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Nova York: icônico bar Stonewall ganha centro cultural

Espaço pretende homenagear a revolta que ocorreu em 1969 e marcou o movimento LGBT+

Por Rebeca de Ávila
17 jun 2024, 15h00

No aniversário de 55 anos da Revolta de Stonewall, Manhattan deve ganhar um centro de cultura dedicado aos direitos LGBT+. O Stonewall National Monument Visitor Center tem previsão de abertura no dia 28 de junho, no Greenwich Village, ao lado do bar onde o levante começou em 1969.

O centro terá exposições interativas sobre a importância da revolta para a história LGBT+ e para a conquista de direitos nos Estados Unidos. As paredes do espaço de 200 metros quadrados devem ser preenchidas com painéis coloridos, além de peças feitas por jovens da Parsons School of Design. 

O espaço terá ainda um auditório com 40 lugares onde serão apresentadas performances musicais, palestras e filmes. 

A Revolta de Stonewall

O bar Stonewall Inn era um ponto de encontro da população LGBT e jovens da periferia na década de 1960, quando a homossexualidade ainda era um crime em Nova York. Por ter laços com a máfia italiana, o estabelecimento não era alvo constante de batidas policiais. 

Mas, no dia 28 de junho de 1969, os oficiais desrespeitaram o acordo, fizeram uma batida violenta no bar e agrediram frequentadores. A justificativa para tudo era que o local não tinha autorização para venda de bebida alcoólica e que os clientes não estariam vestindo roupas adequadas – uma lei do período obrigava o uso de três peças de roupa “apropriadas ao seu gênero”.

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Diante da situação, os frequentadores e a multidão vizinha ao bar revidou atirando objetos na polícia e começou o levante. Durante os próximos seis dias, ocorreram protestos nos arredores do bar contra a perseguição à população queer.

A revolta se tornou um símbolo do movimento LGBT+ e antecedeu a criação de importantes organizações, como a Frente de Libertação Gay no mesmo ano.

Em 2016, o Stonewall Inn se tornou o primeiro monumento nacional pelos direitos LGBT+ nos Estados Unidos. O monumento inclui o pequeno Christopher Park e as ruas por onde ocorreram as manifestações. 

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