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Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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AirBnb expande seus domínios e lança um catálogo de experiências alternativas: será que emplaca?

Na semana passada, durante o evento Open LA, em Los Angeles, o AirBnb anunciou com grande estardalhaço as novidades da plataforma. Até então focado em hospedagem, o app que revolucionou a forma de viajar também passará a oferecer “experiências” e dicas sobre os lugares onde atua (ou seja, praticamente o mundo todo) através do AirBnb […]

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2017, 14h37 - Publicado em 21 nov 2016, 11h00

Na semana passada, durante o evento Open LA, em Los Angeles, o AirBnb anunciou com grande estardalhaço as novidades da plataforma. Até então focado em hospedagem, o app que revolucionou a forma de viajar também passará a oferecer “experiências” e dicas sobre os lugares onde atua (ou seja, praticamente o mundo todo) através do AirBnb Trips. O nosso querido Fabricio Brasiliense, editor da VT, esteve em Los Angeles para acompanhar o evento e escreveu este texto explicando do que se trata. Segundo Brian Chesky, diretor executivo do AirBNB, o propósito da nova “ala” da plataforma é proporcionar uma experiência holística de viagem, além da hospedagem. O ideal por trás disso seria recuperar a “mágica” de desbravar mundo de forma independente, saindo da mesmice dos pacotes, dos city tours de sempre etc.

Como a coisa é muito recente, presumo que as experiências disponíveis no momento tenham sido curadas pelo AirBnb para alavancar a novidade e inspirar possíveis anfitriões. De maneira geral, achei tudo muito cool e elaborado. Em Paris, por exemplo, você pode aprender a fazer perfumes em três dias com uma perfumista. No Quênia, dá para visitar star-ups focadas na tecnologia e conhecer uma vila Massai. Na Cidade do Cabo, consegue conhecer a prisão de Robben Island na companhia de um antigo guarda que ficou amigo de Nelson Mandela. A maioria dos programas é feita em pequenos grupos e – atenção – não inclui a hospedagem.

 

Será que emplaca?

A ideia não é tão nova assim, afinal de contas há muitos outros apps que oferecem experiências e dicas locais. O mérito do AirBnb é reunir tudo no mesmo lugar e com a potência de uma plataforma que hospeda mais de 500 mil pessoas por dia e oferece 23 milhões de quartos e casas em 191 países. No futuro, também haverá voos e serviços disponíveis.

A minha dúvida é: será que as “experiências” que surgirão espontaneamente daqui pra frente serão tão legais assim? Será possível manter esse perfil alternativo? A plataforma nasceu para que nós, pessoas físicas, compartilhássemos as nossas casas com outros viajantes. Mas o AirBnb não tardou a ser invadido por agências imobiliárias “escondidas” atrás de perfis convencionais e também por gente que passou a alugar imóveis para sublocá-los e fazer disso um ganha-pão. Em termos de hospedagem, acho que não faz tanta diferença assim que o seu anfitrião seja uma empresa – se o imóvel for bom, tudo certo. Já com as experiências, pode dar galho, porque a ideia é justamente fugir do turismo convencional e ter um sabor “local” do destino em questão. Para a coisa funcionar, acho importante que o AirBnb zele pela transparência e que estejamos atentos para não comprar gato por lebre.

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