Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas

Cenotes: a melhor pedida da Riviera Maia em tempos de invasão de sargaço

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2017, 15h26 - Publicado em 5 ago 2015, 10h20
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Se você leu meus dois últimos posts sobre a invasão de sargaço nas praias de Cancún e da Riviera Maia (e do Caribe em geral), e está planejando uma viagem pra lá, provavelmente ficou muito preocupado. De fato, não é o melhor momento para visitar a região. Por outro lado, além de ser um destino de praia, o estado de Quintana Roo (onde ficam Cancún, Playa del Carmen, Tulum) tem muitas outras atrações a oferecer. Uma boa saída para quem já está de passagem marcada é alugar um carro tanto para poder ir em busca das praias menos afetadas (Akumal, por exemplo), como para explorar o que a região tem a oferecer além do mar. Os cenotes estão entre as coisas mais incríveis que já vi. Vale a viagem.

 

Clique aqui para se informar sobre o problema da invasão de algas em Cancún e na Riviera Maia

 

Os cenotes são pequenas aberturas naturais que deixam entrever as águas azulíssimas e cristalinas de uma rede de rios subterrâneos de água doce que cobre toda a península de Yucatan (o extremo sul do México). De tão complexo, o sistema até hoje não foi totalmente mapeado. Ao longo de milhares de anos, essas águas abasteceram a região e alimentaram a mitologia maia, segundo a qual os cenotes representavam passagens para outro mundo – o que, de certa forma, é a mais pura verdade.

Os cenotes que podem ser visitados em geral cobram uma pequena taxa de entrada e oferecem área de piquenique e banheiros. Mas há alguns mais selvagens e gratuitos (como é o caso do pequeno cenote cercado de verde próximo à praia de Xcacel-Xcacelito). Outros fazem parte da propriedade de hotéis e pousadas. Nadar, praticar SUP, remar de caiaque e mergulhar com snorkel ou cilindro estão entre as atividades possíveis. Paraíso dos tech-divers, os cenotes podem render altas aventuras em cavernas subaquáticas pouco exploradas. Para mergulho, procure o profissionalíssimo dive center Pro Tec, que recomento enfaticamente.

 

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Foto meio paranormal do meu mergulho no Gran Cenote

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Mergulhando no Gran Cenote

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Visual do Gran Cenote de fora

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A boca de uma das cavernas do Dos Ojos

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Um refresco longe do sargaço, no Dos Ojos

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Dos Ojos na visão de um mergulhador

O cenote mais impressionante que visitei foi o sistema Dos Ojos, entre Tulum e Akumal, que tem esse nome porque é formado por dois “olhos” d’água interconectados por um túnel submarino alucinante, recheado de formações insólitas. O ideal no Dos Ojos é mergulhar com cilindro, mas também há tours guiados com snorkel. Se você não estiver afim de muito empenho, basta colocar uma máscara e afundar a cabeça: a visibilidade é de mais de 100 metros, praticamente como se água não existisse. O vídeo abaixo mostra direitinho a experiência do mergulho (spoiler?):

 

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=4XD03bNp6dY?feature=oembed%5D

 

Outro que visitei foi o lindíssimo Gran Cenote, que fica a três quilômetros de Tulum. Ele é ideal para mergulho mas também é um dos melhores para nadar. Tem uma piscina grande ao ar livre, cercada por um deque.

 

Minha amiga-leitora Betina, que acabou de voltar de lá, recomendou o Casa Cenote para passeios de SUP em meio à natureza (pelo caminho, dá para avistar macaquinhos e quatis). Mas, nesse caso, é preciso ter algum preparo físico e espírito esportivo para remar entre a mata fechada e para mergulhar na hora de atravessar o manguezal.. Veja o vídeo abaixo, que incrível.

 

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=YOK1-RoyTEI?feature=oembed%5D

Ela também recomenda o Encantado, onde é possível fazer um passeio de caiaque.

 

Clique aqui para ver o meu post sobre mergulho nos cenotes.

 

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