Itatiaia tem o ecoturismo em seu DNA: é lar do primeiro parque nacional brasileiro, inaugurado em 1937 pelo então presidente Getúlio Vargas. A área de preservação ambiental é dividida em duas: a parte alta, próxima de Itamonte, em Minas Gerais, é ponto de partida para trilhas mais duras que levam até ao Maciço das Prateleiras (2548 metros) e ao Pico das Agulhas Negras (2791 metros). Esta área, uma extensão da Serra da Mantiqueira, é a meca de montanhistas de todo o Brasil, mas carece de boa infraestrutura. Dentro do parque não há restaurantes ou um serviço estruturado de apoio ao turista. Já a parte baixa, no Rio de Janeiro, de longe a parte mais movimentada e que recebe mais visitantes, conta com passeios leves e perfeitos para um dia, com belas paisagens e cachoeiras com piscinas naturais, com a Véu de Noiva e Itaporani.
As opções para hospedagem são razoáveis, mas há poucos restaurantes na região.
COMO CHEGAR
O município de Itatiaia fica próximo ao limite entre os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, junto à BR-116 e não muito distante de Penedo e Resende, a principal cidade da região. É para lá que ruma boa parte dos ônibus turísticos que servem a região. No entanto, se quiser mobilidade, é preciso estar motorizado.
Acesso ao Parque
Uma estrada asfaltada de 5 km vai do centro de Itatiaia, junto à Via Dutra, até a portaria da parte baixa do Parque Nacional de Itatiaia.
O acesso para a parte alta é pela BR-354, que liga a Via Dutra (na altura de Engenheiro Passos) a Itamonte-MG. Uma entrada sinalizada na Garganta do Registro (km 0) indica o começo do trecho de terra precário. Essa estradinha, que exige veículos 4×4 em dias de chuva forte, leva à portaria conhecida como Posto 3, ou Posto Marcão (14 km) e ao Abrigo Rebouças (mais 3 km), onde ficam o estacionamento e o início das trilhas. Na primavera e no verão, durante os meses de muita chuva, a estrada até o Abrigo Rebouças fica fechada por causa da reprodução de espécies de sapos na região.
Mais informações na sede do parque (24/3352-1292, das 8h às 17h). Preços: o ingresso custa R$ 11 no primeiro dia (há descontos para os demais).
QUANDO IR
Em janeiro, fevereiro e de outubro a dezembro, o clima quente favorece os banhos nas cachoeiras na parte baixa. No entanto, como são períodos chuvosos, algumas atrações podem fechar se houver risco de tromba-d’água. Nesse caso, apenas a Cachoeira Véu de Noiva recebe visitantes. O céu fica mais limpo e quase não chove entre maio e agosto, melhores meses para visitar a parte alta (reforce a mala com agasalhos, já que a temperatura cai muito nessa época).