As lendárias praias do sul de Bali: qual é a sua? (parte 2)
Impossibles
Escondidinha entre Dreamland e a pop star Padang Padang, essa lenda do surfe é, como o nome sugere, uma praia para surfistas com H maiúsculo e/ou levemente kamikazes. Quando a maré está muito alta, ela fica impossible também para a tchurma da canga. Mas na maré baixa a pequena faixa de areia entre pedras e cavernas é um dos lugares mais mágicos da ilha.
COMO CHEGAR: Graças a uma boa alma que pixou um muro no caminho de Padang (veja abaixo) com uma flecha e o nome da praia, não é mais impossible chegar lá. Ao ver o sinal no muro, estacione o carro e pegue a trilha.
Padang Padang
Em sinal de reverência, os surfistas deveriam descer as escadarias que dão acesso à praia de joelhos. Este santuário do surfe tem um dos breaks mais famosos e disputados da ilha. Para pegar uma praia, a faixa de areia é pequena mas aconchegante. Só que praticamente desaparece quando a maré está muito alta. Mesmo assim, a galera dá um jeito e se acomoda nas cabanas de palha para assistir ao show que rola no mar. O templo que vigia a praia de cima é uma atração à parte, lotado de macacos exibicionistas e cleptomaníacos.
COMO CHEGAR: É preciso quebrar à direita em um dado momento do caminho de Ulu Watu que não está sinalizado. O jeito é ficar esperto depois de passar a saída para Balangan (sinalizada com uma micro placa), e perguntar antes de tomar qualquer decisão.
Ulu Watu
Essa merece um post à parte… me aguardem.
Green Ball (foto)
Na minha viagem a Bali do ano passado, eu postei dizendo que Green Ball era a praia mais bonita de Bali. Agora, conhecendo a ilha de cabo a rabo, continuo assinando embaixo. E aqui vai um repeteco do que disse naquele post:
A jóia mais rara da ilha é um trecho de areia totalmente virgem que não está nos mapas turísticos (não estava em nenhum dos 3 mapas de Bali que comprei por lá) e do qual pouquíssima gente já ouviu falar: Green Ball.
Uma escadinha de pedra de mais de 300 degraus atravessa a floresta descendo pela altíssima falésia até chegar na areia branca e fofinha. Guarda-sol não é preciso. Cavernas desenhadas nas pedras se encarregam de fazer uma sombrinha. Uma delas, no entanto, já está ocupada por milhares de morcegos, uma atração à parte. A água é de um verde esmeralda cristalino, e os corais formam piscinas naturais na maré baixa. Atrás deles, ondas tenebrosamente grandes divertem os surfistas mais valentes. Sair do mar com a prancha partida em duas é de praxe. Além de surfistas e morcegos, uma cambada de macacos perambula pela praia.
COMO CHEGAR: É quase um exercício de adivinhação, já que não existe o mais remoto sinal de sinalização. No caminho de Ulu Watu, um pouco antes da saída de Balangan, é preciso entrar numa bifurcação à direita em direção ao vilarejo de Kuluh. Depois, a estrada ainda vai ter N bifurcações. Tente se manter na pista principal. O caminho termina num estacionamento de onde sai a escada infinita.
NÃO VÁ:
Seminyak
Não confunda: a vila de Seminyak é disparado o lugar mais charmoso de Bali, mas é melhor fingir que não existe praia por ali. Você já esteve em Peruíbe, no litoral sul de São Paulo? Pegue aquela areia preta e batida, acrescente uma montanha de lixo e voilá, você está no inferno.
Kuta
A areia não chega a ser tão escura e batida como a de Seminyak. Mas a quantidade de sacos plásticos por metro cúbico de mar é ainda maior. E como cereja do bolo, tente ficar em paz um minuto e ganhe um prêmio. Os vendedores, massagistas, manicures (!) e chatos ambulantes talvez sejam os mais insistentes do mundo.
Dreamland
O nome desta praia está desatualizado. O correto, hoje em dia, seria “Nightmareland”. Até poucos anos atrás, Dreamland era bem uma versão ampliada de Balangan (veja no post anterior). Mas um capitalista inescrupuloso e sem refinamento estético (dizem que quem está por trás é o filho do ex ditador indonésio Suharto) comprou os milhares de metros quadrados que cercam a praia, botou toda a vegetação abaixo (e os doces warungs de palha e bambu) e, no lugar, está erguendo um tenebroso condomínio. Enquanto o empreendimento Frankenstein não fica pronto, o terreno poeirento (ou lamacento, nos dias de chuva) aproveita para receber ônibus de excursão de farofeiros de Jacarta. Uma diliça.
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