Grávida pode viajar de avião? Entenda as regras
Exigências para transporte aéreo variam de acordo com destino, semana de gestação e fatores de risco individuais

Ao longo das semanas que antecedem o parto, novos pontos de atenção surgem para preservar a saúde da gestante e do bebê. E isso se aplica, também, às viagens aéreas.
Grávidas podem, sim, viajar de avião, mas algumas regras entram em cena. É preciso garantir que a gravidez não é de risco e, mesmo quando está tudo correndo bem, as companhias aéreas podem exigir atestados médicos para liberar a viagem em gestações mais avançadas.
Quais as regras para viajar de avião na gravidez?
As regras específicas variam conforme a companhia aérea, mas em geral há exigência de atestado médico a partir de uma determinada semana da gestação. A Azul e a Latam, por exemplo, permitem o embarque sem documentação complementar até a 29ª semana. Já na Gol, essa isenção vale somente até a 27ª semana de gravidez.
Depois disso, é exigido um atestado médico, que em alguns casos deve estar acompanhado da assinatura de um termo de responsabilidade.
A partir da 38ª semana de gravidez, pode haver impedimento total para a viagem, mesmo quando há um atestado autorizando. Nesse caso, cada empresa define o ponto de corte final, que também leva em conta o destino da viagem, se ela for internacional.
Em qualquer cenário, todas as isenções e exigências são válidas para casos que não são enquadrados como uma gravidez de risco. Se houver complicadores já diagnosticados, as regras variam caso a caso — e pode haver inclusive uma proibição total de embarcar, independentemente do momento da gestação.
A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) disponibiliza um guia rápido com as regras das principais companhias. Mas o mais indicado é se informar diretamente com a(s) empresa(s) em que você pretende voar antes de comprar as passagens, já que as exigências podem passar por atualização de tempos em tempos e também variam de acordo com o destino.
Alguns países, como o Peru, impedem viagens de gestantes a partir da 36ª semana, mais cedo do que para deslocamentos dentro do Brasil.
Por que as restrições existem?
Em primeiro lugar, é preciso deixar claro: as viagens normalmente são consideradas seguras pelos médicos até a 36ª de uma gestação que não é considerada de risco. De modo geral, o segundo trimestre é visto como aquele em que há menos chances de problemas.
No entanto, a possibilidade de algo dar errado sempre existe, e o ideal é conversar com seu obstetra antes de embarcar em um avião, já que as recomendações variam de pessoa para pessoa.
O maior perigo de uma viagem aérea é a impossibilidade de receber o atendimento médico necessário de forma rápida caso aconteça qualquer tipo de imprevisto quando se está no ar. Por isso, viagens muito longas são especialmente contraindicadas.
Antes da viagem, também é importante conhecer bem como funciona o atendimento médico no seu local de destino, caso aconteça alguma emergência. Para deslocamentos internacionais, um seguro de viagem com cobertura para gravidez é fundamental.
Os perigos são maiores para gestantes com históricos de problemas de saúde como hipertensão, diabetes, anemia ou que já tiveram pré-eclâmpsia em uma gravidez anterior. Pessoas com gestações múltiplas (gêmeos ou mais) também devem evitar viagens aéreas.
Uma viagem de avião também aumenta o risco de trombose, com a formação de coágulos nos membros inferiores. Embora essa possibilidade exista para qualquer pessoa, ela é um perigo maior para gestantes, que já têm propensão ao problema mesmo no solo. Durante a viagem, recomenda-se investir na redução de riscos, levantando-se do assento, caminhando no corredor e fazendo uso de mais de compressão.
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