Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas

Verão na Europa: meus 45 segundos no Nikki Beach, o lugar mais cool de Saint Tropez

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2017, 15h55 - Publicado em 8 jul 2010, 11h00
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Nikki Beach na praia de Pampelonne, em Saint Tropez: ai que saudades de Brigitte Bardot!

Duas russas pediam carona, com um calculado ar de desamparo, aos conversíveis com placas do Leste Europeu (Polônia, Bulgária…) que saiam do estacionamento. De shortinho PP, boca de quem mordeu casa de marimbondo e salto 12, elas anunciavam o que estavam por vir. E também que meu vestidinho de pessoa normal e minhas havaianas não estavam à altura, literalmente, do tal do Nikki Beach.

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Para quem não sabe (acredite, você pode concluir a sua existência sem isso), o Nikki é o beach club mais famoso e supostamente cool de Pampelonne, a praia da badalação na cidade com mais colágeno, botox e silicone por metro quadrado da Côte D’Azur: Saint Tropez.

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Extra! Extra! Detectada a presença de espreguiçadeiras de plástico (olhe bem esta foto, no cantinho à esquerda) em Saint Tropez

O lugar tem uma piscina, um bar central, chaises de couro branco e – santa falta de glamour! – algumas espreguiçadeiras de plástico (sim, aquelas bem levinhas que você também encontra na Barraca da Cleide em Mongaguá). Para recuperar a pose perdida, algumas tendas de madeira com almofadões e cortinas (se é que alguém não quer aparecer naquele lugar) contornam a área onde o povo toma sol.

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Da Bulgária para a Côte D’Azur sobre quatro rodas

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Ao contrário do que você possa imaginar, o beach club não está exatamente na praia, mas um pouco recuado. Para dar um mergulho, é preciso sair por uma portinha e caminhar até o mar. No auge do verão, com a areia pelando, deve ser interessante assistir as Natachas de salto 12 num doce balanço a caminho do mar.

Por volta das seis da tarde da última segunda-feira, algumas turminhas de homens musculosos engoliam champanhe caro em copos enormes e brancos, modelos de feira do automóvel trocavam sorrisos por algumas doses de bebida na faixa e um house comercial chatinho fazia todo mundo acreditar que aquilo era uma balada boa.

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Antes de conseguir me aproximar do bar ou de uma espreguiçadeira (talvez a de plástico fosse mais indicada para as minhas Havaianas), fui invadida por uma incontrolável vontade de soltar uma gargalhada e um pensamento fixo: “isso é um circo”. E saí pela portinha que leva à praia, exatos 45 segundos depois de ter passado com cara de “nem vem que eu sou amiga do Abramovich” pelo porteiro fantasiado de jogador de golfe.

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