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Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Quatro barracas de praia cinco estrelas para curtir no Sul da Bahia

Comida boa, visual incrível, música suave e alto astral num dos trechos imbatíveis do litoral do Brasil

Por Adriana Setti
Atualizado em 21 jul 2021, 14h23 - Publicado em 27 dez 2019, 13h58

A felicidade é uma barraca de praia no sul da Bahia. De preferência, se ela tiver música boa num volume suave (ou música nenhuma), comida de primeiríssima, bebida idem,  espreguiçadeiras confortáveis e uma sombrinha estilosa pra chamar de sua – a uma distância beeeem confortável do cidadão que está sendo feliz ao lado.

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O jeitinho da Saravá e, ao fundo, Bob, autor do melhor gim-tônica da Bahia (Adriana Setti/Arquivo pessoal)
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A Caraíva de sempre está de volta no Saravá (Adriana Setti/Arquivo pessoal)

Saravá, Caraíva

O bar mais legal de Caraíva, Toca do Siri, acaba de ganhar uma irmã praiana. E Bob, o melhor barman da Bahia (“importado” diretamente de Formentera a cada verão), agora também prepara, à beira do Atlântico, seus gins com tônicas temperadinhos com ervas locais, biri-biri e outras coisinhas mágicas. Na chamada “zona sul” de Caraíva, um trecho de praia mais tranquilo e beeem longe da muvuca da Barra, a Saravá é uma ode ao jeitão deliciosamente roots que fez Caraíva ser o que é. Na frente de um quiosque com teto de palha, há vários lounges com esteiras, almofadinhas e almofadões. Alguns são mais lançados à praia e outros, escondidinhos e intimistas, ideais para dar uma namorada. Na praia, há cabaninhas de pano ao estilo caraivano e o garçom – o sorridente Wagner – não deixará cerveja faltar no seu baldinho de gelo.

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A luz de Maria Nilza (Adriana Setti/Arquivo pessoal)
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Um dos cantinhos deliciosos do céu de Maria Nilza no Guaiú (Adriana Setti/Arquivo pessoal)
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Arroz com polvo ou moqueca? Na dúvida, fique com os dois de Maria Nilza (Adriana Setti/Arquivo pessoal)
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O banheiro tropicalizado de Maria Nilza (Adriana Setti/Arquivo pessoal)

Restaurante da Maria Nilza, Praia do Guaiú

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Não é uma barraca de praia. É uma instituição. Um oásis. Uma filial do céu em plena praia do Guaiú, nos arredores de Santo André. Maria Nilza veio de Feira de Santana para jogar sua luz abre um dos trechos mais lindos do litoral do sul da Bahia, com uma vista idílica do rio que desagua na praia. Ela opera seu fogão a lenha, conversa e abraça os clientes e, no fim da “performance”, ainda oferece bilhetinhos da sorte e trevo de quatro folhas a cada sortudo. A especialidade da casa é um arroz de polvo divino, coberto de batata palha e arrematado com uma rodela de tomate e alcaparras. Tem mesinhas na praia, mesas “de restaurante” num grande quiosque e espreguiçadeiras dispersas por um jardim encantado. Ah, sim, e ela também é a “autora” do banheiro mais incrível que vi nos últimos tempos, com privadinhas ao ar livre, de frente para o mar, cercadas de cortinas esvoaçantes. Para os tímidos, também há cabaninhas de palha lindas e ventiladas.

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Daninhos de tapioca com camarão flambado na chachaça na Maroca (Adriana Setti/Arquivo pessoal)

Maroca, Santo Antônio

Esta novata tem tudo para ser a nova coqueluche da região de Santo André. Próxima ao rio divino-maravilhoso que corta a praia de Santo Antônio com suas águas avermelhadas, num trecho de praia praticamente virgem, é um dos lugares onde comi melhor na vida estando de biquíni e chinelo. O cardápio tem dadinhos de tapioca com camarões flambados na cachaça, arancini de moqueca de siri, vinagrete de polvo ou puã de caranguejo e uma mariscada arrasa-quarteirão. Tudo isso pode tanto ser servido em mesas à sombra de pequenos quiosques, como num lindo gazebo com mesas e espreguiçadeiras – na companhia de um Aperol spritz e outros drinks fineza total.

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Brilho do Sol, na Ponta de Corumbau (Adriana Setti/Arquivo pessoal)

Cabana Brilho do Sol, Ponta de Corumbau

A Ponta de Corumbau tem meia dúzia de barracas, uma ao lado da outra. Mas dá pra ver de longe que essa aqui é coisa finíssima. Mesas, sofazinhos e espreguiçadeiras com almofadinhas floridas são apenas uma pista do que está por vir. Uma vez escarrapachado na sombrinha dos panos coloridos, não tem como não pedir um arroz de polvo. Ele vem molhadinho, delicioso e farto como poucas vezes vi (a porção para dois daria facilmente para quatro pessoas com fome), servido num caldeirãozinho lindo, acompanhada de pirão e farofa.

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