Os assentos reclináveis em aviões vão acabar?

As poltronas que reclinam dividem opiniões e já não são oferecidas por todas as companhias aéreas

Por Rebeca de Ávila
20 mar 2025, 10h00
Assentos em avião
Aéreas low cost implementaram poltronas que não reclinam em seus voos (JC Gellidon/Unsplash)
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O número de coisas que podem irritar o passageiro em um voo não é pequeno: pessoas que tiram os sapatos, disputa pelo descanso de braço (quem está no meio, espremido, deveria ter a prioridade de usar ambos). Mas, há tópicos que dividem opiniões, como é o caso das poltronas reclináveis. Alguns defendem que a etiqueta a bordo é nunca reclinar o assento para não incomodar o vizinho de trás, enquanto outros acreditam que o botão está ali para ser utilizado.

Os assentos são tão polêmicos que motivaram a criação de um abaixo-assinado contra a sua existência em dezembro de 2024. Mais de 186 mil viajantes assinaram uma petição que pede a proibição desse tipo de poltrona nos Estados Unidos e em parte do Canadá. Apesar da campanha fazer parte de uma estratégia publicitária da marca de móveis, La-Z-Boy, as assinaturas revelam como o tema é capaz de mobilizar as pessoas.

Há até quem diga que o futuro (distante) pode ser o fim desse tipo de poltrona, porque seria economicamente lucrativo para as companhias aéreas. As poltronas que não reclinam precisam de menos manutenção e são mais leves, o que ajuda a reduzir os custos com combustível. Além disso, ter apenas assentos de ângulo fixo poderia evitar discussões entre passageiros por conta da reclinação.  

O conforto, no entanto, deve ser levado em consideração nas discussões. Em voos de longa duração, passar horas sentado em um ângulo fixo seria incômodo e ainda pior para pessoas com problemas crônicos na coluna.

O cenário mais provável é que os assentos de ângulo fixo sigam sendo adotados apenas por aéreas low cost. 

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Quais companhias aéreas têm assentos que não reclinam?

A maior parte das companhias que oferecem apenas assentos de ângulo fixo não opera no Brasil, como é o caso das low costs norte-americanas Spirit Airlines e Allegiant Air e a britânica Jet2. A irlandesa RyanAir e a inglesa easyJet também não. A Pegasus Airlines, da Turquia, e a Electra Airways, da Bulgária, têm poltronas dos dois tipos, assim como a British Airways, que implementou assentos que não reclinam na cabine econômica para voos de até quatro horas.

Das aéreas que operam no Brasil, as low costs Flybondi, Sky Airline e Arajet tem os dois tipos de assento. Já a JetSmart tem somente poltronas de ângulo fixo.

Na Avianca, os voos operados com aeronaves A320, de corredor único, têm três tipos de assento: premium, plus e economy, que não reclinam e são mais baratas que as demais.

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