São Luiz do Paraitinga
Ainda há tapumes e andaimes espalhados pela cidade, mas fica a impressão de que São Luiz do Paraitinga já superou a tragédia das enchentes que devastaram a região em 2010. A Igreja das Mercês foi reerguida com êxito e inaugurada com grande festa no fim de 2011. Paralelamente, surgem novas atrações, como é o caso do Instituto Elpídio dos Santos, um casarão reformado que conta a trajetória do músico nascido na cidade (e traz um memorial sobre as dificuldades enfrentadas nas enchentes).
COMO CHEGAR
Quem vem de São Paulo deve seguir pelo Complexo Ayrton Senna/Carvalho Pinto até o final e entrar na Via Dutra. Depois de 10 km, em Taubaté, vire à direita na Rod. Oswaldo Cruz (SP-125), seguindo até a cidade. Quem vem do Rio de Janeiro e outros estados ao Norte, deve pegar a Via Dutra até Taubaté.
COMO CIRCULAR
Além de bater pernas pelas atrações do Centro Histórico, São Luiz do Paraitinga tem atrativos naturais em que o carro é indispensável. Com acesso pela Rod. Oswaldo Cruz, no sentido de Ubatuba, o distrito de Catuçaba (a 20 km) abriga a Trilha das Sete Cachoeiras. Na mesma direção o Núcleo Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar (a 40 km) tem trilhas e rafting
ONDE COMER
Comida típica – Herança dos tropeiros, é um prato forte e vigoroso que, segundo a tradição do Vale do Paraíba, deve ser provado com uma boa cachaça. Originalmente, era preparado com partes menos nobres do boi, e o tutano engrossava o caldo. Hoje, utiliza-se o músculo e, no lugar do mocotó, toucinho de porco. O conjunto é cozido por mais de duas horas – na versão tropeira o prato pode permanecer entre oito e dez horas em fogo brando. O molho normalmente leva alho, cebola, um pouco de cominho, urucum, cebolinha, salsinha e pimenta. Misturado à farinha de mandioca, forma um saboroso pirão. O prato é um dos pontos altos da festa do Divino Espírito Santo, quando milhares de pessoas consomem a receita. Onde comer: Cantinho dos Amigos
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O QUE FAZER
Carnaval
São Luiz do Paraitinga se acostumou a ver suas ruas cheias de gente pulando atrás dos blocos durante o Carnaval. As tradicionais marchinhas, selecionadas entre composições locais num festival que antecede o evento, são perfeitas para quem quer fugir do circuito do axé. A folia ocorre no Centro Histórico e em outros pontos da cidade, como a recém-inaugurada praça de eventos. Programação: 12/3671-1672 (Secretaria de Turismo).
Parque Estadual da Serra do Mar
O Núcleo Santa Virgínia tem duas bases e várias trilhas, feitas sempre com guia. Na base administrativa, as principais caminhadas são longas e repletas de atrativos naturais. A da Pirapitinga (5,5 km de extensão, 4h o circuito) tem formato de ferradura e leva às cachoeiras das Andorinhas, Salto Grande e Saltinho. A Poço do Pito (8 km, cinco horas ida e volta) margeia o Rio Paraibuna e passa pelas quedas do Lajeado, recortada por nascentes d’água. A mais longa, a trilha do Ipiranga (14 km, seis horas ida e volta), acompanha o rio e leva à Cachoeira do Ipiranga (no caminho há rios menores que cortam o Ipiranga e boa variedade de aves e mamíferos). A base de Vargem Grande, que pertence ao município de Natividade da Serra, concentra outras três trilhas. A Trilha do Garcez (6 km, cinco horas, ida e volta); a do Rio Grande (13 km, seis horas, ida e volta); e o difícil trajeto da trilha do Corcovado (17 km, dez horas, ida e volta), que é compensado pela vista do litoral de Ubatuba, São Sebastião e Ilhabela, do alto de um mirante de 1 168 m.
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MELHOR ÉPOCA
No Carnaval, em fevereiro, as ruas ficam lotadas de foliões. Quem pretende visitar o Parque Estadual da Serra do Mar para fazer a trilha do Corcovado, na base Vargem Grande, prefira os meses de maio a outubro – chove menos e dá para aproveitar melhor a vista do mirante. As trilhas da base administrativa podem ser percorridas em qualquer época.