Viajar para casar: como funciona o ‘destination wedding’

A escolha do lugar, a etiqueta na hora de chamar os convidados, a papelada e outras dicas essenciais

Por Da Redação
Atualizado em 14 Maio 2024, 10h50 - Publicado em 10 Maio 2024, 18h00
Casamento na praia
Na praia, no lago, no campo: você escolhe o cenário (maneesek/Pixabay)
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Em tradução livre, a expressão “destination wedding” significa “o casamento como destino”. A tendência, já consolidada na Europa e nos Estados Unidos, tomou força no Brasil nos últimos anos, turbinada por celebridades que disseram sim em cenários espetaculares. Substituir a festa convencional por uma cerimônia na praia, em um resort, em alguma cidade charmosa ou até em alto-mar (com ou sem convidados), não apenas traz um tempero a mais para a união como pode ter vantagens que extrapolam o romance.

Por incrível que pareça, viajar para casar pode sair mais barato que a dobradinha bufê e igreja. Além disso, funciona como uma maneira elegante de driblar saias justas sociais, como a inclusão de convidados por pressão familiar ou o dilema de onde celebrar quando os noivos procedem de cidades (ou até países) diferentes.

Quanto custa

Seja na esquina de casa ou no Havaí, o céu é o limite para o preço de uma boda. Mas, em linhas gerais, o jeito mais econômico de casar longe de casa é contratar um pacote fechado com todos os serviços em um resort do Caribe (especialmente em Cancún ou Punta Cana) ou embarcar na fantasia das uniões em Las Vegas e Orlando. Dizer o sim em um cruzeiro, no Brasil ou no exterior, também pode ser prático.

Já em destinos europeus – como Portugal, Itália e França – ou no litoral do Brasil, a empreitada costuma envolver uma agência que se encarrega da organização, contrata os provedores de acordo com o gosto (e o bolso) do freguês e, às vezes, ainda orienta noivos e convidados quanto à logística da viagem. Nesse caso, os orçamentos costumam ser mais robustos e dependem de incontáveis variáveis.

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Etiqueta

Casamentos longe de casa implicam numa dose extra de planejamento. Por isso, é fundamental avisar os convidados com um ano de antecedência, dando margem suficiente para que organizem a agenda, a viagem – e a conta bancária. De acordo com a etiqueta do “destination wedding”, é comum que os próprios convidados arquem com suas despesas de transporte e hospedagem. Justamente por isso, os noivos precisam ter rebolado para entender que a viagem pode ser inviável para alguns amigos (e até candidatos a padrinhos).

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O lugar certo

Não basta que os noivos adorem determinado local ou que tenham uma relação especial com ele. Escolher um destino para casar precisa ser uma operação cuidadosa, especialmente quando envolve convidados. É essencial ter em conta o clima na data em questão, driblar as temporadas de pico (o que pode encarecer e dificultar a viagem de todos) e considerar as facilidades de acesso, como voos diretos, trânsito nas estradas etc. Caso os noivos desejem estar na companhia de amigos nesse momento tão especial, também é importante levar em consideração se o programa sugerido é compatível com a situação financeira da maioria.

Papelada

O mais recomendável é que os noivos se casem no cartório no Brasil antes ou depois da viagem e realizem apenas a cerimônia simbólica no exterior. Caso façam questão de selar uma união que seja válida legalmente em outro país, é preciso se informar com antecedência sobre a documentação e os trâmites necessários, que variam conforme o destino.

5 dicas essenciais

A combinação é fulminante: viagens, melhores amigos, o dia mais especial da sua vida. Mas é preciso ter cuidado para não acrescentar à equação o stress causado pela organização à distância. A seguir, cinco dicas para driblar a ansiedade e curtir o casório sem dores de cabeça:

1. Adeque suas expectativas à realidade do destino. Nem sempre os serviços do lugar escolhido (do tipo de flor aos pratos do menu) serão exatamente aqueles com os quais sonhou. Mais vale fazer concessões e focar na experiência.

2. Tenha em conta as diferenças culturais. Não dá para impor os nossos hábitos aos costumes locais e nem sempre existe flexibilidade para negociar exceções.

3. Se você tem um padrão de exigência muito alto, o melhor é ter alguém de sua confiança no destino para cuidar de tudo de perto em vez de escolher um pacote padronizado.

4. Estabeleça o orçamento e o número de convidados antes de qualquer coisa. Só assim é possível partir para a escolha do local, do tipo de experiência e dos pormenores.

5. Tenha em mente as possíveis oscilações de câmbio ao casar no exterior: em época de dólar e euro nas alturas, orçar agora e pagar meses depois pode significar grandes diferenças no orçamento.

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