o caminho a pé passa pela Praia de Tassimirim. Na Cueira, o restaurante do Guido é parada obrigatória: o ponto, que já foi uma barraca, serve as lagostas mais famosas da ilha.

A 7 km de Velha Boipeba, Moreré é um hit. Ainda mais isolada, o atrativo são as piscinas naturais que se formam na maré baixa. Nos manguezais de Moreré, também é possível andar de caiaque e praticar stand up paddle. Já Bainema, separada de Moreré por um caminho de flores, é ainda mais isolada, quase um idílio. A praia é gostosa para banho e na maré baixa é até mais propícia do que Moreré.

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Mais distante fica a Ponta dos Castelhanos, no extremo sul da ilha: a região ganhou esse nome pelo fato de uma embarcação espanhola ter naufragado por ali em 1535. Inclusive, é possível mergulhar para ver os destroços do naufrágio. A praia é cercada por vegetação nativa e mais isolada – a alimentação pode ser garantida por algumas barracas que vendem pastéis.

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As temperaturas de Boipeba são amenas durante o ano inteiro, mas a estação de chuvas vai de abril até julho. As piscinas naturais de Moreré e Castelhanos só surgem na maré baixa e as condições são melhores nas luas cheia e nova.

Outra atração especial são as baleias jubarte: entre julho e novembro, as gigantes saltadoras migram para a costa baiana para o período de reprodução. Mesmo que não seja garantido encontrá-las, os passeios de barco para avistar as baleias só ocorrem durante estes meses.

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Piscinas naturais em Moreré (Márcio Filho - MTUR/Flickr)
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O que é certo a qualquer momento do ano são os tours pelas praias: o mais famoso é o Volta À Ilha, que parte da Boca da Barra e leva os viajantes para Moreré e Ponta dos Castelhanos. O passeio custa R$ 250 por pessoa e é conduzido pela Associação de Transporte Marítimo de Boipeba.

Como chegar a Boipeba

O primeiro passo do trajeto é pegar um voo até Salvador. A opção mais rápida para chegar a Boipeba é o táxi aéreo que parte da capital baiana – mas é também a menos acessível: o valor do trecho pode passar dos R$ 900.

A opção mais barata é seguir até Valença, a cerca de 130 km de Salvador. Dá para fazer a volta de carro ou pegar uma balsa até Itaparica. O trajeto de balsa leva uma hora. Da rodoviária de Bom Despacho, pegue um ônibus até Valença (2h) e peça ao motorista para parar o mais próximo à Ponta do Curral, de onde saem as lanchas para Boipeba (cerca de 1h20 de viagem); horários no site.

Ao todo, de ponta a ponta, o deslocamento pode levar cerca de cinco horas. Por isso, o mais recomendado é separar um dia de viagem apenas para ir de Salvador a Boipeba.

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