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Guia completo do Sudeste Asiático

Com passagens mais acessíveis e preços que fazem o real render, essa pontinha da Ásia virou fetiche entre brasileiros. Saiba como montar um roteiro

por Adriana Setti Atualizado em 1 out 2019, 18h41 - Publicado em
16 ago 2019
17h27

Prepara

Passar dias embaixo de chuva, topar com um furacão ou ser barrado por falta de vacina: essas e outras roubadas podem ser evitadas se você fizer a lição de casa...

Quando ir

Os países do Sudeste Asiático vivem basicamente duas estações: a úmida e a seca. Parece simples, mas é altamente complexo. O clima é regido pelas monções, ventos sazonais cuja intensidade varia conforme a região, mas que, de maneira geral, trazem muita chuva, calor abafado, mar agitado e até consequências graves, como enchentes e furacões. 

Por essas e outras, montar o roteiro driblando o intrincado calendário das monções é a providência mais fundamental para o sucesso da sua viagem. A seguir, você encontrará informações específicas sobre o clima de cada país e a melhor época para visitá-los.

Balões sobre Bagan, no Mianmar
Balões sobre Bagan, no Mianmar (iStock/iStock)

Quanto tempo

Por mais destemido e bem disposto que você seja, cruzar oceanos para uma viagem de menos de duas semanas é um pouco insano. Coloque nessa conta pelo menos 24h de viagem na ida e na volta, vários dias de adaptação ao fuso e um inevitável jet lag. Some pelo menos meio dia para qualquer deslocamento ou um dia inteiro se o processo incluir mais de um meio de transporte (avião e barco, por exemplo).

O Sudeste Asiático pede um espírito slow travel para curtir as praias com calma, visitar templos no modo zen, contemplar e absorver o turbilhão de novas informações. Duas semanas? Dá pra conhecer Bangkok, duas ilhas tailandesas e, com pressa, fazer um bate e volta de avião até Siem Reap, no Camboja.

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Templo de Angkor Wat, situado 5,5 km a norte da cidade de Siem Reap no Camboja
Templo de Angkor Wat, situado 5,5 km a norte da cidade de Siem Reap no Camboja (chuongnguyen1989/Pixabay)

Em três semanas, rola conhecer a Tailândia um pouco melhor. Um mês? Aí já dá até para pensar em uma esticada no Vietnã. E assim por diante. Lembre-se: menos é mais.

Visto

Basta um passaporte com validade mínima de seis meses para viajar para Tailândia, Malásia, Indonésia, Singapura e Filipinas (que também requer uma passagem de volta), onde brasileiros podem transitar livremente por períodos de 30 a 90 dias, dependendo do país.

O Camboja e o Mianmar exigem visto, mas contam com sistemas de emissão online através dos sites evisa.gov.kh (com taxa) e evisa.moip.gov.mm (com taxa), respectivamente. Já o Laos oferece a modalidade “visa on arrival”. Ou seja, você tira o visto no aeroporto ou nas principais fronteiras, na chegada, mediante o pagamento de uma taxa (tenha dólar em espécie em mãos) e apresentação de uma foto 3×4.

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Para o Vietnã, também existe essa possibilidade, mas com uma complicação adicional: é necessária uma aprovação prévia para que o documento possa ser tramitado no aeroporto. 

E aqui entra a pegadinha. Muitos sites que oferecem o serviço não são confiáveis – portanto, o Ministério de Relações Exteriores do país não recomenda essa opção! Para evitar problemas, o melhor é pedir o visto em um consulado ou embaixada vietnamitas, no Brasil ou no exterior.

Saúde

Em teoria, todos os países do Sudeste Asiático exigem o certificado internacional de vacinação contra febre amarela de brasileiros. Na prática, nem todos acabam pedindo, mas não vale a pena correr o risco.

A vacina precisa ser tomada pelo menos dez dias antes da viagem e o documento, que deixou de ter validade (antes precisava ser renovado a cada dez anos), deve ser emitido em um posto da Anvisa ou pela internet. Ela é a única obrigatória, porém, como proteção extra, os especialistas recomendam a vacinação contra encefalite japonesa, febre tifóide e hepatite A.

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Dinheiro

A moeda estrangeira mais aceita no Sudeste Asiático é o dólar: tenha sempre alguns no bolso para trocas emergenciais, pagamento de vistos e para se virar em lugares remotos, onde nem sempre há um caixa eletrônico (ATM, na sigla em inglês) por perto.

Mas, com exceção do Camboja, em que o dinheiro americano circula sistematicamente (assim como o riel), cada país tem a sua própria moeda. Os cartões de crédito e débito são aceitos, mas quase sempre apenas em hotéis e restaurantes mais “internacionais”.

Em lugares remotos, agências de viagens, operadoras de mergulho e até hotéis costumam cobrar taxas para pagamento no crédito (e você ainda arcará com o IOF de 6,32%, que incide sobre qualquer operação em “dinheiro de plástico” no exterior).

Outra prática comum nos serviços turísticos é o “cash advance” – o vendedor passa o seu cartão de crédito e entrega o valor em espécie, mediante o pagamento de uma taxa que pode ser de até 10%.

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Transporte

Viajar ao lado dos locais em lotações, ônibus, trens, balsas, barcos, tuk-tuks e afins faz parte da dor e da delícia de vivenciar o Sudeste Asiático. Mas isso requer tempo, paciência e espírito de aventura.

Tuk tuk na estrada de Khaosan, em Bangkok
Tuk tuk na estrada de Khaosan, em Bangkok (TheDigitalWay/Pixabay)

Contra o perrengue e a lentidão, o melhor antídoto é voar. Não faltam companhias aéreas confiáveis e econômicas no Sudeste Asiático, assim como aeroportos instalados até em ilhas com jeito de fim de mundo.

Uma dica de ouro para quem vai fazer vários voos é comprar o Air Asia Asean Pass, da Air Asia, a companhia aérea low cost mais abrangente da região. Cada voo corresponde a um certo número de créditos.

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Hospedagem

O Sudeste Asiático é, provavelmente, o lugar mais barato do mundo em termos de hospedagem (a exceção é Singapura, onde as diárias têm preços de Europa). Você encontrará acomodação superbásica por menos de US$ 10; pousadas ajeitadinhas por cerca de US$ 30; e hotéis bacaninhas, com ar-condicionado, na faixa dos US$ 50.

Mas duvide dos milagres – aquele que cobra US$ 3 tem grandes chances de ser uma roubada. Use o bom senso e, dentro do possível, prefira ver o quarto antes de fechar negócio, especialmente se estiver transitando na faixa mais econômica.

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Tailândia

A Tailândia tem templos desconcertantes, praias de beleza estridente e uma das metrópoles mais cativantes (e loucas) da Ásia, Bangkok. Mas viajar pelo país é, antes de tudo, uma experiência multissensorial que, em 2016, seduziu 32 milhões de turistas estrangeiros, batendo um recorde histórico.

Budas dourados em Bangkok
Budas dourados em Bangkok (3D_Maennchen/Pixabay)

O aroma de incenso e a fumaça dos tuk-tuks invadirão as suas narinas. A culinária exótica – e suas pimentas ferozes – conduzirão o paladar a sabores nunca dantes navegados. Budas dourados, mercados multicoloridos, túnicas cor de açafrão, a imagem onipresente do rei e mares em tons de esmeralda ficarão estampados nas suas retinas para sempre.

Não vacile

A melhor época para visitar a costa do Mar de Andaman, Bangkok e Chiang Mai é de novembro a abril. Entre maio e outubro, o destino certo é a costa do Golfo da Tailândia. Tíquetes combinados de vans, ônibus e ferries movem milhões de turistas. Para as longas distâncias, voe de Air Asia ou Nok Air.

Roteiro

Comece com, pelo menos, quatro dias em Bangkok, e mais um para um bate e volta a Ayutthaya. Depois, voe para Chiang Mai (1h15) para mais três dias. Para fechar a viagem com uma semana de praia, escolha o grupo de ilhas fugindo das monções.

Ruínas de Ayutthaya
Ruínas de Ayutthaya (akufh1110/Pixabay)

Bangkok

Rituais budistas, altas doses de hedonismo, tradições milenares e traços high-tech convivem em um equilíbrio tão delirante que um visitante de primeira viagem certamente não será capaz de decifrar por completo.

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Purgatório da beleza e do caos, Bangkok desafia e encanta os farangs (estrangeiros) desde tempos imemoriais, passando por John le Carré, Gore Vidal, Norman Mailer e muitos outros escritores que caíram de amores por sua espiritualidade exacerbada e por sua vida mundana.

Street food bombando em Bangkok
Street food bombando em Bangkok (iStock/iStock)

Os templos mais importantes da Tailândia estão concentrados na Ilha Rattanakosin (a Cidade Antiga). Comece pelo Wat Mahathat Yuwaratrangsarit, anterior à própria fundação da cidade, no século 18. Abriga dois renomados centros de meditação e uma das mais respeitadas universidades budistas.

Em seguida, tome o rumo ao Wat Phra Kaew, onde se venera o buda esmeralda, o mais sagrado para o budismo tailandês. A próxima parada será no Grand Palace, um complexo de 945 mil metros quadrados que constitui a atração mais peso pesado de Bangkok (prepare-se para as multidões).

Logo ao lado, Wat Pho é o monastério número 1 da cidade. Com origens no século 16, abriga o descomunal buda reclinado, de 46 metros de comprimento, banhado a ouro e adornado com madrepérola

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Monastério Wat Pho, o principal da cidade
Monastério Wat Pho, o principal da cidade (gerbilfarmer/Pixabay)

Dois templos são magníficos no fim de tarde. Um deles é o Wat Arun, que paira, soberano, sobre o Rio Chao Phraya, com uma torre de 80 metros de altura decorada por mosaicos de porcelana chinesa. Um pouco afastado, o Wat Saket (“Monte Dourado”) é outro lugar perfeito para ver o entardecer, quando Bangkok desaparece sob uma névoa (de poluição).

Para curtas distâncias, pegar um tuk-tuk pode ser divertido. Mas os táxis são baratos (exija que o taxista use o taxímetro, o que nem sempre é fácil) e poupam os seus pulmões de muita fumaça. Sempre que o trajeto permitir, use o Skytrain (que infelizmente só cobre a parte mais moderna) e os barcos públicos que navegam pelo Rio Chao Phraya para escapar do trânsito infernal.

Busque hospedagem em Bangkok

Ayutthaya

A 80 quilômetros de Bangkok, Ayutthaya foi a capital do Reino de Sião, que chegou a dominar o território hoje ocupado por Tailândia, Laos, Camboja e Mianmar. Um dos pilares do orgulho nacional tailandês, e da vertente do budismo praticado no país, o complexo chegou a ter mais de 400 templos, cujas ruínas foram tombadas como Patrimônio da Humanidade pela Unesco, em 1991.

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Ainda que o estado de conservação deixe um pouco a desejar, colunas, escadarias e fragmentos de imagens sugerem a grandeza que o lugar teve entre os séculos 14 e 15, seu apogeu.

Imagem engolida por raízes em um templo da antiga Ayutthaya
Imagem engolida por raízes em um templo da antiga Ayutthaya (iStock/iStock)

Os templos mais importantes, como Wat Phra Si Sanphet, Wat Phra Mahathat e Wihaan Mongkhon Bophit estão em uma ilha cercada por um canal. Um pouco afastado, o Wat Chai Wattanaram é o lugar para estar no pôr do sol.

As agências de turismo de Bangkok vendem passeios de um dia. Se quiser ir por contra própria, as vans partem do terminal Norte. A viagem demora 1h30. Também é possível pegar o trem na estação de Hualamphong.

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Koh Phi Phi

A grande diva da costa do Mar de Andaman é um pequeno arquipélago formado por paredões vertiginosos de pedra calcária, que esculpem baías fechadas, pontilhadas de praias brancas absurdamente perfeitas. A ilha principal, Kho Phi Phi Don, é um dos epicentros da balada tailandesa, com hotéis, pousadas, restaurantes e bares amontoados de forma caótica em um vilarejo espremido entre duas baías espetaculares.

Koh Phi Phi promete uma visita rápida e inesquecível
Koh Phi Phi promete uma visita rápida e inesquecível (rungthip37/Pixabay)

Na ilhota vizinha, tombada como o Parque Nacional de Koh Phi Phi Leh, lagoas verde-esmeralda escoradas por precipícios altíssimos escondem a celebridade Maya Bay, venerado cenário do filme A Praia, protagonizado por Leonardo DiCaprio – o grande “culpado” pela multidão de turistas que a visitavam diariamente. Atualmente, existem regras mais rígidas com o intuito de frear a multidão. Os barcos, por exemplo, não podem mais atracar na areia.

Todas as agências e pousadas organizam tours de barco passando por Koh Phi Phi Leh e outras ilhotas idílicas nos arredores. Koh Phi Phi Don é praticamente equidistante dos balneários turísticos de Phuket e Krabi, de onde saem vários ferries ao dia. A viagem demora cerca de 1h30.

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Krabi

Visitar ilhotas com praias branquinhas escoradas por penhascos de pedra calcária justificam uma ou duas noites em Ao Nang, a praia mais urbanizada de Krabi: um amontoado de lojas, restaurantes e agências de viagem. Uma alternativa mais saborosa? Usar como base o vilarejo roots da Praia Railey, a 15 minutos de barco de Ao Nang.

Os típicos “long tail boats”, ancorados na Praia Railey, em Krabi
Os típicos “long tail boats”, ancorados na Praia Railey, em Krabi (iStock/iStock)

Busque hospedagem em Krabi

Phuket

De um lado, resorts de luxo protegidos pela vegetação e com acesso a praias restritas. Do outro (na Praia Patong), tudo o que a Tailândia tem de pior: prostituição, bares com neon e música estridente e praias sujas. Meio-termo? Também há. A região noroeste de Phuket, perto do aeroporto, ainda exala tranquilidade.

Ao Bang Thao e Hat Nai Thon têm alguns hotéis e condomínios de superluxo discretamente posicionados nas encostas e praias vazias, enquanto Hat Nai Yang e Hat Mai Khao são as queridinhas dos tailandeses, com pousadas baratas, restaurantes autênticos e mercadinhos animados.

O hotel The Village Coconut Island Beach Resort fica na beira do mar
O hotel The Village Coconut Island Beach Resort fica na beira do mar (The Village Coconut Island Beach Resort/Divulgação)

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Koh Lipe e arredores

No extremo sul da costa do Mar de Andaman, quase na fronteira com a Malásia, a “Maldivas da Tailândia” vem ganhando ibope no boca a boca, mas ainda mantém suas ruas de areia (sem carros), seu jeitão hippie e distância do turismo de massa. A maioria dos hotéis, assim como o agitinho light, se concentra na Praia Pattaya. Mas quem quer sossego ainda tem um lugar ao sol nas areias branquíssimas de Sunset Beach e Sunrise Beach, onde o mar parece iluminado por um neon azul-turquesa.

Koh Lipe está em meio ao Tarutao National Marine Park (ainda que não faça parte do parque). Ou seja, a poucos minutos de barco de ilhas virgens e belíssimas, como Koh Adang e Koh Rawi. Todas as agências da ilha organizam esse tipo de passeio. O jeito mais fácil de chegar a Koh Lipe é voar de Bangkok ao aeroporto de Hat Yai e ir de van/táxi até o Porto de Pak Bara, de onde partem os barcos.

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Koh Pha Ngan

Praia Haad Rin, onde acontece, anualmente, a Full Moon Party
Praia Haad Rin, onde acontece, anualmente, a Full Moon Party (antischokke/Flickr)

A ilha ganhou fama por sua bombástica Full Moon Party, a megafesta que acontece a cada lua cheia na Praia Haad Rin. Mas essa joia do Golfo da Tailândia ainda guarda praias calmas e um climão paz e amor, a despeito dos hotéis que não param de pipocar.

O norte da ilha é onde mora a tranquilidade, em praias como Mae Haad, Chaloklum, Bottle Beach e Thong Nai Pan Yai. Ali, ainda é possível alugar um bangalô à beira-mar – Tailândia em estado puro. A leste, a ilha é ainda mais virgem e algumas praias são acessíveis só de barco. O píer de acesso é o da cidade de Surat Thani, cujo aeroporto recebe voos de Bangkok.

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Koh Samui

A maior ilha da Tailândia tem areias disputadas e alguns (poucos) vestígios dos tempos em que foi um reduto de hippies, nos anos 1970. Com um aeroporto internacional e grandes resorts, Koh Samui se desenvolveu a passos acelerados nos últimos anos, se tornando uma das joias da coroa do turismo industrial do país, com mais de 1 milhão de visitantes ao ano.

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Koh Tao

Koh Tao, perfeita para um mergulho
Koh Tao, perfeita para um mergulho (egmuri/Pixabay)

Ainda que tenha praias bonitas, quem não mergulha se sentirá um peixe fora d’água. Cercada por pináculos e jardins de coral, ao norte de Samui e Pha Gnan, é um dos lugares mais baratos do mundo para fazer um curso da Padi (a maior associação internacional do esporte) – e praticamente todos os visitantes estão lá com esse propósito. Grande parte das escolas oferece acomodação grátis aos alunos.

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Chiang Mai

A antiga capital espiritual e econômica da Tailândia chegou a ter 1,6 milhão de habitantes. Hoje, com um quinto da população, culinária especialíssima e mais de 300 templos, é um dos principais destinos turísticos do país, no qual muita gente investe mais de uma semana.

Colorida, com um mercado noturno agitado e um centro histórico com vocação para a boemia, o lugar também é ponto estratégico para visitar o extremo norte – as províncias de Chiang Rai e Mae Hong Son –, entre arrozais, montanhas cercadas de brumas e vales.

Conhecer as tribos autênticas que vivem ao redor da cidade, entre elas as das mulheres que alongam o pescoço com o uso de anéis de metal (conhecidas como “mulheres-girafas”), requer caminhadas que duram dois ou três dias dormindo nas aldeias – o que permite um contato íntimo com as tribos locais.

A maior parte das mulheres que usam argolas no pescoço vivem na tribo de Karen
A maior parte das mulheres que usam argolas no pescoço vivem na tribo de Karen (tr19001/Pixabay)

Também é possível contratar passeios de um dia de van para ver um pouco de tudo. Vale lembrar, no entanto, que as aldeias em que esses passeios express param, muitas vezes, são falsas e têm um quê de zoológico humano. O mesmo espírito crítico deve ser aplicado aos passeios de elefante: procure visitar apenas os centros de recuperação, onde os animais não são maltratados.

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Mianmar

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(iStock/iStock)

Isolada do mundo desde 1950 por uma ditadura, esta ex-colônia britânica manteve, por mais de meio século, os seus templos, as suas florestas e suas cidades quase como um segredo de Estado. O cenário começou a mudar em 2011, após a trágica Revolução Açafrão, liderada por monges budistas, quando o país se abriu oficialmente ao turismo, despertando uma espécie de “corrida do ouro” (que fez subir os preços de acomodação e transporte, que, mesmo assim, continuam precários).

Ainda que as coisas tenham mudado em ritmo acelerado nos últimos anos, viajar pelo Mianmar continua sendo uma experiência mágica. Visitar o Pagode Shwedagon, em Yangon, explorar os templos de Bagan e a capital cultural Mandalay são os hits no país.

Busque hospedagem no Myanmar

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Laos

Cerca de 7 milhões de habitantes estão dispersos pelo país, que tem florestas, tribos indígenas isoladas e rios ladeados de montanhas. Fica aqui, também, uma das cidades mais charmosas do Sudeste Asiático: Luang Prabang. Muita coisa mudou desde que o Laos – que já pertenceu à Tailândia e foi colônia francesa – se abriu ao turismo em 1989, com o relaxamento de sua ditadura comunista. Mas o país ainda exala calma e um gostinho de rota alternativa.

Não vacile

Ao viajar de ônibus pelas tortuosas estradas, você vai se deparar com um estranho fenômeno: os locais sempre ficam enjoados (às últimas consequências). A alternativa é voar com a não muito sólida Lao Airlines. A melhor época para visitar o país é de novembro a março.

Palácio Real em Luang Prabang
Palácio Real em Luang Prabang (JoelleLC/Pixabay)

Roteiro

Se a ideia for só visitar Luang Prabang, voe até lá de Bangkok, Kuala Lumpur, Singapura, entre outras cidades. Para conhecer os grandes hits, a viagem de Luang Prabang até Vang Vieng demora 7h. Para Vientiane, são mais 4h.

Vientiane

Com 200 mil habitantes, a capital do Laos tem jeitinho provinciano e ritmo pausado. Para os viajantes, costuma ser um lugar de passagem. Mas, uma vez lá, entre no clima local jantando nas barraquinhas de street food às margens do Mekong e aproveite para ver o enorme buda dourado de Pha That Luang, além do Wat Si Saket, o templo dos mil budas.

O buda Pha That Luang, em Vientiane
O buda Pha That Luang, em Vientiane (iStock/iStock)
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Luang Prabang

Todas as manhãs, os turistas madrugam para ver o lindo ritual de oferendas aos monges budistas. E logo partem para conhecer os mais de 30 templos, que reluzem suas cúpulas douradas nessa cidadezinha de 30 mil habitantes ao norte do Laos, onde o Rio Mekong encontra o seu afluente Nam Khan.

Considerada sagrada pelos budistas, tombada pela Unesco como Patrimônio da Humanidade, Luang Prabang vem sofrendo uma metamorfose a uma velocidade difícil de imaginar em um lugar tão remoto (o que vem roubando um tantinho da autenticidade do lugar).

Mas é graças a esse polêmico progresso que, hoje em dia, o visitante pode contar com hotéis de luxo, restaurantes charmosos, cafés ocidentalizados, lojinhas e spas, instalados em casarões do século 19 e 20, período durante o qual o país foi colônia francesa (o Laos declarou a sua independência em 1945).

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Apesar das transformações, o mercado noturno continua sendo um dos mais bacanas da região e tem preços incríveis. Nos dias de muito calor, todos os caminhos levam às cachoeiras de Tat Kuang, 30 quilômetros ao sul por uma estrada que corta montanhas, vilarejos e arrozais. Piscinas azuis escorrem sobre formações calcárias, entre árvores altíssimas. Volte ao Centro para assistir o pôr do sol à beira do Mekong tomando uma Beerlao bem gelada.

Piscinas naturais de Tat Kuang, ao sul de Luang Prabang
Piscinas naturais de Tat Kuang, ao sul de Luang Prabang (iStock/iStock)

Busque hospedagem em Luang Prabang

Vang Vieng

À beira do Nam Song, a cidadezinha é cercada por uma paisagem arrebatadora, formada por montanhas, penhascos a perder de vista, ilhotas, cavernas e arrozais. Mas o lugarejo ficou famoso pelo tubing, “esporte” que consiste em descer o rio em uma boia, embalado por uísque Lao Lao e substâncias ilícitas. Nos últimos anos, porém, o governo local vem se esforçando para acabar com a bagunça e em promover esportes ao ar livre, como rapel, canoagem e trekking.

Busque hospedagem em Vang Vieng

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Vietnã

O Vietnã peitou o colonialismo francês, resistiu à invasão japonesa na Segunda Guerra Mundial e, 40 anos após derrotar os Estados Unidos e reunificar o país, acelera rumo ao futuro, seguindo o rastro da China.

Ao mesmo tempo, ícones do passado seguem firmes e fortes, como os arrozais cultivados por agricultores de chapelões cônicos e os veleiros de madeira que singram as águas da Halong Bay (a despeito de milhares de turistas). A experiência é turbinada por uma gastronomia rica e delicada em idênticas proporções e uma gente tão doce quanto orgulhosa de sua história.

Mar de ilhas em Halong Bay
Mar de ilhas em Halong Bay (iStock/iStock)

Não vacile

A melhor maneira de vencer as longas distâncias é de avião, com a Vietnam Airline e as econômicas VietJet e Jetstar Pacific. Evite ir entre agosto e novembro, quando há risco de furacões no centro e no norte.

Roteiro

A porta de entrada costuma ser Ho Chi Minh City. A partir daí, uma boa pedida é voar para Hoi An (aeroporto de Danang; 1h20), seguir de trem ou ônibus para Hué (3h20) e, de lá, voar para Hanói (1h20), base de lançamento para Halong Bay e Sapa, somando dez dias de viagem.

Ho Chi Minh City

Telões de alta definição inundam as ruas de cores, entre arranha-céus espelhados dominados pelas multinacionais, enquanto as avenidas larguíssimas são tomadas por uma das maiores concentrações de motocicletas da face da Terra – 7,4 milhões, quase uma para cada um de seus 8 milhões de habitantes.

Vista da moderna Ho Chi Minh City
Vista da moderna Ho Chi Minh City (otrotrangian/Pixabay)
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Na antiga Saigon, que serviu de quartel-general para os americanos durante a guerra, o passado só é palpável nos museus. Dois deles são fundamentais para entender a história do país. O War Remnants Museum retrata as atrocidades da Guerra do Vietnã através da óptica vietnamita, enquanto o Museum of Vietnamese History faz um resgate dos mais de 3 mil anos de história do país.

Outra lição de casa essencial é visitar o Reunification Palace. Também conhecido como o Palácio da Independência, é o edifício que serviu como sede do governo durante o domínio francês (1887-1954) e, mais tarde, foi o centro do poder do Vietnã do Sul. Reserve dois dias para ver as principais atrações e deitar e rolar com as barraquinhas de street food: prove a pho, deliciosa sopa de massa de arroz.

Busque hospedagem em Ho Chi Minh City

Hoi An

Loja de lanternas em Hoi An
Loja de lanternas em Hoi An (mailanmaik/Pixabay)

A capital gastronômica do Vietnã é uma graciosa cidade colonial às margens do Rio Thu Bon, quase tocando o mar: com areia dourada e mar esverdeado, a Praia Cua Dai está a 20 minutos de bicicleta entre arrozais.

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Com 120 mil habitantes, tem casarões com fachadas em tons pastel, ruas decoradas com lanternas e uma quantidade atípica de templos budistas em estilo chinês – num país onde a maioria da população não segue nenhuma religião (herança do comunismo).

Ainda que dê para ver tudo o que interessa em dois dias, vale a pena ficar mais para flanar sem pressa entre pontes bucólicas, lojinhas de roupas de seda, galerias, mercados e alguns dos melhores restaurantes do país – muitos deles oferecem cursos de cozinha. Não deixe de provar o cao lao, a estrela da street food local, feita com noodles, carne de porco e vegetais.

Busque hospedagem em Hoi An

Hué

Com cerca de 300 mil habitantes, é um dos centros culturais e intelectuais do Vietnã. A principal atração é a antiga Cidade Imperial, erguida nos moldes da Cidade Proibida de Pequim e tombada como Patrimônio Mundial pela Unesco. O peso histórico de Hué recai sobre o período entre 1802 e 1945, quando foi a capital do país, sob o domínio de 13 imperadores da dinastia NguYen.

A Cidade Imperial de Hué
A Cidade Imperial de Hué (iStock/iStock)
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Grande parte do patrimônio arquitetônico – que sofreu inúmeros bombardeios durante a guerra contra os Estados Unidos – se distribui às margens do Song Huong (Rio Perfume). Não deixe de visitar, também, as tumbas dos imperadores, que começam a aparecer 7 quilômetros ao sul da cidade. Fique um dia, ou um pouco mais, para incluir pagodes e a linda Praia Thuan An, a 14 quilômetros, no roteiro.

Busque hospedagem em Hué

Hanói

Enquanto Ho Chi Minh City é o motor econômico do país, Hanói é a sua capital cultural. Em seu Old Quarter (“Bairro Antigo”), às margens do bonito Lago Hoam Kiem, as calçadas são tomadas por vendedores de arroz com chapéus cônicos, floreiras que carregam grandes cestos de palha, barraquinhas que vendem de carne a lápides a céu aberto, carrinhos de street food e os lendários bares de bia hoi (provavelmente, a cerveja mais barata do mundo).

Vendedor ambulante em Hanói
Vendedor ambulante em Hanói (iStock/iStock)
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Aprender a arte de atravessar a rua em meio ao caos (observe a “técnica” utilizada pelos locais) faz parte da experiência. Assim como enfrentar a fila para visitar o mausoléu que guarda o corpo de Ho Chi Minh (vá de calça comprida e ombros cobertos), onde pessoas vindas de todo o país reverenciam o maior herói nacional.

Ao lado, o Ho Chi Minh Museum é um museu dedicado a “Ho”, que conta um pouco da história do país e da biografia do líder. Outro tesouro da cidade é o Templo da Literatura, erguido, em 1070, em homenagem ao pensador chinês Confúcio. Ali funcionou a primeira universidade do país, fundada em 1076.

Busque hospedagem em Hanói

Halong Bay

Vista de Halong Bay
Vista de Halong Bay (yeqotz/Pixabay)

A 160 quilômetros de Hanói, a feiosa Halong City é o principal ponto de partida para os passeios que levam ao arquipélago de mais de 3 mil ilhotas de pedra calcária que emergem de águas de tom esmeralda.

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Visitar praias, andar de caiaque e explorar cavernas (ao lado de multidões) são os passeios incluídos nos cruzeiros de um a quatro dias que circulam pela baía – um é pouco, dois ou três é bom e quatro é demais.

A qualidade dos barcos varia drasticamente, assim como o preço. Vale investir em algo mais incrementado para não padecer no paraíso. A melhor época para visitar Halong Bay é entre maio e julho. De dezembro a abril, há grandes chances de o tempo estar nublado.

Busque hospedagem Halong Bay

Sapa

Ao norte de Hanói, Sapa é a base mais óbvia para visitar vales cobertos de terraços de arrozais e vilarejos habitados por minorias étnicas que cultivam costumes ancestrais. As agências e os hotéis da cidade vendem os mais variados tipos de tour. Mas você também pode alugar uma motinho e circular por conta própria.

Terraços de arrozais nos arredores de Sapa
Terraços de arrozais nos arredores de Sapa (iStock/iStock)

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Camboja

As maravilhas de um passado distante e os horrores de uma história recente convergem nessa nação budista de 15 milhões de habitantes. A maioria dos turistas se limita a voar direto para Siem Reap, que serve de porta de entrada para as ruínas de Angkor.

Mas o Camboja vem caindo no gosto de viajantes com espírito de aventura, cativados por um povo acolhedor, boas praias e a dramática história do país – que viveu um genocídio entre 1975 e 1979 –, cujas cicatrizes estão expostas na capital Phnom Penh.

Não vacile

Notas de dólar são aceitas em todos os lugares. Mas, como não há moedas, você economizará se tiver o dinheiro local, o riel, para pequenas compras. A melhor época para visitar o Camboja é a seca, entre dezembro e maio.

Templo de Bayon, em Siem Reap
Templo de Bayon, em Siem Reap (sharonang/Pixabay)

Roteiro

Em uma semana, dá para voar até Siem Reap e ir de ônibus pra capital Phnom Penh, antes de seguir até Sihanoukville (550 km no total). Nas paradas, que tal provar quitutes como tarântulas fritas e besouros crocantes?

Siem Reap

Angkor Wat foi erguido entre 1112 e 1152, sob encomenda do devaraja (rei-deus) Suryavarman II para abrigar seu túmulo e servir como santuário da divindade Vishnu. No final do século 12, quando o budismo substituiu o hinduísmo no país, o templo foi convertido em mosteiro. E até hoje serve como lugar de meditação. Mas o principal cartão-postal do Camboja é “apenas” um entre mais de mil templos erguidos entre 802 e 1220 na capital do Império Khmer, que se estendia do Mianmar ao Vietnã.

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As ruínas da cidade que chegou a ter 1 milhão de habitantes se espalham por uma área de 400 km2. Diante de tamanha grandeza, é sensato investir em um bilhete de pelo menos três dias ou de uma semana para explorar a região com calma.

Ruínas de Angkor
Ruínas de Angkor (iStock/iStock)

A maneira mais confortável de fazer isso é fretar um carro com motorista ou um tuk-tuk. Ponto fraco: o trânsito. De bike ou de bicicleta elétrica, dá para conhecer os templos mais próximos a Siem Reap, que está a 7 quilômetros da entrada do complexo. A cidade tem hotéis em todas as faixas de preço, restaurantes, mercados e uma vida noturna agitada.

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Phnom Penh

Na cidade de mais de 1 milhão de habitantes estão as cicatrizes mais profundas do passado recente do país. Após um golpe militar seguido pela Guerra do Vietnã (que se alastrou pelo país vizinho), o Camboja foi tomado pelo Khmer Vermelho, facção política que, em nome de uma ideologia maoísta radical e sob a liderança do ditador Pol Pot, assassinou mais de 2 milhões de pessoas entre 1975 e 1979.

Palácio Nacional de Phnom Penh
Palácio Nacional de Phnom Penh (iStock/iStock)

O Museu Tuol Sleng ocupa as instalações de uma antiga escola, convertida no principal centro de tortura do sistema. Também vale visitar os campos de extermínio de Choeung Ek, onde os crânios de 8 mil pessoas estão expostos. Mas não só dos horrores do passado vive a capital. Com avenidas largas e casarões em estilo francês, a cidade tem um belo palácio real e uma esplanada à beira do Rio Tonlé Sap.

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Sihanoukiville

Essa praia, que antes era o principal destino litorâneo do Camboja, é a base de lançamento de Koh Rong e de Koh Rong Samloem, duas ilhotas de ruas de areia, praias brancas e vida pausada, onde um bangalô roots de frente para o mar ainda custa cerca de US$ 20. Os ferries partem de Sihanoukville, várias vezes ao dia.

Praia Koh Rong
Praia Koh Rong (iStock/iStock)

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Malásia

Essa nação muçulmana (como 61% da população) também abarca uma comunidade chinesa budista (20%), de indianos que seguem o hinduísmo (6%) e uma minoria cristã (9%). Ainda que o bahasa malaio seja a língua oficial, o inglês é amplamente falado – herança da colonização britânica.

Um dos “novos tigres asiáticos”, a Malásia tem uma economia dinâmica e boa infraestrutura turística. Atrações não faltam: praias irretocáveis, alguns melhores lugares do mundo para mergulhar e Kuala Lumpur, a vibrante e high-tech capital do país.

Não vacile

A melhor época para viajar para as Ilhas Perhentian é de abril a setembro. Com clima equatorial, Kuala Lumpur é sempre muito quente e chuvosa. Em Sipadan, a visibilidade fica melhor entre março e julho.

A famosa vista dos arranha-céus de Kuala Lumpur
A famosa vista dos arranha-céus de Kuala Lumpur (indragunawan/Pixabay)

Roteiro

Repartida entre o continente e a Ilha de Bornéu, a Malásia é a base da Air Asia, uma mão na roda para conectar os destinos abordados neste guia que ficam bastante espalhados pelo país.

Kuala Lumpur

A capital e maior cidade da Malásia pode não ser tão impecável como Singapura e nem tão exótica quanto Bangkok, mas é uma boa vitrine da diversidade cultural do país: mesquitas, templos hindus e budistas fazem parte das atrações, assim como restaurantes de comida chinesa, indiana e da interessante culinária malaia, marcada por sabores adocicados e picantes.

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A imagem mais emblemática da cidade é a das Petronas Towers, que, com 452 metros de altura, foram os edifícios mais altos do mundo até 2007, quando foram superadas pela Taipei 101, de Taiwan. Shoppings como o Suria, belos parques e a noite animada de Bukit Bintang completam as atrações. Ao norte de Kuala Lumpur, as Grutas Batu, recheadas de templos, valem o bate e volta.

O Templo de Thean Hou, em Kuala Lumpur
O Templo de Thean Hou, em Kuala Lumpur (iStock/iStock)

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Perhentian Islands

Quase na fronteira com a Tailândia, na costa oriental da Malásia, é um dos melhores segredos do Sudeste Asiático. Pulau Perhentian Kecil, a menor e mais bonita das duas ilhas, tem duas praias habitadas, com areia branca e mar cristalino: Long Beach e Coral Bay, onde há pousadas rústicas, poucos restaurantes e alguns centros de mergulho.

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Para conhecer as demais praias, totalmente virgens, o jeito é fazer um passeio de barco ou se embrenhar por caminhos estreitos na floresta. Para mergulhadores, a ilha é um paraíso (e os preços, ótimos). Com um simples snorkel, é possível ver tartarugas enormes, tubarões, peixes exóticos… Os barcos partem de Kuala Besut.

Tudo cristalino nas Perhentian
Tudo cristalino nas Perhentian (iStock/iStock)

O aeroporto mais próximo é o de Kota Bharu, em que chegam voos vindos de Kuala Lumpur. De Kota Bharu a Kuala Besut, o transporte é feito em táxi (1h).

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Sipadan

Em alto-mar, na costa de Bornéu, o vulcão extinto de Sipadan emerge. O fenômeno faz com que a ilha reúna, num mesmo ecossistema, a fauna de arrecife e os gigantes que habitam o mar aberto, em busca de alimento e companhia para a reprodução: arraias, tubarões, baleias… “A ilha é uma obra de arte intocada”, disse o explorador francês Jacques Cousteau em 1989.

Água turquesa na ilhota de Sipadan
Água turquesa na ilhota de Sipadan (axel2001/iStock)

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Protegida como parque nacional marinho, não mudou muito de lá pra cá. O número de mergulhadores é limitado a 120 por dia, e as autorizações devem ser solicitadas com meses de antecedência. O melhor lugar para se hospedar é na ilha vizinha de Mabul, onde há resorts e pousadas simples. Não estranhe: foco de disputas territoriais com as Filipinas e a Indonésia, Sipadan é ostensivamente guardada pelo Exército.

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Indonésia

Paisagens, idiomas e costumes variam drasticamente conforme a região do território fragmentado em 17 mil ilhas. Na maior nação muçulmana do mundo (de 250 milhões de habitantes), há espaço para as tradições tribais e outros credos, e para dialetos que se sobrepõem ao idioma oficial, o bahasa indonésio (em Bali, por exemplo, se pratica o hinduísmo e a língua-mãe é o balinês).

Com cada vez mais aeroportos e preços atrativos em rupia, a Indonésia é um verdadeiro universo de possibilidades, com vulcões, ilhas virgens, selvas, praias e cidades fascinantes, como Yogyakarta,capital cultural de Java.

Satai – os espetinhos à moda Indonésia
Satai – os espetinhos à moda Indonésia (iStock/iStock)

Não vacile

A melhor época para viajar para Bali e Java é de março a outubro, com tempo mais seco e fresco (e as melhores ondas para os surfistas). A econômica Lion Air e a Garuda são as companhias mais abrangentes.

Roteiro

A melhor época para viajar para Bali e Java é de março a outubro, a época mais seca e fresca (e com as melhores ondas para os surfistas). O tráfico de drogas (nem sempre distinguido do consumo) é punido com pena de morte na Indonésia.

Bali

As praias que habitam os sonhos dos surfistas, os arrozais e o horizonte delineado por vulcões já seriam suficientes. Mas Bali ainda tem a espiritualidade à flor da pele, templos em cenários magníficos, culinária exótica e os mais doces anfitriões. Não à toa, recebe mais de 10 milhões de turistas ao ano, um número de peso para um lugar com 4 milhões de habitantes.

Nos últimos anos, o aumento de visitantes fez com que brotassem hotéis, condomínios e muitos outros empreendimentos, a uma velocidade assustadora. Mas nada disso parece capaz de tirar a magia do lugar. Uma semana é o mínimo para ver um pouco de tudo.

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Dança balinesa
Dança balinesa (iStock/iStock)

Vale a pena dividir a estada entre Seminyak, onde mora o agito; Ubud, a capital cultural; e a Península de Bukit, onde estão as areias e ondas mais famosas (Balangan, Nusa Dua, Bingin, Uluwatu, Padang Padang).

Os templos mais fotogênicos estão espalhados pela ilha. Pura Tanah Lot fica no alto de uma rocha à beira-mar, a 18 quilômetros de Semynyak. Outro cartão-postal é o Pura Ulun Danu Bratan, a 45 quilômetros de Ubud, cercado pelas águas do Lago Bratan. Também causa impacto Pura Luhur Uluwatu, debruçado sobre as ondas de Uluwatu.

O paredão rochoso vertiginoso que encara as ondas de Uluwatu
O paredão rochoso vertiginoso que encara as ondas de Uluwatu (iStock/iStock)

Os melhores restaurantes da ilha ficam no eixo Ubud-Seminyak. E a gastronomia é um dos pontos altos da viagem. Os pratos mais triviais são o mie goreng (arroz com verduras, frutos do mar ou carne) e nasi goreng (a mesma coisa em versão noodles).

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A maneira mais prática de explorar Bali é de carro. Mas é preciso ser habilidoso para dirigir por estradas estreitas e pela mão inglesa, em meio a um trânsito insano, principalmente na região de Kuta. Pense antes de alugar uma moto nessas condições.

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Gili Islands

Ainda que estejam coladinhas em Lombok, as Gili não guardam nenhuma semelhança com o semblante vulcânico da ilha. Minúsculas, planas e cercadas por circunferências de areia branca e fininha, as três irmãs são banhadas por águas claras habitadas por tartarugas.

O mar impecável de Trawangan
O mar impecável de Trawangan (Sukhmani10/Pixabay)

Trawangan (conhecida como Gili T) tem noites que terminam só de manhã, hotéis e restaurantes badalados. Meno, ideal para curar a ressaca (ou lua de mel), tem uma lagoa de água doce e as praias mais bonitas.

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Air, a mais próxima de Lombok, é um meio-termo entre o agito e a tranquilidade, além de ser a preferida dos mergulhadores. Lanchas rápidas partem do porto balinês de Padangbai e as passagens costumam incluir transporte de qualquer lugar de Bali.

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Yogyakarta

Guardada as devidas proporções, “Yogya” está para Java – a ilha mais populosa do país – assim como Ubud está para Bali. Ou seja, é o centro cultural da ilha, enquanto Jakarta é a capital do país e motor econômico. Com 450 mil habitantes, e uma história de tradição e glórias mil, é um ícone da resistência indonésia: jamais se rendeu totalmente aos europeus, mesmo no período de domínio holandês, no século 20.

O seu caráter de “região especial” é válido até hoje. É o único distrito do país em que o sultão (na maioria das vezes, uma figura simbólica) ainda é o governador de fato. Livre de impostos (por causa do soberano), os preços de alimentação e hospedagem são ainda mais baixos que no resto da Indonésia.

A bonança do governante também se nota na infraestrutura, superior à da média do país. Tem até ônibus com ar condicionado! Poderosa, rica e vibrante, Yogyakarta é a porta de entrada para os templos de Borobudur e Prambanan.

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Templo de Borobudur
Templo de Borobudur (iStock/iStock)

Quase todos os tours que partem da cidade funcionam de maneira parecida: começam cedo e permitem explorar o templo por 2h. Você fatalmente vai acabar em alguma exposição de batik, a pintura que é o souvenir quase compulsório de Yogya (resista à insistência dos vendedores se puder).

Templo de Prambanan
Templo de Prambanan (iStock/iStock)

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Borobudur

Visto de cima, o templo forma uma mandala. O conjunto representa a visão budista do mundo. Em sua base, que mede 118 por 118 metros, estão imagens que fazem alusão a um mundo repleto de desejos e tentações. O nirvana, paraíso budista, é representado no topo.

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Construído entre os séculos 750 e 850 pela dinastia Sailendra, numa época em que a região era dominada por pequenos reinos budistas e hinduístas, o complexo foi abandonado ao passo que o budismo foi deixando de ser a religião dominante em Java, e acabou coberto pelas cinzas do Vulcão Gunung Merapi.

Templo em Borobudur
Templo em Borobudur (qwertyvied/Pixabay)

Os templos voltariam a respirar a partir de 1815, quando o explorador britânico Sir Thomas Stamford Raffles deu início ao longo processo de restauração. Em 1991, foi tombado como Patrimônio da Humanidade pela Unesco. Fica a 40 quilômetros de Yogyakarta.

Quase todos os tours que saem de Yogyakarta funcionam de maneira parecida: começam cedíssimo, permitem explorar o templo por 2h. Para uma imersão no lugar, hospede-se no vilarejo que fica pertinho do templo (a entrada é paga).

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Prambanan

Erguido no século 9, o complexo teria servido para comemorar a volta da dinastia hindu ao poder em Java (anteriormente budista, e hoje muçulmana). Um trenzinho turístico, grátis, leva os turistas a um rápido passeio pelos templos secundários do complexo. O ônibus A1 sai da região central da cidade e deixa a cerca de 1 quilômetro da entrada.

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Singapura

Mais de meio século após conquistar a independência da coroa britânica, essa cidade-Estado se afirma como uma potência econômica. High-tech, limpa ao extremo e seguríssima, nos últimos anos a metrópole ganhou museus de peso e consolidou-se como meca gastronômica – tem nove restaurantes na lista dos 50 melhores da Ásia na revista Restaurant. Um dos segredos da boa mesa é a salada cultural que compõe a população de 5,5 milhões de habitantes: chineses, malaios, indianos e expatriados ocidentais.

Não vacile

Com clima equatorial, Singapura é (muito) quente e úmida durante o ano todo. O período mais chuvoso vai de novembro a janeiro. Atenção às (muitas) regras: cuspir no chão, entrar no metrô com uma durian (prima da jaca, de aroma intenso) ou jogar lixo na rua podem render multas homéricas. E os chicletes estão proibidos no país!

Baía do rio Singapura
Baía do rio Singapura (confused_me/Pixabay)

Roteiro

Reserve pelo menos três dias para conhecer esse país de uma cidade só, e use e abuse do excelente metrô para os deslocamentos.

Orchard Road

A principal artéria comercial de Singapura levará os consumistas ao delírio. Entre arranha-céus espetaculares interconectados por túneis subterrâneos – você agradecerá o ar-condicionado no talo – estão os melhores shoppings da cidade. No espetacular ION Orchard, há 300 butiques, como Dior e Louis Vuitton, além de galeria de arte e bons restaurantes. 

Já o Paragon é o queridinho dos fashionistas chinesas, recheado de nomes como Jimmy Choo e Miu Miu, além de designers em ascensão. Outro a ter em conta nesse universo de vidros espelhados é o Mandarin Gallery, com arquitetura matadora e lojas como Emporio Armani e Hugo Boss.

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Shopping ION Orchard
Shopping ION Orchard (cegoh/Pixabay)

Centro

Palmeiras-imperiais, edifícios de arquitetura colonial e os onipresentes arranha-céus formam um conjunto interessante no Centro de Singapura. Quem se interessa por saber mais sobre a história do país faz um bom negócio se investir algumas horas no National Museum of Singapore.

Outro programa cultural que vale a pena é o Singapore Art Museum, boa oportunidade para conhecer um pouco da arte contemporânea asiática.

Cansou? Tome um drinque em um dos bares do animado Clarke Quay, ou no Raffles Hotel, um ícone. Construído em 1887, leva o sobrenome do funcionário da britânica Companhia das Índias Orientais que desembarcou na ilha em 1819, e fundou a sua história moderna.

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O icônico prédio do Raffles Hotel
O icônico prédio do Raffles Hotel (Raffles Hotel/Divulgação)

Marina Bay Sands

O complexo projetado pelo arquiteto israelense Moshe Safdie reina soberano no skyline da cidade e é o símbolo da Singapura contemporânea. Verdadeiro parque temático para adultos, tem restaurantes assinados por grandes chefs ocidentais, como Daniel Boulud, Mario Batali, Gordon Ramsey e Wolfgang Puck.

O skyline do Marina Bay Sands
O skyline do Marina Bay Sands (iStock/iStock)

Em sua cobertura há bares e lounges badalados e a piscina mais espetacular do planeta (só para hóspedes). O complexo ainda inclui o ArtScience Museum, um museu de ciências e arte de última geração.

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Bairros típicos

A vida real de Singapura mora em seus bairros típicos, onde é possível conhecer um pouco mais sobre os povos que formam o país. Não deixe de visitar Chinatown e Little India.

Templo budista em Chinatown
Templo budista em Chinatown (iStock/iStock)

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Filipinas

Apesar da história dramática, dos contrastes sociais e das frequentes catástrofes naturais, o otimismo e a alegria vital do povo filipino seguem inquebrantáveis, apoiados na filosofia do “Bahala na!” – expressão que, em tagalo, quer dizer algo como carpe diem.

Fãs da NBA, do hip-hop e de outros ícones do país do Tio Sam, que exerceu domínio sobre as Filipinas no início do século passado, os gentis anfitriões são um bônus em uma terra pulverizada por 7 mil ilhas, que escondem algumas das praias mais bonitas do Sudeste Asiático.

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As tarifas econômicas da Cebu Pacific Air, que voa aos principais destinos, são uma mão na roda. A melhor época para viajar é de fevereiro a maio. Evite ir de junho a novembro, a temporada de furacões.

Roteiro

Se a ideia é ver as praias mais bonitas em dez dias, voe de Manila para Puerto Princesa, em Palawan, explore a ilha de “jeepney”, cruze de barco até Corón e depois voe para Boracay, com conexão em Cebu ou Manila.

Palawan

A porta de entrada para a ilha mais espetacular das Filipinas é Puerto Princesa. Com tempo sobrando, visite Honda Bay, um aperitivo do que está por vir, salpicada de belas ilhotas. Já a grande atração dos arredores, o rio subterrâneo cristalino (e navegável) de Sabang, demanda paciência para enfrentar as longas filas.

Procurando Nemo em Palawan
Procurando Nemo em Palawan (iStock/iStock)
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Rumo ao norte, você viverá uma experiência antropológica se for de “jeepney” (típico caminhão americano da Segunda Guerra Mundial transformado em lotação), um clássico filipino. Pare por, pelo menos, dois dias no pacato vilarejo de Port Barton, onde é possível alugar um bangalô de frente para o mar por uns trocados e sair de barco para visitar lindas ilhotas vizinhas.

A vedete de Palawan aparece mais ao norte. Um aglomerado de pousadas entre o mar e penhascos inabitáveis, El Nido é a porta de entrada para o Arquipélago de Bacuit, onde ilhas de paredões calcários em formações radicalmente belas formam paisagens em que aparecem várias réplicas de Maya Bay (cenário de A Praia), na Tailândia – só que sem as multidões de turistas. Passeios em barcos típicos, os bangkas, traçam diferentes rotas. Podendo, invista em um resort instalado em uma das ilhas.

Arquipélago de Bacuit
Arquipélago de Bacuit (iStock/iStock)

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Corón

Partindo de El Nido, o próximo destino costuma ser Corón, na Ilha Busuanga (ou vice-versa). Chegar ali de barco demanda de 5h a 9h, dependendo das condições do mar – em dias de muito vento, evite a travessia. Também é possível voar diretamente de Manila a Corón (55 minutos).

Paisagem ao redor de Corón
Paisagem ao redor de Corón (iStock/iStock)

A cidade em si é feia e barulhenta. Mas está cercada de praias perfeitas, arrecifes de coral e naufrágios que fazem a alegria dos mergulhadores. Mas nada bate os lagos de Kayangan e Barracuda, onde formações rochosas emergem do fundo das águas cristalinas como torpedos, formando as paredes altíssimas que protegem o lugar do vento e das agruras da humanidade.

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Boracay

A Ibiza filipina ferve até o sol raiar. White Beach, como o nome sugere, é uma faixa de 4 quilômetros da mais branca de todas as areias, banhada por um mar azul-caribe e coberta de coqueirais.

Já em Bulabog Beach, bem mais tranquila, o céu é colorido com as velas dos kites. Com resorts de luxo, pousadas bacaninhas restaurantes internacionais, a ilha ainda mantém ruas de areia (a avenida principal passa longe da praia) e a simpatia filipina garante a total falta de afetação.

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