Virose no Guarujá: como saber se a praia está própria para banho

Cetesb disponibiliza mapa e boletim atualizado semanalmente com as condições de balneabilidade no litoral paulista. Saiba como usar a ferramenta

Por Maurício Brum
16 jan 2025, 20h00
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Cerca de 6 mil pessoas foram afetadas pelo surto de norovírus no Guarujá entre dezembro e janeiro (Rogério Cassimiro/MTur/Flickr)
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O surto de virose no Guarujá, no litoral paulista, tem colocado veranistas em alerta desde a virada do ano. Com as águas contaminadas em plena alta temporada, muitos banhistas acabam apresentando problemas de saúde após entrar no mar, gerando incerteza sobre a possibilidade de curtir a praia sem medo.

Para tirar as dúvidas, a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) disponibiliza algumas ferramentas que ajudam a saber se o local onde você está é seguro para um mergulho. São dois instrumentos principais que trazem essa informação: o Mapa de Qualidade das Praias e o Boletim Semanal com o relatório atualizado.

Como consultar as informações de balneabilidade da Cetesb

Ao acessar o Mapa de Qualidade das Praias, o usuário tem uma visualização fácil e intuitiva das 175 praias monitoradas pela Companhia Ambiental. É possível consultar as praias no próprio mapa, clicando no círculo que representa o local desejado, ou fazer a busca digitando o nome do lugar na coluna “busque a praia de interesse”.

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É possível fazer buscas no próprio mapa ou digitando o nome da praia desejada no buscador do site (Cetesb/Reprodução)

As praias são classificadas como “próprias” ou “impróprias” para o banho de acordo com a densidade de bactérias fecais e algas presentes nas amostras de água coletadas naquele local. Balneários classificados como impróprios não devem ser frequentados pelos veranistas, mas muita gente ignora a recomendação – ou sequer sabe a classificação da praia onde está (além dos sites da Cetesb, a informação também costuma ser colocada em placas ao longo da faixa de areia).

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O Boletim Semanal segue o mesmo critério para definir as águas próprias, mas é divulgado na forma de uma planilha em PDF. Aqui, vale ficar atento a outra classificação de balneabilidade: também aparecem algumas praias sob a descrição “sistematicamente boa”, que são aptas para banho mas não são avaliadas com a mesma frequência das outras – essa classificação ocorre em praias com menor grau de urbanização, onde o monitoramento é feito apenas uma vez por mês.

Cuidados em caso de contaminação na água

O surto recente no Guarujá estava relacionado ao norovírus, um velho conhecido quando o assunto são viroses de verão. Ligações clandestinas de água e esgoto costumam propiciar uma maior contaminação das águas, e foram outra vez culpadas pelas autoridades. A Cetesb também recomenda evitar entrar no mar após chuvas intensas (quando mais rejeitos são despejados), e não se banhar em canais, córregos e rios que deságuam no mar e podem receber esgotos.

O sintoma característico de uma infecção por norovírus é uma crise de diarreia, que pode vir acompanhada por vômitos. Também é comum ter febre. O principal risco costuma ser a desidratação, por isso é importante não descuidar da ingestão de água e, se necessário, soro caseiro, conforme indicação médica.

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Em geral, a situação se resolve em cerca de 48 horas, e não há medicamento específico para combater o vírus. No entanto, pessoas com o sistema imunológico debilitado, assim como crianças e idosos, estão mais propensas a ter complicações e podem precisar de atendimento hospitalar. Não hesite em procurar um serviço de emergência caso os sintomas sejam intensos ou se prolonguem por vários dias.

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