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A bola da vez

A Croácia já não é nenhum segredo a ser descoberto. Mas nosso colunista foi lá e atesta: todas as famas são justas

Por Rui Porto
Atualizado em 16 dez 2016, 00h46 - Publicado em 6 fev 2012, 12h01

Quase todo mundo que eu conheço e está de malas prontas para ir à Europa disse ter colocado a Croácia no roteiro. A contar pelos dias que passei lá, em julho, muitos franceses, alemães, italianos, ingleses e japoneses também tiveram a mesma ideia. De mochileiros a jet setters todos queriam se encantar com as torres e muralhas medievais de Dubrovnik e se esbaldar em Hvar (a pronúncia é “ruar”), ilha com praias de água verde-esmeralda, campos de lavanda e baladas que começam às 6 da tarde e parecem não acabar nunca.

Mas a pequena Croácia é muito mais do que estes dois destinos. Dois lugares que considero absolutamente imperdíveis:

Parque Nacional de Plitvice

Fica a meio caminho entre split e a capital Zagreb. Confesso que não estava preparado para encontrar tamanha beleza: são quedas d’águas que caem em meio a cânions e que vão formando lagos e mais lagos transparentes que parecem iluminados por baixo (uma possível comparação seria com a cor da nossa turmalina paraíba, uma das gemas mais raras e caras do mundo). Sem contar os bosques que parecem conter todos os tons de verde possíveis.

Zagreb

A capital do país se ergue dos anos sombrios e parece querer recuperar o tempo perdido. Vi muitos prédios sendo restaurados, jovens em bares nas calçadas e uma cena gastronômica interessante. Com dois endereços, o Apetit (www.apetit.hr) é um charmoso restaurante comandado por sanja Cabalier onde comemos um delicioso espaguete ao ragu de pato e trufas. O preço das coisas, apesar de não ser mais nenhuma pechincha, ainda é vantajoso. Em que outra cidade, por exemplo, você pagaria menos de € 200 para dormir em um hotel emblemático como o Regent Esplanade (www.regenthotels.com), nada menos do que o Copacabana Palace da Croácia?

Curiosidade: um legado dos croatas é a invenção da gravata. Durante a guerra dos trinta anos, no século 17, os soldados croatas chamaram a atenção dos aliados franceses pelo elegante pedaço de pano que usavam no pescoço e que passou a ser adotado pela corte do rei Luís XIV.

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RUI PORTO adorou a Croácia, mas acha que a gravata foi uma invenção desnecessária

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