Tulum é de uma beleza histérica. Tudo por ali é exageradamente perfeito, extrapola os limites daquilo que os nosso olhos conseguem captar. A areia machuca de tão branca. O mar é escandalosamente azul. Coqueiros se distribuem pela orla como se quisessem retocar o irretocável. Precisar, nem precisava. Mas uma senhora ruína maya ainda faz o favor de debruçar-se sobre um penhasco rochoso recoberto por uma floresta verdinha.
Tulum é, além de tudo, um milagre. A meros 135 quilômetros de Cancún, e 75 quilômetros ao sul da frenética Playa del Carmen, a mais bela faixa de praia do México não tem luz elétrica e muito menos grandes resorts. Até mesmo no auge da alta temporada, sua areia impolutamente branca é esparsamente povoada.
Muitos italianos, argentinos, canadenses, americanos e russos já descobriram Tulum (vi pouquíssimos brasileiros por lá, com exceção daqueles que aparecem nas ruínas vindos de Cancún em excursões). E muitos deles fazem jus à formosura do lugar. Com tanta gente hermosa circulando, é natural que role uma badalação — mas de leve. Alguns beach clubs bacanudos e low profile (nada de dedinho pra cima, suor e cerveja em excesso) aglomeram quem está afim de interação. Mas também não falta espaço para quem quer meditar ou viver seu momento Cicarelli a dois.
A noite é animadinha, tanto nos bares à beira da praia quando na cidade de Tulum (no próximo post eu explico melhor essa história). Mas nada pode valer mais a pena do que acordar cedo para curtir o dia no paraíso. Nesta época do ano escurece por volta das 5 da tarde. Sempre lembrando que o que é bom dura pouco.
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