Onde eu esticaria a minha canga muito antes de rumar para a Praia da Falésia, eleita pelo público como a melhor praia do mundo em 2024?
1. Praia da Comporta (e suas vizinhas Carvalhal e Pego), Alentejo
A Comporta faz parte do maior areal da Europa, que se estende por 45 quilômetros no município de Grândola, no Alentejo. Não sei bem explicar a razão, mas é onde eu consigo passar mais tempo dentro d’água neste país – e olha que aqui ela ainda está alguns bons graus abaixo das do Algarve. Aquele azul-esverdeado sempre transparente, com ondas na medida que não quebram em cima da gente, funciona como um imã para mim. Não curto a afetação do verão e prefiro ficar longe das espreguiçadeiras dos beach clubs superfaturados, mas o conjunto da obra é delicioso (e restaurantes como o Sal são o grand finale).
+ Veja também: Praia da Comporta: a mais chique da Europa?
2. Praia da Cordoama, Costa Vicentina
No quesito visual nenhuma praia bate, na minha modesta opinião, este trecho quase selvagem da Costa Vicentina, nos últimos quilômetros da costa portuguesa virada para o Atlântico. Escarpas, falésias, faixa larga de areia e uma bruma quase sempre presente que deixa tudo mais mágico. O mar nem é tanto para mim – tem mais ondas do que eu gosto, razão que a faz uma das queridinhas dos surfistas. Mas em termos de visual, é UAU com letras maiúsculas.
3. Praia de Cacela Velha, Algarve
Do centrinho da vila de casinhas brancas seculares dá para ver a paleta de cores que vai do azul turquesa ao verde mais escuro, com bancos de areia desenhados. Ô praia bonita! Aqui já é Algarve-quase-Espanha, o que significa que as águas no verão ficam menos gélidas. Mas o vento pode ser mais forte do que gostaríamos. Para chegar na praia propriamente dita, é preciso atravessar a ria (um riozinho estreito) a partir da Praia da Fábrica, em barquinhos.
4. Praia do Guincho, em Cascais
Não fosse o vento quase constante, talvez a praia mais bonita de Cascais fosse a campeã. A combinação dunas + falésias + gente bonita + bar de praia gostoso é infalível. Mas também, se não fosse o vento, talvez ela fosse cheia demais e todo o resto caísse por terra. Para ficar com o que temos: apenas vá.
5. Praia Samouqueira, em Porto Covo, Alentejo
Basta descer uma escadaria de madeira junto às falésias para estar neste paraíso: uma enseada pequenininha, com pedras que desenham pequenas grutas e as águas mais transparentes que já vi por aqui.
+ Roteiro pelo Alentejo com Évora, Monsaraz, Porto Covo, Comporta
6. Beliche, em Sagres, Algarve
Para chegar a esta baía cercada de falésias íngremes é preciso descer umas escadas de madeira. Lá embaixo, a areia é fofa, o mar é transparente e o pôr-do-sol, de camarote. Fica a meio caminho entre Sagres e o Cabo de São Vicente, a “curvinha” do extremo sul de Portugal.
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7. Ponta da Piedade (e as praias do Camilo e Dona Ana), em Lagos, Algarve
A Ponta da Piedade, em si, não é uma praia, é um mirante que descortina um dos mais famosos cartões-postais de Portugal: o mar azul lá embaixo e os pináculos de rocha que emergem abruptamente do mar. Dá para ver, também, as vizinhas praias do Camilo e Dona Ana, onde o visual é o mesmo (e de onde partem passeios de barco para ver de perto essas formações naturais). São praias cheias e concorridas, que valem mais pelo visual incrível do que pela experiência de praia.
8. Praia da Arrifana, Costa Vicentina
Surfe, boa onda, falésias que tocam na água e continuam emergindo do mar em pináculos aqui e ali. A praia mais famosa de Aljezur é uma delícia – mesmo encarando a subidona a pé e em zigue-zague na volta.
9. Odeceixe, Algarve
Uma vila de casas branquinhas no alto onde vivem cerca de mil pessoas, uma praia de areias douradas embaixo, com um rio de águas cristalinas que corta a areia e deságua no mar. Precisa mais?
10. Praia Grande (e Azenhas do Mar), Sintra
Analisada isoladamente, a Praia Grande não é grande coisa. É grande, tem um hotelão old school com uma piscina gigante numa das pontas (veja aqui) e fácil acesso de carro, o que faz com que seja difícil estacionar. Mas o canto esquerdo… Ali, aos pés de uma escarpa gigante e escura, o cenário é incrível. E o Bar do Fundo, posicionado estrategicamente, é o grand finale de qualquer empreitada por ali. Poucos minutos adiante, Azenhas do Mar é a versão portuguesa das vilas gregas debruçadas sobre o mar. Não é praia para fazer praia, mas para admirar o visual – que inacreditavelmente fica um espetáculo nos dias chuvosos – a partir de uma mesa na janela do restaurante Azenhas do Mar.
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