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Sobre animais em atrações turísticas

Por que será que acreditamos logo de cara que seres humanos notícias de maus-tratos de animais?

Por Ana Claudia Crispim
Atualizado em 8 Maio 2017, 20h16 - Publicado em 23 fev 2016, 22h10
 (Hamid Elbaz/creative commons/Pexels)
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Se você não estava vagando pelo espaço dentro de uma bolha, deve se lembrar da notícia do golfinho que supostamente teria sido morto por banhistas tarados por selfies.

Era mentira – ou isso. As fotos (não sei se selfies com dedinhos em “v” e carão) existiram, mas o bichinho já estava morto quando apareceu na praia.

A foto da discórdia [foto: Facebook/Hernan Coria]
A foto da discórdia [foto: Facebook/Hernan Coria]

Já se perguntou por que será que a gente acreditou sem pestanejar? Não? É porque nós, seres humanos, costumamos fazer este tipo de coisa.

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Em troca de likes, a gente topa – e paga caro – pra fazer selfies com golfinho sequestrado das Ilhas Salomão, e outros paraísos, direto para parques temáticos.


Em nome do título de viajados, a gente monta em elefante que foi torturado pra aceitar algo tão anti-natural para sua espécie.


Em nome da aventura, a gente passa de quadriciclo por cima de área de desova de tartaruga marinha acabando com anos de esforço em pesquisas.

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Em nome da diversão, a gente paga pra ver baleia saltando em espaços ínfimos e sendo criadas em ambientes inadequados.

Em nome das crianças, a gente vai se divertir no zoológico pra ver tigre deprê, leão deprê, girafa deprê, todo mundo deprê.

Pra ficar bem na foto, a gente faz qualquer coisa. Por isso, acreditamos em qualquer notícia, ela pode ser verdade. Mesmo.

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