O Mercado Modelo, em Salvador, inaugurou em janeiro uma galeria de arte em seu subsolo. A curadoria, de Thaís Darzé, teve como objetivo valorizar os artistas soteropolitanos, com uma mostra permanente que exibe grandes nomes da arte baiana de distintas gerações.
De frente para a Baía de Todos os Santos e ao lado do Elevador Lacerda, que conecta a Cidade Alta com a Cidade Baixa, o Mercado Modelo possui mais de 250 lojas que vendem todo tipo de artesanato e souvenires. Agora, com a restauração do subsolo, o espaço se tornou um dos principais centros culturais de Salvador.
Em cartaz
A mostra permanente da Galeria Mercado Modelo homenageia três grandes artistas soteropolitanos, traçando um paralelo entre o modernismo e a arte contemporânea. A série “Cabeças de Tempo” traz esculturas de Exu produzidas por Mário Cravo Jr., que nessa série prestou homenagem à estatuária africana e utilizou como matéria-prima a madeira que restou do grande incêndio que atingiu o Mercado Modelo em 1984.
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Já na série “Templos de Oxalá”, de Rubem Valentim, são exibidas obras em concreto que dão forma a símbolos e emblemas afro-brasileiros.
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O acervo permanente se completa com a instalação “Lágrimas”, que vem dando o que falar e foi criada por Vinicius S.A.. O artista reuniu mais de 15 mil lâmpadas remontadas manualmente, trazendo uma relação entre a arte e o artesanato. A instalação é um sucesso de público e um convite para uma reflexão sobre a água, elemento primordial para existência da vida.
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Serviço
O Mercado Modelo fica em frente à Praça Visconde de Cayru, na Cidade Baixa. Os ingressos custam R$ 20 e podem ser comprados pela internet neste link. O espaço fica aberto de terça a domingo, das 10h às 17h.
Lenda urbana sobre o Mercado Modelo
Uma lenda urbana que é muito difundida entre os soteropolitanos é que o subsolo do Mercado Modelo, onde estão localizadas as novas exposições, teria sido um lugar onde pessoas escravizadas teriam sido escondidas e por isso seria um lugar mal-assombrado. No entanto, não há respaldo com a realidade uma vez que vários registros históricos comprovam que o Mercado foi construído após a abolição da escravatura.
O Mercado foi inaugurado em 1912 com o propósito de servir como um centro de abastecimento para a Cidade Baixa de Salvador. No entanto, o seu subsolo sempre foi subutilizado por estar sujeito às altas da maré, que deixam o lugar parcialmente alagado. Por esse motivo (e pelas lendas populares na cidade), o lugar ficou por tanto tempo fechado. Para receber a nova mostra, o espaço passou por uma obra de restauração e benfeitorias de climatização e iluminação.
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