Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Turistas independentes X grupos de cruzeiristas: mico na Acrópole de Atenas

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2017, 15h45 - Publicado em 15 out 2012, 20h51

Ufa: (muitos) turistas na Acrópole após a partida dos cruzeiristas

 

Eu gostaria de ter tido a presença de espírito de sacar a câmera para registrar o momento. Mas fiquei mais preocupada em agarrar-me ao corrimão da escadaria, temendo ser arrastada pelo tsunami humano que desabava no contrafluxo. Que fique claro: a muvuquinha registrada na foto acima é “apenas” o que restou de gente depois que os incontáveis grupos de cruzeiristas se retiraram da pedra sagrada de Atenas.

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Chegamos à entrada da Acrópole por volta do meio dia (algo bastante torpe, uma vez que os termômetros marcavam uns 35 graus da capital Grega). Mas subir até o Parthenon esturricando sob o sol não esteve nem perto de ser o maior perrengue da jornada. Depois de visitar o Louvre no dia de museus grátis em Paris, coincidir com dezenas de grupos de cruzeiristas apressados (ou seja, milhares de pessoas andando em um grande bloco)  foi o maior pesadelo turístico dos últimos anos. Não deu para curtir. Simples assim.

 

Uma vez que os navios de cruzeiros são cada vez maiores e mais numerosos, temo estar diante de uma questão que vai representar um desafio seriíssimo para os órgãos de turismo das localidades que os recebem: como escoar tanta gente ao mesmo tempo sem colapsar as atrações turísticas? É óbvio que já tem gente pensando nisso (espero!). Mas na medida em que essas cidades flutuantes se multiplicam, a tendência é o negócio virar um descomunal pepino. No Brasil, inclusive.

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Também acho que o tema será cada vez mais presente nas conversas entre os turistas independentes: como driblar os grupos de cruzeiristas?

 

Antes que as pedras voem na minha direção, é bom que fique claro que não tenho nada contra os seres humanos que aproveitam as suas férias a bordo dos transatlânticos do mundo – incluindo aí os meus próprios pais. Os cruzeiros marítimos são uma maneira prática e cativante de viajar, não há dúvidas.

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Mas uma vez em terra firme, não é viável, e muito menos agradável, que tantas pessoas estejam juntas no mesmo lugar — especialmente se esse lugar já for extremamente congestionado por definição. Uma coisa é despejar 5 mil passageiros na cidade de Nova York. Outra bem diferente é concentrá-los numa única atração turística ou em um pequeno vilarejo onde vivem menos pessoas que o barco comporta (como acontece em Oia, em Santorini, por exemplo).

 

Enquanto um sistema mais organizado não rola, faça o que eu digo mais não faça o que eu fiz: acorde muito cedo e esteja na porta da Acrópole às 8 da matina.

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