Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas

A terapia do cavalo marinho anão na ilha de Cabilao, nas Filipinas

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2017, 15h44 - Publicado em 17 jan 2013, 08h50

O cavalo marinho pigmeu em momento inspirado

Quando o evento mais importante do seu dia é encontrar um “cavalo marinho pigmeu”, de menos de 5 milímetros, é sinal que você perdeu o contato com os problemas do mundo.

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Não vou esticar muito o assunto. Conheço a expressão de tédio dos meus amigos e familiares quando tento convencê-los de que vale a pena investir tempo e dinheiro em observar seres estranhos espremido em uma roupa de borracha e respirando o ar comprimido de um cilindro. Sei o quão desinteressante o assunto mergulho pode ser para leigos. O que gostaria de compartilhar é o quão pode que pode ser passar alguns dias em certas partes do mundo onde não há absolutamente nada mais a fazer do que mergulhar, comer, dormir e eventualmente trocar fotos e experiências com outros mergulhadores.

Estar em um lugar assim me produz uma sensação muito parecida com a de, na infância, ir a um acampamento de férias. Após um mês nas Filipinas, entre alegrias, perrengues e descobertas, passamos os últimos cinco dias de férias das férias na ilha de Cabilao, onde a felicidade se resume a um raríssimo cavalo marinho de cinco milímetros — e nisso reside o seu grandíssimo encanto.

Até finalmente encontrar o mergulho (e me encontrar no ato de produzir borbulhas subaquáticas), eu invejava profundamente as pessoas que dissolviam os seus nódulos de tensão através de atividades como empurrar uma bola para dentro de um gol ou remar em pé sobre uma prancha. Hoje em dia, sou um desses seres humanos felizes que possuem um hobbie, um enorme ralo por onde escoam neuras, ansiedades e pensamentos negativos. ————

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Saiba mais sobre a ilha de Cabilao:

A apenas uma hora de táxi/barco de Panglao, uma das praias mais turísticas das Filipinas, Cabilao é um daqueles lugares que resistiram brava e milagrosamente ao turismo de massa até os dias de hoje. Cercada por paredes forradas de corais impecáveis, a ilha é um paraíso para o mergulho “macro” (para ver criaturas incríveis e pequenas), e também abriga tartarugas enormes, barracudas e uma infinidade de peixes coloridos. Há apenas três resorts de mergulho na ilha — e nada mais. O melhor dos três, disparado, é o Polaris (polaris-dive.com), que têm quartos e bangalôs de várias categorias de conforto, além de uma piscina magnífica e uma área de relax de frente para o mar com espreguiçadeiras e um bar. O dive shop tem equipamento novinho e o staff é nota dez. As praias da ilha não são dignas de nota. Ou seja, não vale para quem não mergulha.

 

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