Rankings são o que são. Há quem os ame, há quem os odeie, há quem não se guie por eles. Mas é preciso concordar: ocupar o topo do pódio de melhor ilha do mundo pela oitava vez deve significar alguma coisa. Sendo a Ilha da Madeira a dona desse título, eu preciso emitir uma singela opinião: eu amo ilhas e, modéstia à parte, já tive a oportunidade de conhecer algumas das mais bonitas dos quatro cantos. Não acho que a Madeira seja comparável às Maldivas, ao Sulawesi, ao Sri Lanka ou a Fernando de Noronha, por exemplo. Não por juízo de valores, mas simplesmente porque seria como comparar o Brasil ao Marrocos ou à França – são tão distintos quanto únicos. Feita essa ressalva, não é exagero dizer: o título cai bem ao destino.
Visitei a Ilha da Madeira pela segunda vez no ano passado, quando tive a oportunidade de rodar por toda a ilha durante uma semana (leia o meu relato de viagem aqui). Fiquei impressionadíssima com muitas de suas características: a natureza pujante que se revela através de densas florestas e altos picos cortados por trilhas e levadas (caminhos que conduzem a água por quilômetros a fio); a qualidade da hotelaria, que engloba de hotéis clássicos que não fazem feio entre os melhores do mundo, caso do Reid’s Palace, a propriedades charmosas onde o chef deixa a sua cozinha aberta aos clientes e produz o próprio vinho, caso do Socalco Nature; o número crescente de endereços onde se come muito bem, de casas com estrelas Michelin a tabernas de cozinha rústica de deixar saudades; e uma variedade de atrações capaz de preencher um mês inteiro de viagem – se não mais.
Curiosa e estranhamente, a melhor ilha do mundo não tem praias propriamente ditas. Seu litoral é escarpado e pedregoso, e, nos poucos lugares onde se entra no mar, é preciso fazer uso de enseadas artificiais, pontões ou pedregulhos colocados pelas mãos dos homens (o mais parecido com as praias de areias brancas e fofas que conhecemos está a uma hora de distância na ilha de Porto Santo, vizinha de arquipélago, onde se chega de avião ou barco).
E isso importa? Depois de ver o sol nascer acima das nuvens no Pico do Areeiro, ser escoltado por dezenas de golfinhos num passeio de iate pelas águas azuis petróleo que circundam a ilha e ser mimado com um autêntico chá das cinco, até que não. Especialmente quando há piscinas estrategicamente posicionadas como se o mar fosse uma simples extensão.
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