Quem mora em São Paulo não precisa, necessariamente, viajar para a Serra Gaúcha para conhecer vinícolas. Ainda que a estrutura seja mais modesta, São Roque também possui produtoras de vinho espalhadas ao longo dos dez quilômetros da Rota do Vinho, cujo acesso é pelo quilômetro 56,5 da Rodovia Raposo Tavares. Mas a verdade é que o destino se tornou um bate e volta aprazível mesmo sem propósitos etílicos: o visitante encontra restaurantes com mesas em meio aos vinhedos, uma inusitada pista de esqui e um outlet completo a menos de duas horas da capital paulista. Veja, a seguir, algumas opções de atividades em São Roque:
1. Vinícola Góes
Estrada do Vinho, 911 (estacionamento gratuito)
De segunda a sexta-feira das 9h às 18h e aos sábados e domingos das 9h às 18h30
A principal vinícola da Rota do Vinho de São Roque é sem dúvida a Góes, fundada por descendentes de imigrantes portugueses em 1938. Aos sábados e domingos, os visitantes podem escolher entre cinco tipos de experiências. O Tour dos Vinhedos (R$ 85 por adulto, 1h15 de duração) é um passeio guiado pelas plantações com degustação de um espumante. No Wike Bike (a partir de R$ 75 por adulto, 2h30), o percurso pode ser feito de bicicleta, que deve ser trazida pelo próprio visitante, e inclui um lanche com sanduíches, frutas, sucos e vinhos. Mais aprofundada, a Degustação Premium Harmonizada (R$ 195 por adulto; 2h) combina o tour pelos vinhedos com a prova de quatro rótulos, que vem acompanhados de uma tábua de aperitivos. Já o Piquenique dos Vinhedos (R$ 355 para dois adultos; 2h30), totalmente contemplativo, é montado em meio aos parreirais com tábua de frios e croissants, além de um espumante ou vinho à sua escolha. A cesta de piquenique, dois chapéus, duas taças de acrílico e o saca-rolhas vêm de brinde.
Há ainda quem vá à vinícola simplesmente para tomar algumas taças. Nesse caso, é melhor optar pela Degustação Orientada, que pode ser de três (R$ 30 por pessoa; 10min) ou cinco (R$ 55; 1h) vinhos: os atendentes e sommeliers apresentam de forma didática e informal as características de cada rótulo enquanto servem as bebidas no balcão. Também não é incomum que os visitantes se limitem a fazer compras na loja – que vende não só vinhos engarrafados tradicionais como também vinhos de lata, “chopes” de vinho e sucos de uva – ou a passear pela parte da propriedade de livre acesso, que tem um laguinho, playground infantil, lanchonete, outras lojinhas e, às vezes, música ao vivo.
Durante a vindima, a Goés organiza uma experiência de colheita e pisa das uvas, seguida de um almoço típico português em meio aos parreirais. Em 2023, a atividade custará R$ 395 por pessoa e acontecerá nos dias 21, 22, 25, 28, 29 de janeiro e 4, 5, 11 e 12 de fevereiro.
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2. Quinta do Olivardo
Estrada do Vinho, quilômetro 4 (R$ 10 o estacionamento)
De segunda a sexta-feira das 10h às 17h e aos sábados e domingos das 10h às 18h
Quem chega à Quinta do Olivardo, um dos restaurantes mais famosos de São Roque, geralmente está em busca do bacalhau, servido em diferentes versões (a partir de R$ 179 para duas pessoas). Apesar do carro-chefe da casa não deixar nada a desejar, surpreende mais o leitão à Bairrada (R$ 235 para duas pessoas), que exige certo planejamento do visitante. A casa assa uma quantidade limitada de porquinhos aos finais de semana e feriados, o que significa que é preciso chegar cedo e fazer logo o pedido para garantir a sua porção. Na hora da sobremesa, é difícil escolher entre o pastel de nata (R$ 10) e a rabanada (R$ 10 sem sorvete e R$ 21 com sorvete). Meu conselho é pedir a rabanada – que chega à mesa quentinha, polvilhada de canela – e deixar para comer o pastel de nata depois.
Explico: para além do restaurante, a propriedade possui pequenas cabanas de madeira que vendem só bolinho de bacalhau (R$ 11 sem queijo e R$ 13,90 com queijo) e só pastel de nata (R$ 10). De tempos em tempos, um sino anuncia que há uma fornada quentinha saindo para quem 1) não deseja fazer uma refeição completa no restaurante, 2) pretende levar os quitutes para viagem ou 3) acabou estendendo o passeio por lá. Isso porque a Quinta do Olivardo rende facilmente uma tarde inteira para quem está com crianças: há circuito de arvorismo e tirolesa, lago com pedalinho, parede de escalada, playground e fazendinha.
O dono, Olivardo Saqui, está sempre pela propriedade vestindo sua boina. No final de 2021, ele expandiu os negócios e passou a receber hóspedes em chalés para até quatro pessoas (diárias a partir de R$ 650) e em quartos no formato de tóneis de vinho para casais (a partir de R$ 850), com café da manhã incluído.
Durante a vindima, entre janeiro e fevereiro, a quinta também organiza a pisa das uvas (acompanhe a programação no Instagram).
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3. Catarina Fashion Outlet
Rodovia Castelo Branco, quilômetro 60 (R$ 20 o estacioamento)
Diariamente, das 9h às 21h
Os corredores ao ar livre tornam a atmosfera do Catarina Fashion Outlet mais agradável que a de um shopping tradicional. Os preços, por outro lado, muitas vezes são iguais – uma opção é assinar a newsletter para ficar sabendo de promoções mais expressivas. No momento, são 140 lojas de marcas nacionais e internacionais, mas o número vai dobrar em outubro de 2023. Esse é o prazo para conclusão do projeto de expansão do outlet, que irá de 29 mil m² para 52 mil m². A praça de alimentação reúne opções de fast food, além de uma filial do ‘Gero Panini, do Grupo Fasano. Mas a minha sugestão é o restaurante O Camponesa, cuja parmegiana (a partir de R$ 138 para duas pessoas) justifica por si só a ida até o Catarina. O prato, que pode ser de filé mignon ou frango, chega sem demora à mesa acompanhada de arroz com agradável gostinho de alho e porção de batatas chips daquelas viciantes.
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4. Vila Don Patto
Estrada do Vinho, quilômetro 2.5 (estacionamento gratuito)
De segunda a quinta-feira das 9h às 17h, de sexta-feira e sábado das 9h às 23h e aos domingos das 9h às 18h
O Vila Don Patto se divide principalmente entre um restaurante português, especializado em bacalhau (a partir de R$ 325 para duas pessoas), e um italiano, de risotos (R$ 94 o prato individual) e massas artesanais (a partir de R$ 126 para duas pessoas). Mas quem chega fora do horário do almoço ou do jantar também encontra uma choperia, uma sorveteria, uma cafeteria e uma boulangerie com empanadas argentinas (R$ 14) e doces (entre R$ 12 e R$ 20). As mesmas massas do restaurante italiano são vendidas no pastifício para quem quiser levá-las para casa. Outras lojas do complexo vendem artesanatos, queijos, embutidos e compotas. Para as crianças, há um amplo playground.
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5. Estilla Destilaria
Estrada do Vinho, quilômetro 4
Segunda a sexta-feira das 9h às 17h e aos sábados e domingos das 9h às 18h
A moda do gin também chegou a São Roque. Responsável por destilar as bebidas da Torquay, a Estilla permite que os visitantes espiem os tóneis de aço onde o gin é fabricado. Logo ao lado, foi montado um Ice Bar: a experiência consiste em vestir luvas e pesados casacos de neve antes de entrar no ambiente pequeno, climatizado a -16ºC, onde há duas esculturas e um trono de gelo. Durante os 10 minutos de permanência ali dentro, é permitido se servir à vontade nas torneiras que jorram cinco opções de bebidas: westminster, negroni, vodka de chocolate branco, cachaça envelhecida e whisky de canela. Para as crianças, há picolés. Os ingressos devem ser adquiridos com antecedência pelo site e custam R$ 60.
Vale dizer, porém, que o bar de gelo pode ser menos divertido do que o bar “comum” – e agradabilíssimo – da destilaria, que serve drinks variados ao ar livre e com música ao vivo. As estrelas do menu são, é claro, as preparações à base dos gins da casa – boa oportunidade de provar os produtos antes de comprar uma garrafa na lojinha. Para acompanhar, os bolinhos de bacalhau e pastéis de nata são da Quinta do Olivardo.
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6. Ski Park
Estrada da Serrinha, 1500 (R$ 30 o estacionamento)
Quinta-feira a domingo das 9h às 18h (consultar horário de funcionamento nos feriados)
Atenção: A professora Luciana Cerri, que visitava o parque no dia 8 de abril, morreu ao descer o tobogã com o filho no colo. A Polícia Civil de São Roque investiga o caso e o Ski Park se encontra fechado por tempo indeterminado.
De camiseta e bermuda, adultos e crianças deslizam pelas pistas artificiais de esqui e snowboard, formadas por placas de plástico. A experiência que custa R$ 90 por uma hora, incluindo equipamento, é o grande chamariz do Ski Park e serve para matar a curiosidade em relação aos esportes, impraticáveis no Brasil (um instrutor auxilia nas primeiras descidas). O terreno íngrime, o teleférico (R$ 15) e a pista de patinação (R$ 40 por 30min, com equipamento) também compõem a atmosfera de estação de esqui tropical.
Porém, a lista de brincadeiras continua com arco e flecha (R$ 20), parede de escalada (R$ 25), playground (R$ 25 por 30min), arvorismo (R$ 35 por adulto, R$ 25 por criança) e paintball (R$ 50). Há ainda para o comprido tobogã (R$ 15), em que pais e filhos apostam corrida deslizando sobre tapetes. Vale dizer que, além de cobrar cada atividade individualmente, o Ski Park também tem uma taxa de entrada de R$ 5 por cabeça.
Para comer ao longo do dia, há um restaurante de parilla (pratos a partir de R$ 49,90) e outro em sistema de buffet livre (R$ 89,90 por adulto, R$ 49,90 por criança), além de pastelaria, cafeteria e sorveteria.
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