Legado do Brasil Colônia: o que ver no Centro Histórico de Olinda
Cidade conserva elementos da pujança portuguesa em Pernambuco e algumas das construções mais antigas do país
Com um legado arquitetônico e cultural que remete a um dos locais mais ricos do Brasil Colônia, o Centro Histórico de Olinda conserva algumas das estruturas mais antigas do país. A cidade exerceu uma função central na economia e política pernambucana desde sua fundação pelos portugueses em 1535 – rapidamente, converteu-se também na sede da hierarquia católica, o que rendeu construções como catedrais, conventos e capelas espalhados pela parte antiga da cidade.
A um passo de Recife, o que a torna uma visita indispensável para quem vai à capital de Pernambuco, Olinda também foi alvo de disputas em séculos anteriores: tão estratégica era sua posição que ela foi foco prioritário da invasão holandesa na área, e parte de seus prédios mais antigos acabou destruída no infame incêndio de 1631, durante os conflitos.
Ainda assim, seja pelo que persistiu de antes do fogo, ou pelo trabalho de reconstrução nos séculos seguintes, a cidade manteve suas características encantadoras. Desde 1982, Olinda é parte do Patrimônio da Humanidade da Unesco, com seu Centro Histórico concentrando uma série de pontos que atraem anualmente milhares de visitantes do mundo inteiro.
Conheça algumas das atrações.
Catedral da Sé
É a estrutura mais conhecida de Olinda. Com o nome oficial de Catedral de São Salvador do Mundo, o templo é quase tão antigo quanto a própria cidade e começou a ser construído em 1537 – é considerada a maior igreja quinhentista ainda em pé no Brasil. Sede da Arquidiocese de Recife e Olinda, a catedral é uma parada obrigatória para quem visita a cidade e é rodeada por outras atrações históricas do Alto da Sé.
Museu de Arte Sacra de Pernambuco (Maspe)
Inaugurado em 1977 no antigo prédio que abrigava o Palácio dos Bispos de Olinda, o Maspe conta com um acervo de peças relacionadas à história religiosa do estado. Inclui imagens de santos, relicários e pinturas de inspiração cristã, com muitas peças do século 16. O museu funciona de terça a sexta das 10h às 17h, e aos finais de semana das 14h às 17h, com entrada a R$ 5.
Basílica e Mosteiro de São Bento
Parte do patrimônio arquitetônico de Olinda, o atual prédio foi erguido no mesmo local onde funcionou o primeiro mosteiro beneditino do Brasil – uma estrutura do século 16 que esteve entre os elementos perdidos no grande incêndio de 1631. O atual mosteiro passou por diversas reconstruções e ampliações, sendo concluído na metade do século 18, e tem como maior destaque as belezas guardadas em seu interior, como o altar-mor em cedro folheado a ouro.
Museu de Arte Contemporânea de Pernambuco (MAC-PE)
Que o nome não engane: apesar de conservar um acervo que inclui obras de tempos recentes, o MAC-PE funciona na parte histórica da cidade e abrange trabalhos de séculos anteriores. O prédio em si é de 1765 e é considerado a única prisão eclesiástica reconhecida no Brasil – um local onde estava sediada a Inquisição no período colonial. O MAC-PE conta com mais de 4 mil peças e tem visitação gratuita, de segunda a sexta, das 9h às 16h.
Caixa d’água do Alto da Sé
A construção foi polêmica, mas o projeto não deixa de ser um marco da arquitetura moderna brasileira. A estrutura de 20 metros de altura acaba ganhando destaque por funcionar como um mirante de 360 graus para Olinda e arredores – trata-se da construção mais alta da parte histórica da cidade e conta com um elevador panorâmico (fechado e por ora e sem previsão de abertura).
Mais atrações
Outros pontos da região histórica de Olinda que merecem uma passada incluem o Convento de São Francisco, o mais antigo convento franciscano do país, onde se destacam os painéis de azulejos portugueses na sacristia e no claustro; a Ladeira da Misericórdia, a mais íngreme das famosas ladeiras que conectam a parte alta e baixa da cidade; e o Mercado de Artesanato da Sé, uma parada famosa para comprar lembranças da sua visita pela cidade.
Veja um guia completo de Olinda
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