Toscana
Quantas pessoas não sonham em viver sob o sol da Toscana? A antiga terra da civilização etrusca é uma alegoria ao prazer de viver, comer, beber e viajar. Os visitantes que aqui chegam podem hospedar-se em hotéis de inegável charme e conforto, banquetear-se com o que há de melhor na gastronomia local, provar vinhos de cepas antiquíssimas e conhecer cidades, museus, igrejas e monumentos de grande importância histórica. Só para se ter uma ideia, a Unesco designou seis destinos toscanos como patrimônio cultural da humanidade: Florença, sua principal cidade; a praça da catedral de Pisa e sua famosa torre inclinada; o centro histórico de Siena; a pequena e elegante San Gimignano; o casario medieval de Pienza; e Val d’Orcia.
Nesta terra tão bela, pontilhada de estradas ladeadas por ciprestes centenários e campos de oliveiras e videiras, surgiram mestres da Renascença e o gênio de homens como Dante Alighieri, Leonardo da Vinci, Michelangelo Buonarroti, Maquiavel, Galileu Galilei e Puccini. Seu ponto nevrálgico e logístico é Florença, a cidade do poderoso clã Medici, patronos das artes e da guerra. Aqui você encontrará o magnífico Duomo de Brunelleschi, o melhor museu da região, a Galleria degli Uffizi, e dezenas de outras grandes atrações. Não longe dali, próxima à rota dos vinhos Chianti, Siena desponta com seu elegante centro amuralhado e a monumental praça que é cenário da dramática corrida de cavalos, o Palio. Falando em espaços público singulares, nenhum se compara ao Campo dei Miracoli de Pisa. Aqui, um complementando o outro, estão os emblemáticos edifícios da catedral, do cemitério, do batistério e do campanário, a torre inclinada. Alguns quilômetros adiante, Lucca e seu ar bucólico não podem ser ignorados.
Na região leste da Toscana, Arezzo guarda a igreja de São Francisco, onde estão os arrebatadores afrescos de Piero della Francesca.
COMO CHEGAR e CIRCULAR
Florença é o principal centro turístico e logístico da Toscana. Daqui partem e chegam trens (www.trenitalia.com) que cruzam a península da Itália, vindos de Roma, Bologna, Milão e Veneza. De sua estação principal, Santa Maria Novella, partem composições rumo a várias cidades da região, como Pisa, Lucca, Carrara e Cortona. Próxima a ela também fica o terminal rodoviário, com trens que cobrem outras cidades da região, como Siena e San Gimignano.
A cidade é servida por um aeroporto internacional (www.aeroporto.firenze.it) com voos vindos de cidades como Londres, Amsterdã, Frankfurt e Copenhague.
Se quiser flexibilidade para fazer paradas alongadas ou mesmo inesperadas, uma recomendação é alugar um carro. As estradas são ótimas e há sempre uma boa desculpa para parar o carro: um restaurantes simpático, uma vinícola chamativa ou mesmo aquela paisagem arrebatadora. Quem tiver mais tempo disponível, pegue uma bicicleta e se perca pelas estradas alternativas.
ONDE COMER
Comer bem na Toscana é uma obrigação. Aqui, como em poucos outros lugares do Mediterrâneo, os ingredientes são fartos, variados e de qualidade. Se a bistecca alla fiorentina, um bife alto, aromático e suculento, é o símbolo da gastronomia local, também merece o título seu perfumado azeite de oliva. Aqui a variedade de carnes é ampla, de caça a javalis, de porco a boi, a essência de uma escola de açougueiros cujas habilidades se espalharam pelo mundo.
Considerando que a região é vizinha da Emilia-Romanha — de onde vem queijos como o parmesão, grana padana e o azeite balsâmico — pode se afirmar que os restaurantes por aqui são muito bem abastecidos. Boa parte deles conta com menus fixos, com entrada (o antispasto, que pode ser uma saladinha, embutidos variados ou um crostini), primeiro prato (um prato quente, podendo ser um risoto, massa ou sopa), segundo prato (normalmente uma carne acompanhado do contorno, um acompanhamento) e uma taça de vinho da casa. Ocasionalmente está incluido no preço uma sobremesa simples e café.
Obviamente que há restaurantes para todos os tipos de bolso, mas a maioria serve pratos com apelo e sabor familiar, a preços justos. Na hora do lanche, há sempre um bar ou lanchonete — ou mesmo quiosques — que trazem paninis ou sanduíches com recheios que variam de prosciutto a mozzarella de búfala. Cafés, como em toda a Itália, estão sempre próximos e trazem especialidades locais, como o zuccotto (um bolinho de recheado de amêndoas e chocolate).
Veja mais detalhes sobre os restaurantes da região nos verbetes das cidades.
Vinhos — A produção vinícola na Toscana remonta à ocupação humana na região. A produção local abasteceu por séculos as festas romanas, estabeleceu-se com uma tradição à mesa e, nos anos 1970, passaram a receber investimentos em tecnologia, novas castas e produtos. Os mais conhecidos rótulos da região são o Chianti Classico (um tinto que virou best-seller mundo afora), o Vino Nobile de Montepulciano (semelhante ao Chianti, mas considerado superior), o Vernaccia di San Gimignano (um branco fresco e frutado) e o Brunello di Montalcino (um tinto feito da uva Sangiovese).
Vários viticultores abrem as portas de suas casas para a visita de turistas, com direito a degustações e passeios técnicos.
SUGESTÃO DE ROTEIRO
Um roteiro pela Toscana merece ao menos uma semana para uma viagem variada, mesclando visitas a museus, igrejas, cidades históricas e vinícolas. Reserve três dias para conhecer Florença e seus monumentos renascentistas. Dali, você pode fazer uma viagem de ida e volta para Pisa e Lucca. Passe outros dois dias na região entre Siena e San Gimignano e um adicional para conhecer as vinícolas de Chianti. Complemente a viagem com passagens por Arezzo.
QUANDO IR
A região pode ser visitada o ano todo. Uma boa ideia é aproveitar o tempo bom do verão, com 11 horas de sol durante o dia e especialmente convidativo para caminhadas. No entanto, se quiser evitar as hordas de turistas, considere uma visita no final da primavera ou no início do outono.
Informações ao viajante
Línguas: Italiano
Saúde: Não há demandas específicas
Melhor época para visitar: Vale a pena conhecer a região em qualquer época do ano, mas o período entre abril e novembro é o melhor para atividades ao ar livre. Para quem quer visitar museus, galerias de arte e igrejas, o inverno é uma boa opção para evitar as multidões