Grande Hotel Termas de Araxá: o retorno de um ícone

Nascido para impactar, o imponente hotel do Triângulo Mineiro foi repaginado e valorizou ainda mais o atrativo que o consagrou: as águas termais radioativas

Por Caroline Dalla Vecchia
Atualizado em 16 out 2023, 11h55 - Publicado em 17 fev 2023, 17h51
A fotografia colorida mostra uma enorme construção de tijolos vermelhos
Inaugurado em 1944, o Grande Hotel Termas de Araxá foi construído como um palácio para presidentes e governadores. (//Divulgação)
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Minha primeira vez numa piscina emanatória de água radioativa me fez entender porque Araxá, em Minas Gerais, atrai visitantes desde o final do século 17. Quando submergi, pensei que a única diferença entre nadar ali e numa piscina tradicional seria a temperatura de 37°C. Após algum tempo, porém, notei que a água fazia eu me sentir mais leve. E ao sair da piscina, meu corpo estava tão relaxado quanto estaria após uma sessão de massagem. Não tenho dúvidas que, tivesse eu ido direto para o quarto, teria emendado uma das melhores noites de sono da minha vida entre lençóis de 300 fios de algodão egípcio. Mas eu ainda tinha muito o que ver e fazer nesse gigante que é o Grande Hotel Termas de Araxá, um clássico da hospitalidade mineira que voltou repaginado.

Inaugurado em 1944, o complexo de termas e hotel foi idealizado pelo então presidente Getúlio Vargas e pelo governador mineiro Benedito Valadares, que pretendiam atingir dois propósitos de uma só vez: montar um posto avançado do governo no Triângulo Mineiro e estimular o turismo na região. A escolhida para receber a construção foi a cidade de Araxá, que se tornou popular em meados de 1800 por conta das propriedades medicinais das águas de uma antiga casa de banhos. E também por Dona Beja, que era vista pela sociedade da época como uma mulher promíscua e que teria usado de sua beleza e fama para conquistar influência política e econômica. Essa figura histórica e polêmica, que nos dias de hoje talvez fosse chamada apenas de empoderada, tornou-se famosa a ponto de sua história virar a novela Dona Beija, protagonizada por Maitê Proença e transmitida em 1986 pela extinta Rede Manchete.

A fotografia colorida mostra uma piscina interna azul. há azulejos brancos ao redor tela e um teto azul.
Cenário pronto para um filme de Wes Wenderson, a piscina emanatória de água radioativa estimula a circulação sanguínea, o metabolismo e promove um relaxamento total. (//Divulgação)

A passagem do tempo não fez bem ao hotel. Cinquenta anos depois de ser inaugurado, o lugar ficou decadente e acabou fechando as portas. Reabriu em 2001 e, depois de passar pelas mãos de três empresas, que nunca conseguiram trazer o Grande Hotel de volta aos tempos áureos, o Grupo Tauá assumiu a administração em 2010. Logo de cara tentou-se emplacar o mesmo conceito de outros resorts do grupo, cuja proposta gira em torno da recreação para famílias com crianças. A coisa não funcionou, os salões históricos acabavam por ficar ociosos e a mobília de época corria risco de ser danificada.

Em 2022, houve uma virada de chave. Na verdade, uma volta às origens para o que o Termas de Araxá sempre foi: um hotel focado em bem-estar e que enaltece o seu ativo maior, que são as águas com propriedades terapêuticas. O responsável pelo reposicionamento foi o empresário Facundo Guerra, um craque quando o assunto é pegar lugares esquecidos, às vezes degradados, para então devolvê-los ao que um dia já foram, vide os paulistanos Riviera Bar, a boate Love Story e o Bar dos Arcos. Com isso em mente, o Grande Hotel Termas de Araxá resgatou a sua essência e reabriu em 1° de dezembro de 2022 com novas equipes, serviços, restaurantes, cardápios, enxoval e as termas de sempre.

A fotografia colorida mostra um salão azul com muitas janelas e colunas com aspecto clássico
Com vista para a piscina e o lago, o Salão dos Araxás é a imponente entrada do hotel e também um espaço de eventos. (//Divulgação)

Um hotel que é um pouco museu

O edifício monumental do Grande Hotel Termas de Araxá tem quase 80 anos e foi tombado como patrimônio histórico pelo estado de Minas Gerais. São quase 50 mil metros quadrados projetados pelo arquiteto Luiz Signorelli e seu sócio, Rafael Berti, que revestiram o exterior do edifício com tijolos avermelhados na tentativa de transmitir simplicidade e fazer referência às construções coloniais espanholas. Por dentro, o estilo neoclássico faz alusão a monumentos europeus variados, como os palácios franceses, os pubs escoceses, fontes romanas e, ao final, tudo se encaixou lindamente. A cereja do bolo ficou por conta de Roberto Burle Marx, que cercou tudo isso com seu fenomenal paisagismo e ainda colocou alguns de seus quadros na suíte presidencial. Por causa do tombamento, alguns cômodos não podem ser reformados e existem móveis que sequer podem ser trocados de lugar. Mas isso é parte do atrativo do hotel e, após a reformulação, a sacada foi espalhar 72 QR Codes com textos, áudios e vídeos explicando a história dos espaços.

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Se a primeira impressão é a que fica, o Grande Hotel se sai bem com o Solar dos Araxás, salão com o qual me deparei logo que atravessei a recepção e parecia saído dos cenários da série Bridgerton. Seguindo pelo corredor à esquerda, a antiga biblioteca de Getúlio Vargas, com enormes painéis retratando o folclore brasileiro, é vizinha do Salão Ouro Preto, onde aconteciam apresentações de cancã, bailes de carnaval e até shows de Carmen Miranda. Com paredes revestidas de madeira de cerejeira, espelhos, cristais e cortinas de veludo escuro, esse foi meu salão preferido. No andar de cima ficam outros salões que eram usados para festas, reuniões governamentais e projeções de filmes.

A fotografia colorida mostra um salão com paredes de madeira e um palco com cortina escura. As cadeira aveludadas estão distribuídas como uma plateia
Dos painéis de madeira, passando pelos cristais e os tecidos, tudo é original no Salão Ouro Preto. Os QR codes da sala exibem vídeos em preto e branco dos carnavais que aconteceram no hotel nas décadas de 1940 e 1950. (//Divulgação)

Sair caçando os QR Codes é indispensável, assim como ir até a recepção e pedir que levem você em um tour pelas suítes presidencial e governamental. Assombrado pela ideia de ser perseguido, Getúlio Vargas encomendou várias rotas de fuga e distrações para seus possíveis algozes – há várias portas falsas que serviriam para despistar no caso de alguma emboscada. Vargas ainda mandou fazer móveis que acomodassem sua baixa estatura e tudo permanece organizado da forma como ele os deixou. Com exceção de uma mesinha de vidro instalada no banheiro que foi levada anos mais tarde pelo ex-presidente Fernando Collor de Mello, outro habitué do hotel que tinha o hábito de despachar documentos dali. A suíte governamental é uma cópia da presidencial, mas com menos ostentação.

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Acomodações

A necessidade de preservação histórica também tem seus reveses. Como o segundo andar é inteiramente tombado, não foi possível restaurá-lo, mas as 150 acomodações espalhadas por outros quatro andares puderam ser retocadas. A grande vitória do Grupo Tauá foi a autorização para trocar as camas de madeira por outras mais confortáveis, que se tornam o sétimo céu com o enxoval Trousseau de 300 fios. Outros móveis antigos, ainda bem, foram mantidos e dão todo o charme.

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Os banheiros foram reformados, mas é uma pena que não tenha sido possível quebrar as paredes para trocar o encanamento: eu ouvia barulhos toda vez que algum dos meus vizinhos abria a torneira. Os corredores, com decoração um tanto datada, não passaram por renovações e minha mente cinéfila só lembrava do hotel do filme O Iluminado.

A fotografia colorida mostra um quarto com pinturas florais na parede e duas camas de casal com lençóis brancos.
Nos quartos, pinturas da francesa Dominique Jardy, formada pela escola belga de Van der Kelen, somam-se ao enxoval e amenities Trousseau. (//Divulgação)

As categorias de quartos Solarium e Deluxe são semelhantes: ambas acomodam até duas pessoas numa cama de casal e têm diárias a partir de R$ 960. A diferença entre elas é que os quartos Solarium possuem varanda e poucos metros quadrados a mais. Em compensação, os Deluxe têm algumas comodidades, como mesas de cabeceira, armário embutido e poltrona.

Os mesmos recursos da categoria Deluxe também estão nos quartos Superior Deluxe, que são um pouco maiores e acomodam até quatro pessoas em duas camas de casal ou uma de casal e duas de solteiro, com diárias a partir de R$ 1.112,96.

A fotografia colorida mostra um banheiro antigo, com partilhas pretas e brancas no piso e azulejos rosados na parede. Vê-se uma pia, um chuveiro e uma banheira
Os banheiro da Suíte Especial, impedidos de passar por reformas por conta do tombamento, mantiveram-se vintage. Ainda bem! (//Divulgação)
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Para famílias ou grupos, a Suíte Luxo e a Suíte Especial possuem dois dormitórios separados. Na Luxo, até seis pessoas podem pernoitar em um quarto com uma cama king size, e outro quarto com duas camas queen size. Há apenas um banheiro e as diárias começam a partir de R$ 1.607,04.

Na Especial, um quarto possui uma cama de casal enquanto o outro tem duas camas de solteiro. Essa acomodação é a mais histórica do hotel, ainda com camas de madeira, banheira, quase um cenário para filme de época. Os preços começam em R$ 2.089.60.

Por fim, a Suíte Nobre acomoda apenas duas pessoas, mas é uma das maiores por ter uma sala de estar separada do quarto e uma varanda. Diárias desde R$ 2.499,20.

A fotografia colorida mostra uma sala de estar com móveis antigos em creme, parede verde e pinturas florais
Na Suíte Nobre, móveis vintage compõem a pequena sala de estar. (//Divulgação)

As Termas

“Se não houvesse as águas, Araxá não seria Araxá” é o lema que pauta o novo posicionamento de bem-estar do hotel. Mas chegar às termas em si pode ser uma jornada labiríntica. Ainda que os prédios do hotel e das termas estejam interligados e tenham nascido de um mesmo projeto, eles foram inaugurados com dois anos de diferença e funcionam de maneira quase independente.

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Não importa em qual lado ou andar seja seu quarto: para chegar até lá, é preciso descer até a recepção e pegar o corredor à esquerda até o final, onde ficam algumas saídas de serviço, como a da cozinha, e em seguida uma escada quase escondida. Depois de subir, chega-se a uma sala com poucos móveis que se abre para um corredor enorme. Foi um alento quando terminei de percorrê-lo e cheguei na recepção e nas salas de massagem das termas que foram impecavelmente renovadas.

A fotografia colorida mostra uma sala com sofás. Tons de verde, cinza e creme predominam no espaço
A recepção, a sala de relaxamento e as salas de massagem das termas são as áreas mais modernas de todo o complexo do Grande Hotel. (//Divulgação)

O ritmo ali é outro. Todos falam sussurrando, como um vídeo de ASMR, seja enquanto agendam os procedimentos ou quando a terapia está em andamento. Assim que troquei minhas roupas e preenchi um formulário com minhas preferências para a massagem, fui encaminhada para uma sala com camas, sofás e balanços onde me ofereceram três opções de chás. Enquanto bebia, a massagista Sarah se apresentou e pediu que eu escolhesse os aromas que seriam utilizados no tratamento. Depois de um tempo, fui chamada para a sala onde o ritual começou com um escalda pés e um alongamento, seguidos pela massagem. Toda a experiência é voltada para a tranquilidade e quietude, o que fez com que não só meu corpo, mas também minha mente ficassem relaxados – tanto que senti um certo incômodo quando voltei para o mundo das vozes em volume normal.

A fotogrfia colorida mostra um vitral circular
No centro das Termas, os vitrais criados por François Frank Urban contam a história da região. (//Divulgação)

Depois dessa primeira estação das termas, há mais um corredor que leva até a abóbada central, com uma mandala de oito pontas no piso, um belo vitral no teto e pinturas sobre a história de Araxá nas paredes. A partir dali é que se tem acesso à academia, às saunas, à piscina emanatória e às salas de banho. Diferentemente das primeiras salas, estas não foram modernizadas e possuem uma estética mais condizente com 1942, ano da inauguração.

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Também é ali que acontece o Labirinto de Velas, uma experiência que se utiliza da mandala e da acústica do local e que acontece todas as quintas-feiras, às 19h. A ideia é que os hóspedes caminhem pelos espaços formados por centenas de velas até aproximarem-se do centro, onde a artista Patrícia Valle dedilha um violão e entoa mantras. Após a caminhada, a cantora conversa sobre temas como autoconsciência, presença e ações humanas. A conversa foi ao mesmo tempo reflexiva e intrigante. Apesar de não haver um código de vestimenta, não é recomendável ir com calças de boca larga ou vestidos compridos para evitar qualquer acidente com as velas.

A fotografia mostra velas dispostas em círculo no chão
O Labirinto de Velas no entorno de uma mandala é um ritual que acontece às quintas-feiras e busca estimular a autoconsciência. (//Divulgação)

Fora a possibilidade de agendar os tratamentos individuais, o complexo propõe jornadas de bem-estar de 1, 3 e 5 dias que podem ser combinadas com antecedência. Nesses programas, é possível fazer algumas atividades que estão fora do menu geral, como aulas de yoga, meditação guiada e sessões de watsu e reiki. A lista dos programas pode ser acessada neste link. As Termas de Araxá funcionam diariamente, das 10h às 20h, e todos os tratamentos devem ser agendados com antecedência.

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Outras atividades

O Grande Hotel Termas de Araxá está localizado dentro do Parque do Barreiro, onde há um lago e um complexo esportivo. Caminhar pelos arredores é um passeio interessante, pois além do contato com as nascentes de riachos também é possível chegar até a Fonte Dona Beja, de onde vem a água radioativa que abastece as termas. Os hóspedes também podem praticar caiaque e stand up paddle sem custo. O acesso à praça de esportes é liberado e o hotel cede raquetes de tênis e bolas. Vale conversar com a recepção para saber qual a programação do dia.

A foto mostra uma construção com paredes amareladas
A Fonte da Dona Beja encara a fachada de trás do Grande Hotel Termas de Araxá. Dentro do monumento uma pintura representa a figura histórica, e nas laterais é possível subir para um mirante. (Caroline Dalla Vecchia/Arquivo pessoal)

Pelo parque, também é possível acessar trilhas que levam até as ruínas do Hotel Rádio. Antes de ser construído o Grande Hotel, era ali que personalidades como Getúlio Vargas pernoitavam quando visitavam a casa de banhos. O local foi destruído em um incêndio que, segundo me contaram, foi iniciado por uma mulher que teria pego o marido adúltero no flagra.

Para as crianças, a piscina externa é diversão garantida, mas também há uma equipe de recreação que conduz brincadeiras, competições esportivas, oficinas de arte e passeios. Ótimo para entreter os pequenos enquanto os pais escapam para as termas. Mas é preciso dizer que o Termas não é um hotel focado em atividades infantis como tantos outros resorts.

Vista aérea da piscina, Grande Hotel Termas de Araxá, Minas Gerais, Brasil
São duas piscinas externas, cercadas por mesas que são servidas pelo bar Quintas do Lago. (//Divulgação)

Gastronomia

Há dois restaurantes e três bares no hotel, que se concentram majoritariamente na ala direita do primeiro andar. Na gastronomia, os novos cardápios foram pensados para valorizar os produtores locais: isso vai desde frutas, que são plantadas na região, até a cachaça mineira usada nas caipirinhas. Quem repensou a cozinha foi o chef Helbert Moura. Nos bares, há quatro drinques criados por Michelly Rossy, a bartender do Bar dos Arcos, de São Paulo.

As hospedagens podem ser apenas com café da manhã, com meia pensão (café da manhã e almoço) ou pensão completa (café da manhã, almoço e jantar). As refeições incluídas acontecem no restaurante Estância do Barreiro, um enorme salão transformado em buffet. De manhã, a mesa é um deleite para os aficionados por carboidratos: há os mais variados tipos de pães salgados e doces, além de um pão de queijo tão saboroso que deu vontade de encher a bolsa, mas me contive.

Nas outras refeições, a mesa é montada com muitas opções de verduras, legumes, grãos e queijos. A proposta de oferecer comidas mais leves conversa muito bem com a nova linha de bem-estar, mas senti falta de mais opções de pratos quentes. Para o meu gosto achei frugal demais. No final da fila, em compensação, há uma variedade de quase dez tipos de sobremesa, o ponto alto do buffet.

A foto mostra uma mesa com queijos e verduras
A mesa do buffet é servida com comidas leves, como legumes, verduras, grãos e queijos. (Caroline Dalla Vecchia/Arquivo pessoal)

O outro restaurante, o Chez Beja, mais intimista, serve pratos à la carte que podem ser harmonizados com vinhos. Por ter menos mesas, é importante reservar.

A foto mostra um prato com camarões, macarrão, molho branco e flores comestíveis.
Um dos pratos mais pedidos do Chez Beja leva camarão grelhado, massa fresca, ora-pro-nobis e emulsão de queijo. (//Divulgação)

Entre os dois ambientes está o Bar Varanda, onde são servidos drinks, lanches e frios entre as refeições. No entanto, o lugar mais interessante do Grande Hotel para beber é o Scotch Bar, onde a decoração faz referência aos pubs da década de 1940. Por fim, o Quintas do Lago é o bar que serve as mesas ao redor da piscina externa, de onde vê-se bandos de maritacas durante as manhãs e tucanos ao entardecer.

A fotografia mostra um bar com paredes de madeira
À noite, com luzes baixas, o Scotch Bar se transforma numa viagem ao Reino Unido do século passado. (Grande Hotel Termas de Araxá/Divulgação)

Como chegar

A partir de 4 de dezembro, a Azul terá voos entre Belo Horizonte e Araxá três vezes por semana. Em 5 de janeiro de 2024, será inaugurada uma rota também a partir de São Paulo – Guarulhos de segunda a sexta-feira.

Por enquanto, quem vai de carro a partir de Belo Horizonte percorre 370km (quase seis horas) pela BR-262 até a entrada da cidade. Dali, é preciso acessar a Avenida Geraldo Porfírio Botelho e então a Avenida do Contorno, onde está o Grande Hotel.

Partindo de outros destinos, o aeroporto mais próximo é o de Uberlândia, a duas horas de carro de Araxá. A equipe do Grande Hotel arranja motoristas particulares que fazem o transporte entre as duas cidades pelo valor médio de R$ 400. Como as rodovias da região são muito utilizadas por caminhões de carga pesada, mesmo sendo asfaltada, a rota está com muitos buracos que podem ser desconfortáveis.

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