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Como é a visita à Fortaleza São José da Ponta Grossa

Parte do antigo sistema de defesa da Ilha de Santa Catarina, fortaleza que é vizinha da famosa praia de Jurerê foi inteiramente reformada

Por Gabriel Bortulini
Atualizado em 18 jun 2024, 20h17 - Publicado em 18 jun 2024, 13h00
Fortaleza São José da Ponta Grossa: lindas vistas  (FB/Arquivo pessoal)
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A 25 quilômetros do centro de Florianópolis, a Fortaleza de São José da Ponta Grossa é um programaço. Sua localização, no alto do morro da Ponta Grossa entre Jurerê Internacional e a Praia do Forte, é gloriosa. A visitação pode ser feita em um dia nublado ou é possível unir o programa com um mergulho tanto em Jurerê quanto no Forte – ambas têm mar calmo. Circundada por muralhas de pedra e cal, com vistas deslumbrantes, a fortificação fez parte do sistema defensivo da Ilha de Santa Catarina. A fortaleza passou por uma grande reforma e reabriu em 2022 com total acessibilidade.

Erguida no século 18, a edificação foi um dos primeiros edifícios tombados no país pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), ainda em 1938. De importância militar no passado para salvaguardar Florianópolis, ao lado das fortalezas de Santa Cruz de Anhatomirim (que se vê logo em frente), de Santo Antônio de Ratones e de Nossa Senhora da Conceição de Araçatuba (no sul da ilha), hoje a estrutura está sob gestão da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e pode ser acessada de carro.

Ao chegar no final de Jurerê Internacional e passar pelo P12, o clube de praia mais bombado do norte da ilha, o acesso à fortaleza é por uma rua muito íngreme e estreita. Você está a passeio e não tem dificuldade de locomoção? Estacione no último bolsão de Jurerê Internacional e encare o caminho a pé. Vai ser lindo!

A fortaleza ganhou passarelas e acessibilidade para cadeirantes
A fortaleza ganhou passarelas e acessibilidade para cadeirantes (FB/Arquivo pessoal)

Base defensiva no século 18, a fortaleza passou por diversas restaurações

O projeto da construção é de autoria do brigadeiro José da Silva Paes. A fortaleza fazia parte do triângulo de defesa responsável pela proteção da parte norte da baía e começou a ser construída em 1740, com o trabalho de pessoas escravizadas. As fortalezas no litoral sul brasileiro eram importantes para o domínio da Colônia de Sacramento (hoje parte do Uruguai) pelos portugueses, uma vez que ficavam a meio caminho entre o Rio de Janeiro e o Rio da Prata.

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Pavimentos da estrutura, integrados ao relevo do morro, são conectados por rampas (Acervo da Coordenadoria das Fortalezas da Ilha de Santa Catarina/Divulgação)

A planta da fortaleza é um polígono adaptado ao relevo da encosta do morro da Ponta Grossa, com três planos conectados por rampas. Na história, a Fortaleza de São José da Ponta Grossa é famosa por ter sido o lugar onde ocorreu a capitulação frente aos espanhóis em 1777, ao fim de um conflito em que os portugueses recuperaram o atual Rio Grande do Sul, mas a Colônia do Sacramento ficou com a Espanha.

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A fortificação mantém ainda hoje velhos canhões direcionados ao mar. Uma das construções mais emblemáticas da fortaleza é a Casa do Comandante, que forma conjunto com o Paiol da Pólvora. Outra importante construção é a Capela de São José, a primeira a ser restaurada pelo IPHAN, na década de 1970, e que é utilizada pela comunidade local até hoje.

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A Casa do Comandante (à esq.) e a capela de São José (FB/Arquivo pessoal)

Como funciona a visitação

Localizada no norte da Ilha de Santa Catarina, a Fortaleza de São José da Ponta Grossa tem acesso por via terrestre. Saindo do centro de Florianópolis, são cerca de 30 minutos seguindo pela SC-401 (Rodovia José Carlos Deux). Vá no sentido Jurerê Internacional e, ao chegar no bairro, dobre à esquerda na Avenida dos Búzios e siga até o final. A fortificação está aberta para visitação das 8h30 às 18h30 de terça a domingo e o ingresso custa R$ 16. Mais informações pelo site oficial.

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No primeiro domingo do mês entre março e novembro a entrada é grátis. Também é possível fazer um passeio virtual consultando fotos e documentos.

Os edifícios da Casa do Comandante e do Paiol da Pólvora abrigam exposições com peças históricas e fotografias.

Aproveite para curtir a praia do Forte, que é praticamente uma piscina e a faixa de areia tem 400 metros de extensão. Há vários quiosques e restaurantes pé na areia, como o Pescador Lobo e o Pôr do Sol, que servem frutos do mar. Quem curte caminhadas pode andar até a vizinha Daniela, outra praia de mar calmo. A vizinha Jurerê passou por um engordamento da faixa de areia em 2024 e agora há espaço de sobra.

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Cai a tarde na Fortaleza São José da Ponta Grossa (FB/Arquivo pessoal)
A vista da Casa do Comandante para a praia do Forte, a Ilha de Anhatomirim e o continente
A vista da Casa do Comandante para a praia do Forte, a Ilha de Anhatomirim e o continente (FB/Arquivo pessoal)

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