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Pesquisa revela presença de microplásticos no litoral pernambucano

Praia do Paiva, na região metropolitana de Recife, apresentou a maior quantidade de resíduos

Por Rebeca de Ávila
15 ago 2024, 16h00

Uma pesquisa do Instituto Avançado de Tecnologia e Inovação (Iati) revelou a contaminação por microplásticos de praias em Pernambuco. A média encontrada no litoral foi de mais de 300 fragmentos por 200 ml de sedimento coletado em diferentes regiões.

A Praia do Paiva, em Cabo de Santo Agostinho, na região metropolitana de Recife, é a que chamou mais atenção pela quantidade de resíduos: foram encontradas 695 partículas de microplástico por amostra de 200 ml. A quantidade superou a de outras praias mais frequentadas, como Porto de Galinhas (320 fragmentos por amostra) e Tamandaré (300 fragmentos por amostra).

O estudo aponta que os microplásticos chegam às praias pelas correntes marinhas e de rios. Apesar de não receber muitos turistas, a Praia do Paiva é onde desagua o Rio Jaboatão, o que explica os preocupantes níveis de contaminação. Os rios de Massangana e Tatuoca influenciam a dinâmica de outras regiões.

Entre as 1.406 partículas de microplásticos encontradas, o nylon azul representa 63% entre os tipos de fragmento. A pesquisadora Jéssica Mendes, que liderou o estudo com o biólogo Múcio Banja, ambos da Universidade de Pernambuco (UPE), explicou em entrevista ao UOL, que tratam-se de resíduos provenientes da lavagem de roupas.

Os impactos que os microplásticos podem causar à saúde humana ainda estão sendo investigados. As consequências para a fauna também fazem parte da pesquisa, já que animais como esponjas absorvem fragmentos presentes nas correntes de água e impactam o ecossistema ao servirem como alimento contaminado para tartarugas marinhas.

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A pesquisa foi iniciada em 2019 com o estudo de microplásticos encontrados em áreas de naufrágios no litoral pernambucano. Já a coleta de amostras de sedimentos das praias de Paiva, Suape, Porto de Galinhas e Tamandaré começou em 2022.

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