Paraty-Mirim: praias escondidas e ponto de partida para o Saco do Mamanguá

Com praias preservadas e ruas que guardam marcas do período colonial, Paraty-Mirim é mais tranquila que sua vizinha famosa

Por Valentina Bressan
Atualizado em 10 abr 2025, 16h14 - Publicado em 10 abr 2025, 14h00
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llha da Cotia é ponto de parada de passeios de escuna que saem de Paraty-Mirim (André Galdino Pontes Ferreira/CC BY-SA 4.0/Wikimedia Commons)
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A 18 km do centro histórico de Paraty, uma  pequena vila de pescadores guarda a igreja mais antiga da região e cenários naturais deslumbrantes. É Paraty-Mirim, distrito que também conta com praias e ruas com construções do período colonial.

O refúgio preservado também é o melhor ponto para embarcar em direção ao Saco do Mamanguá, único fiorde tropical do mundo que se tem notícia, cujo acesso se dá apenas por barco.

Como chegar a Paraty-Mirim

Caso você esteja hospedado no Centro Histórico de Paraty, existem opções de passeios de barco ou por terra até Paraty-Mirim. Dá para agendar com antecedência ou encontrar uma agência de viagens já em Paraty. Também há linhas de ônibus partindo da Rodoviária da cidade até a vila – a passagem sai por R$ 5.

Outra ideia é se hospedar em alguma pousada de Paraty-Mirim. Para ir diretamente até lá, a rota é a rodovia Rio-Santos. A entrada fica na Estrada de Paraty-Mirim, que pode ser de difícil acesso na temporada chuvosa e pelas estradas de terra. 

O sinal de celular é ruim na região, por isso, se organize antes de partir para o passeio.

Para conhecer o destino

A área de Paraty-Mirim costumava servir como porto durante o Ciclo do Ouro. À época, pessoas escravizadas, mercadorias e produtos chegavam ali de barco. Engenhos e fábricas de aguardente foram construídos na região, e alguns desses pontos permaneceram. 

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Ainda há ruas e construções do período colonial, e a Igreja Nossa Senhora de Conceição, a mais antiga de Paraty, segue de pé na vila. A pequena capela data de 1720, mas está fechada para visitantes. 

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Igreja em Paraty-Mirim é mais antiga da cidade (Paul R. Burley/CC BY-SA 4.0/Wikimedia Commons)

A verdadeira atração de Paraty-Mirim são as águas calmas e quentinhas, acompanhadas de faixas de areia estreitas e quase desertas. A vila é uma opção mais isolada do que os pontos badalados de Paraty, mas há opções com infraestrutura para receber turistas. 

A praia de Paraty-Mirim é a mais visitada e fica logo ao lado da Igreja. O rio Paraty-Mirim desemboca ali e forma um mangue junto à praia. 

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 Já a praia do Furado é bem mais vazia. Vale a visita se você quer fazer mergulho com snorkel. O acesso se dá por uma trilha curta e tranquila.

Para chegar na praia da Espada Velha, a dificuldade da trilha é um pouco maior. É preciso atravessar uma ponte, próxima à aldeia indígena dos Guarani-Mbya. Informe-se na região antes de pegar qualquer trilha.

Trajetos sobre as águas levam os visitantes de Paraty-Mirim a mais destinos interessantes. A Ilha da Cotia pode ser acessada de lancha, caiaque ou de táxi aquático. O grande destaque vai para as piscinas naturais que se formam no entorno.

Mas a maior estrela da região é o Saco do Mamanguá, único fiorde tropical do mundo. As opções para chegar lá são uma trilha íngreme e extensa ou um passeio de barco ou lancha. O transporte aquático parte do cais de Paraty-Mirim.

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Saco do Mamanguá: fiorde que pode ser acessado a partir de Paraty-Mirim (Monique Figueira/CC BY-SA 4.0/Wikimedia Commons)

Na estrada, entre Paraty e Paraty-Mirim, fica o Quilombo de Campinho. Vale visitar o restaurante e experimentar as comidas típicas, assim como fazer o tour que conta as histórias do local. 

Veja um guia de Paraty

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