Oslo: quando ir, como circular, passeios, hotéis e mais

Por Adrian Medeiros Atualizado em 27 jan 2022, 12h12 - Publicado em 27 out 2011, 12h29

Fundada pelo rei Harald III em 1048 no atual Fiorde de Oslo e até hoje circundada pela densa floresta Marka, a vida de Oslo está intimamente ligada ao mar. Seu porto foi decisivo no passado para o seu crescimento, e hoje a cidade abriga muitas das grandes empresas do mundo voltadas para o setor marítimo. Aberta para o mundo desde a Idade Média, até hoje a capital da Noruega é um dos principais destinos de imigrantes na Escandinávia.

Embora sua área urbana não seja tão bela como algumas de suas vizinhas escandinavas, Oslo é, ainda assim, uma cidade que merece ser conhecida. Poucas capitais do planeta podem se gabar de comungar tão bem o crescimento econômico com a natureza. No país que tem o maior número de veículos elétricos per capita do mundo, Oslo tem 30% de sua frota de carros livre de emissões poluentes e quase metade de sua área reservada para áreas verdes e de preservação.

A cidade também ostenta o título informal de principal destino europeu para trilheiros, o que reforça sua vocação para o turismo de aventura e ao ar livre.

QUANDO IR

De abril a setembro é a época de menos frio, julho é o mês mais quente. Mesmo no verão, leve roupas quentes, principalmente se for para o norte da Noruega. No inverno, até mesmo os transportes são afetados em razão de nevascas.

COMO CHEGAR

O aeroporto internacional de Oslo é o principal da Noruega, agregando diversos voos da SAS e conectando a cidade a boa parte das grandes cidades da Europa, como Amsterdã, Londres, Frankfurt, Londres, Roma, Paris e Lisboa. Como não há voos diretos entre a Noruega e o Brasil, pense em utilizar estas cidades como conexão. Do aeroporto ao centro de Oslo são apenas 20 minutos de trem com companhias como Flytoget e NSB, modernas e com inúmeras partidas. Se optar por um táxi, é recomendável ir ao balcão de táxis do aeroporto, que lhe encaminhará a um serviço com preços fechados e confiáveis.

Via ferroviária a melhor opção é com a VY, que conecta a cidade a vários destinos pelo país. A estação central Oslo Sentralstasjon, também conhecida como Oslo S, é a mais prática, mas não a única da cidade. Já as linhas rodoviárias da NOR-WAY ligam Oslo a praticamente todas as cidades da região e também aos maiores centros do país. Fique atento, pois algumas rotas não funcionam entre o fim do outono e o início da primavera, tanto pelas condições climáticas como pela baixa demanda.

COMO CIRCULAR

Boa parte das atrações de Oslo estão ou nas cercanias de seu Centro Histórico ou em Bygdoy. Na cidade antiga é possível fazer quase tudo a pé, enquanto que para chegar até os belos museus da península é preciso pegar um táxi aquático. Para trajetos mais distantes, tome um prático ônibus. Os bilhetes custam desde kr 36 (cerca de 3,50) e valem por uma hora. Há também um tíquete válido por 24 horas. Quem é pego sem a passagem correta, amarga uma multa pesada.

PASSEIOS

Entre as principais atrações estão os parques que abrigam esculturas em áreas verdes. Um dos mais famosos é o Frognerparken, que exibe inúmeras peças do artista Gustav Vigeland – funciona o ano inteiro, 24 horas por dia e a entrada é grátis. Outros do gênero são o Ekebergparken, que, em meio a uma área verde de 100 mil metros quadrados, reúne esculturas de diversos artistas, e o Tjuvholmen, desenhado pelo arquiteto italiano Renzo Piano. E há ainda o Jardim Botânico, com cerca de 1800 plantas diferentes e algumas peças do artista britânico Tom Hare.

Entre os museus de arte, imperdível é o Munch, que reúne pinturas, desenhos e gravuras do maior artista norueguês, pioneiro do expressionismo – é lá que está o famoso óleo O Grito, que tem as docas de Oslofjord como cenário. Em outubro de 2021 o acervo mudou para um edifício cinco vezes maior, mais moderno e seguro em Bjørvika (saiba mais aqui). Icônicos também são os edifícios do Astrup Fearnley, também assinado por Renzo Piano e dedicado às artes moderna e contemporânea; e da Opera de Oslo, com projeto do escritório Snøhetta. Outro símbolo marcante da cidade, mas de arquitetura medieval, é a massiva fortaleza Akershus, cuja construção foi iniciada no finzinho do século 13 para proteger o porto da cidade. 

Para quem curte vikings, obrigatório é o Museu do Navio Viking – que preserva três embarcações originais e vários objetos dos grandes exploradores nórdicos, e o fantástico Museu Fram, construído especialmente para abrigar o navio Fram, utilizado por heróis nacionais como Fridtjof Nansen e Roald Amundsen em suas inúmeras viagens, incluindo a bem-sucedida conquista do Pólo Sul.

E claro: aproveite também para curtir o privilegiado entorno com caminhadas, passeios de barco pelo fiorde e rolês de bicicleta no verão, ou com esqui, entre dezembro e março.

ONDE FICAR

Imponente e luxuoso, instalado em um prédio histórico localizado entre a sede do Parlamento e do Palácio Real, o Grand Hotel Oslo é a hospedagem oficial dos vencedores do Nobel da Paz, que é entregue na cidade. Bom custo-benefício tem o moderninho e confortável Citybox Oslo, também no centro, que conta com piso aquecido nos banheiros. Novo também, e já popular, é o Clarion Hotel The Hub, perto da Estação Central, que abriga mais de 800 quartos, bares e restaurantes. Não muito longe, nas cercanias da Opera de Oslo e com vista para o porto, o Thon Hotel Opera é um dos vários hotéis sustentáveis da cidade, ostentando o selo Eco-Lighthouse.

ONDE COMER

Na beira do cais Aker, o Rorbua serve comida norueguesa, com pratos que incluem “bolo de carne da mãe” e carnes de baleia, alce e rena, além de vários peixes e frutos de mar. Os ingredientes escandinavos se encontram também no sofisticado Statholdergaardeninstalado num edifício charmoso do século 17, que leva uma estrela no Guia Michelin e uma carta de vinhos destacada pela na revista Wine Spectator. Quem tem mais estrelas Michelin – três, a cotação máxima – é o Maaemo, com o de chef e co-proprietário Esben Holmboe Bang responsável pelo menu que tem entre os destaques o lagostim Bang, assado na manteiga de pinheiro, com geleia de brotos de abeto. Os ingredientes são em sua maioria orgânicos, provenientes dos arredores da cidade. Para bolsos mais econômicos, uma pedida com outros sabores é tailandês Tunco, com opções veganas e sem glúten.

DOCUMENTOS

Brasileiros não precisam de visto para até 90 dias de estadiaO passaporte deve ter validade superior a três meses quando da saída.

DINHEIRO

A moeda oficial é a Coroa norueguesa (NOK). Euros não são muitos aceitos (10 kr = € 1).

Informações ao viajante

Línguas: Norueguês, mas o inglês é bastante falado.

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