Paraíba: Baía da Traição tem praias para se desconectar do resto do mundo

Comunidades indígenas, falésias e praias desertas são destaque em destino do litoral paraibano

Por Maurício Brum
3 jul 2025, 14h00
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Costa da Baía da Traição (Rivaldo Segundo/Wikimedia Commons)
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Situada a cerca de 85 km de João Pessoa, Baía da Traição é um município de menos de 10 mil habitantes que oferece uma oportunidade de se isolar do mundo, com praias desertas, paisagens tomadas por falésias e opções de rios nos arredores.

Ainda relativamente inexplorado pelo turismo, o local ainda conta com povoados indígenas originários na vizinhança. Por sinal, é quase certo que o curioso nome do lugarejo venha precisamente de uma emboscada sofrida pelos exploradores portugueses nos primórdios da colonização, durante os primeiros contatos com os nativos potiguaras.

Os detalhes exatos são alvo de debate, mas a versão mais conhecida diz que, logo na primeira incursão lusitana por esse pedaço do que hoje é o litoral da Paraíba, em 1501, alguns navegadores foram mandados à terra para negociar com os indígenas. Supostamente, eles teriam recebido sinais interpretados como amistosos. No entanto, uma vez desembarcados, foram atacados de surpresa, mortos e devorados.

Séculos depois, o nome ficou, mas quem vai para esse destino no litoral paraibano não vai se sentir traído se o que busca é tranquilidade e paisagens paradisíacas.

O que fazer e onde ficar na Baía da Traição

A proposta na Baía da Traição é curtir um lugar pouco concorrido, apreciando as praias à beira das falésias. Não espere luxos: as pousadas são simples e o atrativo é justamente esse, imiscuindo-se na tranquilidade do lugar.

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Opções bem recomendas de hospedagem por lá incluem a Pousada Baía Bella, a Terraço Potiguara e a autodescritiva Na Beira do Mar. Apesar do nome ostentado por esta última, a verdade é que todas ficam pertinho da praia, e ainda contam com piscinas próprias para quem prefere mergulhar sem pisar na areia.

Outro passeio clássico na cidade é se dirigir até a Aldeia Alto do Tambá (antigamente conhecida como Aldeia Galego), a cerca de 5 km da praia central. A visita à comunidade indígena potiguara, no topo de uma falésia, uma forma de conhecer um pouco mais da cultura ancestral da região, com possibilidade de adquirir produtos típicos. Também existe um camping no local.

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Comunidade luta contra a erosão costeira

Nos últimos anos, Baía da Traição vem sofrendo com o avanço do mar, especialmente nas áreas de encontro do oceano com os rios. A erosão costeira tem afetado a estrutura de algumas casas mais próximas das ondas, e também coloca em risco o fornecimento de água potável em zonas que poderiam ficar ilhadas.

O governo federal reconheceu estado de calamidade pública no município em dezembro de 2024. Estudos preliminares apontam a necessidade de alargar a faixa de areia para proteger as áreas mais ameaçadas.

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