Leitores deste blog sabem que eu circulo razoavelmente por aí. Estive nas Américas, na Europa, na Oceania, na Ásia e no norte da África nos últimos anos. Segundo a minha experiência, afirmo sem medo: o Brasil é o único país onde estive em que, sistematicamente, as pousadas (e estabelecimentos de categoria semelhante) não informam o preço da diária no site. Há exceções, eu sei, mas a esmagadora maioria não faz esse favor ao cliente.
Por quê? Por quê? Por quê? Por queeeeeeeê?
Será uma sequela dos tempos de superinflação, quando os preços tinham de ser remarcados todo santo dia?
Se há algum dono de pousada lendo este post, faço um apelo: me explica?
Que diferença existe entre informar o preço por e-mail? O valor varia de acordo com o cliente, segundo o perfil dele no Facebook? Há descontos para quem escreve chalé com X?
E por telefone? Vozes aveludadas pagam menos? Existe uma esperança por parte do dono do estabelecimento que um recepcionista sonolento –E QUE NÃO FALA INGLÊS – seja mais eficiente do que a internet para captar clientes?
Isso sem falar no raro que é encontrar um estabelecimento que não seja um hotel propriamente dito que tenha um sistema eficiente de reservas on-line. Bom, mas daí já é sonhar alto demais…
Está lançada a campanha: donos de pousadas, INFORMEM o preço no site como primeira cortesia ao cliente.
Adriana Setti leva quatro dias tentando saber quanto custa um maldito bangalô na pousada Aldeia Beijupirá para a próxima temporada de verão.
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