Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas

10 coisas para NÃO fazer em Barcelona

Aqui vai uma lista de roubadas que você deveria driblar para o seu próprio bem

Por Adriana Setti
Atualizado em 26 set 2019, 15h58 - Publicado em 8 ago 2014, 09h09
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Em 2007, escrevi um post sobre o que você não deve fazer durante a sua gloriosa temporada em Barcelona (clique aqui para ler o post). Coisas como: sucumbir aos restaurantes das Ramblas, beber sangria e “badalar” no Puerto Olímpico. O post continua valendo (com exceção do lance das touradas, que foram proibidas na cidade, para alegria geral da nação catalã). Mas, de lá pra cá, a cidade mudou, o turismo cresceu em progressão geométrica e, claro, surgiram novas possibilidades de acertos e erros. Aqui vai uma lista de roubadas que você deveria driblar para o seu próprio bem:

1. Não garantir ingressos para as obras do Gaudí com antecedência, pela internet

Vivo batendo nessa tecla. E continuarei insistindo até que nenhum leitor deste blog passe pelo perrengue de esperar horas na fila da Sagrada Família, da Casa Batlló ou da La Pedrera. Gente, não dá mais! Em tempos de turismo de massa é preciso se programar um pouquinho (é chatíssimo fazer isso nas férias, eu sei) em prol da sua saúde mental. Isso é ainda mais importante para quem visita a cidade entre junho e outubro.

2. Comer nos arredores da Sagrada Família

No post de 2007 adverti sobre os restaurantes das Ramblas (e continuo implorando pra você não cair nessa). Agora é a vez da região da Sagrada Família, onde os restaurantes caros, feios e ruins se proliferaram nos últimos anos. Há alguns lugares poucos e bons por lá, caso da marisqueria La Paradeta, do ótimo La Taqueria e da novíssima filial do Buenas Migas. Mas, fora isso, é garantia de roubada.

3. Fazer tudo de metrô

Muita gente chega na Europa, liga o piloto automático e faz tudo de metrô. Não há dúvidas: é o jeito mais prático de orientação e locomoção em qualquer cidade grande. Acontece que Barcelona não é como Paris ou Londres. Aqui, a escala é muito menor e as distâncias que você vê no mapa da região central costumam ser mais curtas do que parecem. Em muitos casos, ir de metrô acaba sendo mais demorado e complicado do que ir a pé, por causa das conexões entre as linhas. Quer um exemplo? Da minha casa até a Plaça Catalunya, o marco zero da cidade, demoro 20 minutos a pé, atravessando o bairro modernista do Eixample. Não é apenas um percurso, mas um passeio. De metrô, demoro exatamente a mesma coisa: 20 minutos. Só que ao invés de ir curtindo o caminho, tenho que subir e descer escada, passar calor na plataforma do trem (só há ar condicionado dentro do vagão) e fazer uma conexão chatinha entre linhas. Vale a pena? Por essas e outras, não sugiro dispensar totalmente o metrô. O que recomendo é o uso com moderação, apenas quando realmente tiver que atravessar a cidade ou estiver cansado. Também vale tentar entender o sistema de ônibus, super simples e confortabilíssimo. O app do TMB é uma mão na roda!

4. Dar mole com a carteira

Você está cansado de saber que não é porque está na Europa que pode dar mole circulando com a carteira no bolso de trás ou saindo por aí com aquele bolsão enorme e aberto, certo? Em Barcelona o cuidado deve ser redobrado. Infelizmente, a cidade é uma das capitais europeias da mão leve. Clique aqui para ler o post detalhado sobre como escapar dos batedores de carteira.

5. Hospedar-se no Bairro Gótico ou nas Ramblas

Não é muito seguro durante a noite, tem gente demais e é barulhento demais. Portanto, não recomendo, a não ser que você tenha menos de 25 anos e queira cair matando na balada, no caos, na lama. Clique aqui para ler o dossiê da melhor localização para o seu hotel/apê.

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6. Pegar praia na Barceloneta

Grande parte dos turistas pensa que a Barceloneta é a praia de Barcelona e ponto final. Além do mais, é a mais próxima do centro e a única com metrô praticamente “na porta”. Consequentemente, é a mais lotada e sujinha. Para pegar uma praia dentro da cidade, recomendo Bogatell (para gostosas, peitos, músculos), Mar Bella (galera da cidade mais relax, com uma parte nudista) ou San Sebastiá (o canto direito da Barceloneta, badaladinho, na frente do hotel Vela). Clique aqui para ler o post completo sobre Praia em Barcelona.

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7. Andar sem camisa na rua

Parecer, até parece, mas Barcelona não é Rio de Janeiro. Circular sem camisa, a menos que você esteja a poquíssimos metros da praia, não só pega mal como pode render uma multa de até 300 euros (ou 500 para quem estiver totalmente pelado)! Surreal, não? (Se não acredita, veja o vídeo acima)

8. Alugar carro

Circular de carro em qualquer cidade grande da Europa é roubada, mas sempre tem alguém que insiste… (brasileiro goooosta de carro, né?). Estacionar na rua é dificílimo, caro e permitido apenas por algumas horas. Os estacionamentos custam uma fortuna, não existe a palavra “manobrista” (em 14 anos de Barcelona, nunca vi um) o trânsito é lento e os controles de álcool são onipresentes. Convenci?

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9. Chegar cedo numa discoteca

Por cedo, entenda antes da 2h.

10. Não se preocupar com a hora de comer

Uma das grandes novidades na cidade, com décadas de atraso, são os restaurantes com horário flexível, que servem comida o dia todo (meu favorito é o Velódromo, bar e restaurante onde bato ponto, que abre às 6h e fecha às 2h). Mas, ainda assim, são poucos. Como paulistana, custei horrores em acostumar a ter disciplina para a hora de almoçar e jantar. A regra aqui é chegar ao restaurante entre 13h30 e 2h30 para o almoço e entre 21h30 e 22h30 para o jantar. Ou seja, nem ao abrir e nem prestes a fechar. Jantar muito cedo é coisa de “guiri” (estrangeiro de cabelo amarelo). Chegar minutos antes do restaurante fechar é coisa de gente sem noção. Jantar na madruga é impossível.

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