Congonhas testa check-in por reconhecimento facial

O sistema dispensa a apresentação do bilhete de embarque em papel ou no celular

Por Bruno Chaise
Atualizado em 18 jun 2021, 18h32 - Publicado em 18 jun 2021, 17h50
 (Herbert Pictures/Getty Images)
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O aeroporto de Congonhas, em São Paulo, começou a testar na terça-feira (15) um novo sistema de identificação de passageiros por reconhecimento facial. O objetivo é agilizar ainda mais o check-in, dispensando apresentação de cartão de embarque ou documento de identificação. A medida faz parte do projeto Embarque+Seguro, desenvolvido pelo Ministério da Infraestrutura em parceria com o Serviço Geral de Processamento de Dados (SERPRO).

O sistema está sendo testado com passageiros voluntários da ponte aérea para o Rio de Janeiro (Santos Dumont) em voos operados pela Azul. Passageiros que estiverem na fila do check-in serão convidados a participar. Quem aceitar deverá informar o número do celular e, em seguida, receberá uma mensagem em que é preciso concordar com o compartilhamento de dados. Na sequência, é preciso tirar uma selfie. 

O atendente da companhia aérea, utilizando o aplicativo do Serpro desenvolvido para esse fim, realiza a validação biométrica da pessoa comparando os dados e a foto tirada na hora com bancos de dados do governo.  A biometria acessa informações do cadastro junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e ao Denatran (Departamento Nacional de Trânsito).

Uma vez validado, o passageiro pode seguir para a sala de embarque passando pelos pontos de reconhecimento facial antes do raio-x e na porta da aeronave, sem a necessidade de apresentar documentos ou bilhetes. O projeto também está sendo testado nos aeroportos de Florianópolis, Salvador, Belo Horizonte (Confins) e Rio de Janeiro (SDU). 

“Além de ser uma medida segura do ponto de vista sanitário, por dispensar o manuseio de papéis durante a pandemia, existe a proteção total dos dados dos usuários pois atende a todos os preceitos da LGPD”, afirma o secretário-executivo do Ministérios da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, referindo-se à Lei Geral de Proteção dos Dados Pessoais, que versa sobre a privacidade e segurança dos dados dos usuários.

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