Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Fazer safári no Kruger Park, na África do Sul, é muito mais barato (e fácil) do que você pensa

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2017, 15h10 - Publicado em 14 fev 2016, 04h41
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Fazer safári na África é um programa cercado de glamour desde tempos ancestrais. A primeira imagem que vem à cabeça é a do explorador britânico que arrasta um séquito para a savana e, vestido de roupa cáqui, toma um chá das cinco em porcelana chinesa enquanto um leão passa no horizonte.

A real é que esse universo ainda existe. Seja na África do Sul, na Tanzânia ou em Botswana, é possível encontrar lodges de diárias de quatro dígitos (em dólar) onde viver uma experiência ao estilo do filme Memórias da África. No entanto, ao contrário do que muita gente acredita, essa está longe de ser a única maneira de entrar em contato com a vida selvagem africana. E a grande prova disso é o Kruger, o maior e mais conhecido parque nacional da África do Sul, com dois milhões de hectares povoados de leões, leopardos, elefantes, rinocerontes, búfalos, hienas e outros milhares de animais.

Passei os últimos dias na região e gostaria de compartilhas com vocês EXATAMENTE o quanto custou essa operação (em termos de dinheiro e esforço):

  • Acomodação num estúdio lindo equipado com cozinha, terraço com vista para a mata e piscina (Bush Baby Glen) a cerca de 20 quilômetros do portão Phabeni do parque: R$ 90 reais por pessoa
  • Entrada do parque para um dia: R$ 65 por pessoa
  • Aluguel do carro econômico: R$ 55 por dia (dividido por um casal = 22,50)
  • Litro de gasolina na África do Sul: em média R$ 2,7
  • Jantar num dos melhores – e mais caros! — restaurante da região (Pioneer’s) com vinho: R$ 50 por pessoa

Ou seja, a brincadeira saiu por cerca de R$ 160 por dia por pessoa – o que se gasta para jantar num restaurante razoável em São Paulo ou no Rio de Janeiro. E, acredite, esse custo poderia ser ainda menor se tivéssemos escolhido acomodação mais barata (há inúmeras opções) e cozinhado a nossa própria comida.

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Como funciona o safári econômico

O passeio em si é quase tão fácil e tão seguro quanto ir ao zoológico. Isso porque o Kruger é cortado por estradas asfaltadas (e outras de terra em ótimas condições) onde é possível fazer safári na modalidade “self-drive”. Ou seja, você mesmo dirige o seu carro e procura os animais.

É certo que, sem um guia, acaba não sendo tão fácil encontrar a bicharada. Afinal de contas, os chamados rangers circulam pelo Kruger todos os dias, conhecem o comportamento dos animais e sabem quais são os lugares onde a probabilidade de avistá-los é maior. Ainda assim, em poucas horas avistamos elefantes, hipopótamos, girafas, zebras, búfalos, uma profusão de antílopes, águia, macacos divertidíssimos e… Gran finale, uma hiena enorme que praticamente pousou para a foto.

Com mais tempo (dei só uma “passadinha” a caminho da fronteira com Moçambique), teria chances altíssimas de ter visto leões, leopardos e rinocerontes, como na minha visita anterior à região, de vários dias.

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Se você for embarcar nessa, eis minhas dicas de ouro:

  • Suas chances serão muito maiores de avistar os animais de manhã cedinho e no final da tarde. No meio do dia, com sol a pino, a bicharada desaparece.
  • No final da tarde, calcule MUITO bem o tempo que você precisa para sair do parque na hora limite. Os portões são muito distantes uns dos outros e você pode ficar na roubada (eu quase fiquei, e tomei uma bronca azeda de um guia).
  • Siga à risca as regras do parque e mantenha uma distância segura dos animais (principalmente dos elefantes!).
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  • Tenha paciência. E não espere ver cenas incríveis de caça acontecendo na sua frente. A vida selvagem ao vivo é bem mais pacata do que na tela do canal National Geographic. As crianças podem ficar bem entediadas (só recomendo para maiores de 12 anos).
  • A melhor forma de chegar até o Kruger de carro é pela autopista que liga Pretoria e Johanesburgo a Nelspruit (umas cinco horas de viagem com estrada impecável). Pegue as estradas secundárias só a partir daí, por poucos quilômetros – algumas são bem ruinzinhas. Ir de avião encarece bastante a operação e não vale a pena.
  • O sul do parque é onde os animais e a infraestrutura estão concentrados. A melhor região para ficar, portanto, é perto dos portões Phabeni e Paul Kruger. Fiquei nos arredores da cidadezinha de Hazyview (12 quilômetros do Phabeni) e achei uma ótima opção.
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Clique aqui para ler o post em que explico exatamente a diferença entre o safári no Kruger e nas reservas privadas mais caras e luxuosas, e as vantagens e desvantagens de cada modelo.

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