Imagem Blog Rivotrip Por Blog Editora de Arte, Ana Claudia Crispim sai todo dia do sossego de sua casa com pomar para deixar lindonas as edições da VT

Tá liberado, tá tudo liberado!

Por Ana Claudia Crispim
Atualizado em 27 fev 2017, 15h07 - Publicado em 12 Maio 2016, 15h41
Queijos = perder a cabeça [Foto: Flickr kotomi-jewelry]
Queijos = perder a cabeça [Foto: Flickr kotomi-jewelry] (/)
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É oficial, o governo liberou trazer laticínios e outros produtos de origem animal do exterior!

A lei pretendia proteger a defesa agropecuária do país mesmo que estas “importações” oferecessem risco mínimo. Acabou. Demorou.

Mas é claro que você nunca peitou a lei e trouxe um queijo, um salaminho ou mesmo aquele potão de doce de leite escondido na sua mala, né?

Nunca!

Eu sei também que você nunca fez vista grossa para aquele item da maldita lista de desembarque (foi extinta, né?) que perguntava se você estava carregando armas de fogo, bombas, drogas ou… queijo e qualquer produto de origem animal.

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Então, parabéns. Você venceu na vida! Mas eu já fiz tudo isso. Desculpa.

Admito que já rolou sim, uns doces de leite, uns queijinhos, uns salaminhos, umas salsichas…

É também verdade que nunca estive à vontade com isso (sim, sou da turma que não faz maracutaia pra nada!) e passava no portão de desembarque suando, como se estivesse carregando um quilo de cocaína.

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O que a gente não faz por comida, não?

Se você, como eu, já tentou estender o sabor da viagem trazendo acepipes, confesse. Eu começo.

Jaca

Desde a Bahia. Presente da avó do meu marido. Só que a gente estava de carro, cruzando o sudeste e nordeste (é, eu já fui jovem) e a jaca veio rolando e cheirando o caminho todo, por dias. Chegando perto de casa, a primeira coisa que vimos foi um caminhão carregado de jacas para venda. Frustrante.

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Inhame

É isso mesmo. De novo, coisa de vó, na mesma viagem da jaca. Pior que na metade do caminho resolvemos dormir num motel (eu, meu marido e minha irmã, pra economizar uma parada de hotel caro, tempos duros este) e descarregamos o carro. O inhame foi esquecido na hora do recarregamento. Penso na cara da camareira ao arrumar o quarto e encontrar o super inhame (gigante) num quarto onde dormiram três pessoas.

Muda de umbú

Não é tecnicamente comida, mas eu pensava nos futuros frutos e não na sombra da bela árvore que umbú! Foi na Chapada Diamantina, minha amiga queria, achei uma boa ideia e também quis uma. Problema é que as mudas eram imensas, troncos de quase um metro que terminavam com uma galhada protuberante. Veio  de avião. E a planta nem vingou.

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Acarajés

Direto de Salvador. Fritos. Ã-rã, no dendê, claro. Cheiroso. Meia dúzia. Sim, o cheiro vazou na cabine do avião. Não, não quero dar mais detalhes. Sim, valeu a pena, foi um presente e o presenteado quase chorou de alegria gorda.

Queijos

Este item podia se dividir em muitos, tantas foram as maluquices que já fiz por eles. Já briguei com um fiscal de um aeroporto em Paris logo que entrou a lei dos elementos pastosos até 500 g na bagagem de mão porque eu (claro) vacilei e ele queria (claro, de novo!) que eu deixasse meus queijos. Já menti pra uma fiscal da alfândega em Guarulhos quando ela me perguntou se eu trazia queijo (e trazia) e eu simplesmente respondi não, com os queijos ali na imagem do raio x. Ela me achou louca e teve dó, acho. Nunca mais fiz, eu aprendo.

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Dificilmente passarei da minha cota em compras em viagens internacionais.
Nunca existirá um eletrônico camuflado na minha mala.
Sarei de trazer tranqueiras, menos plantas.
Não posso dizer o mesmo para comida.

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