Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas

Revolução no 41 grados, o cocktail bar de Ferran Adrià: para comer, a partir de agora, só com menu degustação

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2017, 15h50 - Publicado em 13 out 2011, 13h46

O que será de nossas vidas sem o melhor mini temaki do mundo?

A partir do dia 20 de outubro (daqui a uma semana), as criações mais espetaculares de Ferran Adrià voltarão a ser para pouquíssimos. A contar desta data, o seu cocktail bar 41 grados passará a funcionar como um pequeno restaurante com capacidade para apenas 16 comensais, que poderão (e deverão) desfrutar de um menu degustação de 41 pratinhos. Os banquetes serão servidos entre as 19h e as 23h. A partir das 23h, o bar volta a atender o público normalmente,vendendo coquetéis e outros drinques (mas não comida). As reservas devem ser feitas pelo e-mail experience@41grados.es e o preço (GLUP!) só deve ser divulgado nos próximos dias.

Por um lado, a notícia é boa. O menu certamente será espetacular, como tudo que Ferran faz. Por outro, é também o fim de algo que parecia (e realmente era) bom demais para ser verdade: a cozinha de Ferran Adrià razoavelmente fácil de reservar e a um preço acessível.

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Para quem não leu os meus posts anteriores sobre o 41 grados, onde estive duas vezes, um pequeno resumo do que era até então:

Anexo ao bar de tapas Tickets, o cocktail bar servia, além de coquetéis divinos, alguns snacks que fizeram parte da carta do finado El Bulli, entre outras pequenas doses de maluquices. Quem não quisesse gastar muito, podia pedir uma ou duas coisinhas, um drinque e ir embora sem desembolsar mais do que € 30. Para reservar, graças a um sistema inteligente e democrático que funcionava inteiramente por internet, a espera nunca era maior do que três meses.

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41 Grados: comer ali, a partir do dia 20, só para pouquíssimos

Tenho um palpite a respeito do motivo que teria feito com que Ferran tenha optado por testar um novo conceito para o 41. Como já havia comentado neste post, era evidente que o sistema não estava dando o resultado que o superchef esperava. Vejam o que eu escrevi:

Em primeiro lugar, uma constatação bastante curiosa: num lugar tão disputado (veja aqui como conseguir uma mesa), havia várias mesas vazias! Perguntei à nossa simpatissíssima garçonete o motivo e ela contou que muita gente reserva e simplesmente não aparece. E para não ser injusto com quem fez tudo certinho e no seu devido momento, os espaços livres não podem ser cedidos às pessoas que chegam na hora (vi várias serem barrados na porta). Não é difícil de entender. Uma vez que é preciso garantir lugar pela internet com uma média de três meses de antecedência (e sem pagar nada por adiantado), muita gente se esquece ou simplesmente muda de planos sem avisar. Um funcionário do bar me ligou 24 horas antes para confirmar, mas pelo jeito eles não conseguem entrar em contato com todo mundo em tempo hábil. Há poucos meses li uma entrevista com o Ferran na revista Esquire espanhola, na qual ele dizia que um dos motivos do fechamento do El Bulli foi que ele não aguentava mais ter que administrar o sistema de reservas (no caso do restaurante, havia filas de ano e uma demanda milhares de vezes maior do que a capacidade). Pelo jeito, o gênio ainda não se livrou do problema…

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Deu no que deu.

O bom da história é que, no mesmo comunicado em que anunciou a “metamorphosis” do cocktail bar, a equipe anuncia que será aberto outro 41 grados (NOS MESMOS MOLDES EM QUE FUNCIONA HOJE), em um lugar que ainda está sendo estudado. Vai demorar um pouquinho, mas a gente agradece!

VEJA MAIS:

Clique aqui para saber como conseguir uma mesa.

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