9 dicas para sua primeira viagem internacional
Lembretes para não cair em erros comuns nem passar perrengue no exterior
Viajar para fora do Brasil pela primeira vez envolve planejamento, investimento e lidar com uma boa dose de receio – afinal, são tantas coisinhas para garantir que nada saia errado que é comum se sentir sobrecarregado com tantas dúvidas.
Preparamos um guia para você não cair nos erros mais comuns dos marinheiros (ou melhor, passageiros…) de primeira viagem.
1. Tenha em mãos os documentos certos
O primeiro passo de qualquer viagem internacional é garantir que você vai ter como entrar no país de destino. Em alguns vizinhos da América do Sul é possível entrar apenas com o RG emitido há menos de 10 anos, mas via de regra é melhor garantir: se vai sair do Brasil, tenha sempre seu passaporte em mãos. Já checou a validade do seu?
Mais de 160 países do mundo aceitam brasileiros sem visto, com o passaporte sendo o documento básico para o acesso. No entanto, há algumas exceções importantes, como os Estados Unidos. O site Passport Index é um mão na roda porque basta clicar na imagem do passaporte do Brasil e descobrir uma lista de quais países exigem visto ou não. Para tirar a teima, o site do Ministério das Relações Exteriores do Brasil disponibiliza uma lista completa de todas as representações diplomáticas estrangeiras em nosso território – acessando suas páginas, você encontra telefone, site e e-email de todas as representações consultares e pode consultar individualmente as regras de cada destino para a entrada de brasileiros.
2. Tenha a passagem de volta comprada
Pode parecer óbvio, mas há quem prefira embarcar com uma agenda aberta até demais. Embora seja possível entrar em alguns países sem ter a data de retorno confirmada, viajar sem a passagem de volta pode abrir as portas para encrencas logo na imigração.
No limite, se seus documentos não forem suficientes (e isso inclui uma prova de que você pretende voltar para casa), é possível que você seja levado para a temida salinha e pode correr risco de deportação. Por isso, o indicado é já viajar com o comprovante – de preferência impresso – da sua passagem de volta para o Brasil, com a data e a companhia aérea claramente assinalados.
3. Registre onde vai ficar
Essa serve tanto para facilitar sua conversa com os agentes de imigração caso você dê azar de pegar uma fiscalização mais rígida quanto para a sua própria consulta. Leve consigo – impressos – os comprovantes de reservas em hotéis, Airbnb ou, quando for o caso de permanecer com familiares ou amigos, uma carta do anfitrião com nome, endereço, situação da pessoa no país e a indicação explícita de que ela vai receber você durante todo o período.
É importante que todos esses documentos incluam as datas de entrada e saída em cada lugar e o endereço. O ideal é ter tudo impresso e guardado em uma pastinha, o que já garante uma forma de se guiar caso você dê azar de ficar sem internet para se localizar ou acessar esses documentos.
4. Faça um seguro viagem
Mais do que uma garantia extra, em muitos países ele é um requisito obrigatório. É o caso dos 26 países europeus que compõem o Espaço Schengen (Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Hungria Islândia, Itália, Letônia, Liechtenstein, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Noruega, Países Baixos, Polônia, Portugal, República Tcheca, Suécia, Suíça), que exigem que todo viajante esteja segurado em, no mínimo, € 30.000. Cuba e Catar também estão entre os países que também exigem. E, de fato, ter seguro é uma tranquilidade porque muitas modalidades também incluem ressarcimento para problemas como cancelamento de voo ou perda de bagagem. Saiba mais sobre seguros de viagem clicando aqui.
5. Vá com mais de uma forma de pagamento
Nunca fique dependente de apenas um meio de pagamento. Muitos estabelecimentos em Londres, por exemplo, não aceitam mais dinheiro em espécie. Outros, principalmente nas cidades menores, não aceitam cartões. A regra é diversificar. O grande aliado nos últimos anos tem sido o cartão de débito internacional, que tem IOF mais baixo que o cartão de crédito e câmbio mais vantajoso na hora da conversão. Caso você fique mais tranquilo em ter algum dinheiro em espécie já na chegada, principalmente se o dólar ou o euro forem a moeda corrente no destino, troque antes de viajar. Fique atento aos países com moedas ditas fracas, como Argentina e Peru, onde será mais vantajoso fazer o câmbio ao chegar. E se for levar cartão de crédito, lembre-se de fazer o aviso de viagem junto ao banco antes de embarcar.
6. Garanta um chip internacional
Hoje em dia, é improvável que você vá usar seu celular para fazer uma ligação “à moda antiga” no exterior, mas um chip que funcione em outro país continua sendo fundamental para garantir acesso à internet até em lugares sem wi-fi – não é apenas um luxo, mas uma necessidade, principalmente com a grande oferta de aplicativos relacionados a hospedagem, banco, mapas e tradução que facilitam a vida.
Embora você possa baixar mapas com antecedência no celular, poder acessá-los em tempo real e verificar sua localização no GPS também ajuda a não se perder em uma cidade desconhecida. Conheça mais sobre as opções de chips para usar no exterior.
7. Aprenda a usar um app de tradução
Se você fala a língua do seu país de destino, ótimo! Mas, se esse não for o caso, é bom estar preparado para driblar desencontros de comunicação com os locais. Em destinos mais turísticos, é até comum encontrar quem se defenda bem no inglês ou espanhol, mas isso nem sempre vai acontecer.
Nessas horas, é um bom negócio ter à mão um celular com acesso à internet e um app de tradução para quebrar o galho. A opção mais consagrada para isso continua sendo o Google Tradutor, que hoje suporta mais de 240 idiomas e permite que você insira o que quer traduzir em texto, áudio e até imagem – selecionando a câmera, é possível apontar para placas, por exemplo, e ver o que elas significam.
Se você não souber como pronunciar alguma coisa, é possível até mesmo pedir para o app traduzir o que você quer dizer e fazê-lo ler em voz alta para a outra pessoa. Pode arrancar alguns sorrisos constrangidos, mas, se nada mais funciona, acaba sendo mais efetivo do que parece à primeira vista!
8. Esteja com as vacinas em dia
A pandemia de Covid-19 tornou familiares as exigências de vacinação até mesmo para nacionalidades que não estavam acostumadas a elas, mas, para os brasileiros, essa não é uma realidade nova: antes de qualquer viagem, confira sempre se há alguma exigência especial de vacinas para entrar no país de destino.
A exigência de imunização contra a febre amarela 10 dias antes da viagem é uma condição para embarcar para países como África do Sul, Colômbia, República Dominicana, Cuba e Tailândia – saiba como obter o comprovante de vacinação.
9. Não deixe a bagagem virar estorvo
Dúvidas com a bagagem são outro ponto que pode atrapalhar os planos de viajantes iniciantes. Nesse caso, você deve considerar duas questões principais: as regras das companhias aéreas que vão transportá-lo ao longo da viagem e quanto deslocamento – e de que forma – você terá que fazer por conta própria no seu destino. Não é raro encontrar passagens aéreas que não incluam no valor da tarifa o despacho de bagagem, principalmente no caso das low-costs.
De modo geral, o limite de peso para uma bagagem despachada nas classes mais econômicas costuma ficar em 23 kg por passageiro, com uma taxa extra sendo cobrada caso ultrapasse disso. Um bom investimento são aquelas balanças manuais que você encontra à venda no Mercado Livre.
Taxas para as bagagens, no entanto, são só uma das preocupações: se a sua viagem envolver muitos deslocamentos por terra, utilizando carro, trem, ônibus ou mesmo a pé, pode ser necessário repensar quantos itens você está levando – uma mala muito grande ou pesada pode se tornar um inconveniente tremendo caso sua viagem não tenha uma “base” para deixá-la.
Para tentar reduzir o tamanho da bagagem, considere aspectos como clima, duração da estadia, número de vezes que irá trocar de cidade e a possibilidade de lavar ou não suas roupas durante a viagem.