Esqueça o Louvre, o Prado e MoMA. Pelo menos por um momento. É chegada a hora de conhecer os novíssimos, monumentais e audaciosos museus que foram inaugurados recentemente. Quem sabe estas 5 opções, repletas de acervos únicos e projetos arquitetônicos nababescos, não te animam a embarcar em uma próxima viagem? Amantes das artes e do design, uni-vos:
Amos Rex – Finlândia
Construído sobre o mesmo solo que abrigou os Jogos Olímpicos de Verão, em 1940, quando a cidade de Helsinki, na Finlândia, substituiu a japonesa Tóquio como sede do evento pós-desdobramentos da Segunda Guerra Sino-Japonesa e da Segunda Guerra Mundial, o Amos Rex é fruto de um investimento milionário e traduz toda a influência modernista das obras expostas ali através de sua arquitetura curvilínea e que privilegia a luz natural.
Antes de ser museu, o espaço ainda serviu como lar de um cinema intitulado Lasipalatsi, ou Palácio de Vidro, em tradução literal. O arquiteto responsável pela transformação manteve uma antiga torre de relógio que já se encontrava por lá e restaurou a maior sala de cinema subterrânea existente no local.
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Victoria & Albert Museum of Design – Escócia
No primeiro museu do país inteiramente dedicado ao design, a arquitetura é por si só uma atração e já entrega um vasto leque de significados: logo na fachada externa, estruturas de vidro e concreto dão vida a duas formas que se fundem e homenageiam os penhascos da costa escocesa. O orgulho nacional também pode ser visto no interior do Victoria & Albert Museum of Design, com salas repletas de vestimentas, cerâmicas e mobília que remetem ao passado histórico da nação.
Inaugurado em 15 de setembro de 2018, na cidade de Dundee, o museu também reúne outros tipos de valiosas peças em seu acervo: as malas de viagem Goyard do Duque de Windsor e a coroa Cartier da Duquesa de Roxemburgo, feita com 2500 diamantes, ouro e prata, são alguns dos belos exemplos.
Museum of Contemporary Art – Canadá
Fundado em 1993 sob o título de Gallery of North York, o Museum of Contemporary Art Toronto, carinhosamente abreviado para MOCA, só recebeu o novo nome seis anos após sua inauguração e foi fechado em 2015 com a pretensão de se tornar algo maior posteriormente. Atrasos nas obras e imprevistos culminaram em uma cerimônia de abertura tardia para o espaço, agora cinco vezes maior do que o anterior e aberto ao público desde o dia 22 de setembro.
Uma loja de souvenirs, um café italiano e gigantescas salas de exibição se espalham pelos três andares do MOCA, que ainda abriga uma praça ao ar livre. Na primeira mostra do museu, intitulada “Believe”, dezesseis artistas mostram suas crenças e perspectivas do que acreditam ser os sistemas que moldam valores e comportamentos no mundo contemporâneo.
Entre eles, Awol Erizku, artista etíope e naturalizado estadunidense que é hoje uma das principais vozes do movimento antirracista nos Estados Unidos. É ele quem assina o retrato de Beyoncé grávida, a foto mais curtida de todos os tempos no Instagram.
Grand Egyptian Museum – Egito
No lado oposto ao complexo que abriga as pirâmides de Giza, uma atração encontra-se em fase final de construção e promete desviar os olhares fissurados na maravilha do mundo antigo para si: o Grand Egyptian Museum. Moderno por fora, onde destacam-se seus painéis piramidais, conserva milhares de anos de história em seu interior.
Estimado em 1 bilhão de dólares, o próximo grande marco arquitetônico egípcio recebeu ajuda financeira do Japão para ser concretizado e reúne cerca de 100 mil artefatos que remetem ao passado glorioso do país, datados das eras faraônica, grega e romana. A majestosa estátua de Ramsés II foi transferida da praça que recebe seu nome exclusivamente para habitar o museu. Além disso, haverá uma ala de 7 mil metros quadrados dedicada somente a outro icônico faraó: Tutancâmon.
Estima-se que o tour completo só poderá ser realizado em 2022. Até lá, o governo planeja ainda a inauguração de uma nova estação de metrô e de um aeroporto, o Cairo West Airport, nas adjacências do local.
National Museum – Qatar
Oito anos após o início das obras que dariam vida ao novo National Museum of Qatar, a reforma finalmente sairá do papel em março deste ano. O projeto é assinado pelo renomado arquiteto Jean Nouvel e tem como principal inspiração a rosa do deserto, espécie de cristal tipicamente catari.
Impressionantes 225 mil metros quadrados de estruturas que remetem a pétalas envolvem dois edifícios erguidos em Doha, cidade escolhida para sediar um complexo que abriga o museu e o palácio do Sheikh Abdullah bin Jassim Al Thani, agora remodelado.
No interior do museu – a principal construção ali erguida -, uma mostra permanente exibirá itens que traduzem do mais fiel modo a rica história cultural dos nômades árabes que ajudaram a formar a identidade nacional: de tendas a redes de pesca, passando por instrumentos de navegação e extração de petróleo. O espaço ainda abrigará um teatro, salas de aula destinadas ao ensino da culinária catari, duas lojas de souvenirs, dois restaurantes, um café, um centro de pesquisas e um parque reflorestado com plantas nativas.