As praças de Burle Marx: legado do paisagista encanta Recife

Recifenses redescobrem a história da cidade por meio das áreas verdes projetadas pelo artista

Por Abril Branded Content
Atualizado em 6 nov 2017, 11h00 - Publicado em 6 nov 2017, 11h00
A mesma praça, o mesmo banco, uma nova oportunidade de conhecer o Recife (Giselli Carvalho/Divulgação)
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Todo recifense já ouviu, pelo menos uma vez na vida, o nome de Roberto Burle Marx. Artista plástico, arquiteto e paisagista, Burle Marx projetou mais de dez praças na capital pernambucana – cidade natal da sua mãe – que fazem parte do cotidiano de quem transita pela cidade. Hoje, seis delas são tombadas pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Mas saber a verdadeira importância do sobrenome Burle Marx e conhecer bem a história dessas obras paisagísticas tão icônicas ainda é para poucos. Aceite o convite de Motorola e prepare-se para estabelecer uma nova relação com as praças de Recife por meio do projeto #hellocidades.

Primeiro, vamos à história. Tudo começou com a Praça de Casa Forte. Em 1934, Burle Marx desenvolveu o primeiro projeto de jardim público, no bairro de mesmo nome da praça, utilizando plantas da Mata Atlântica e da Amazônia. A ideia foi tão bem sucedida que ainda hoje, 83 anos depois, a praça segue funcionando como ponto de encontro e coração do próprio bairro.

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Flores enfeitam canteiro da Praça de Casa Forte, primeiro projeto de Burle Marx no Recife (Natália Dantas/Divulgação)

“A praça é um ponto forte de sociabilidade do bairro de Casa Forte, todo mundo se encontra ali, gente de todo tipo e idade, e em todos os horários. Senhorinhas se exercitando de manhã cedo, jovens se encontrando nos banquinhos à noite, toda hora tem trabalhadores passando, esperando alguém, toda gente passeando com cachorros, e crianças, que gostam dos peixinhos nos espelhos d’água”, avalia a arquiteta e urbanista Marília Cavalcanti Farias, moradora do entorno da praça.

Para a arquiteta, os destaques do projeto estão na variedade de árvores, que dão exuberância à roupagem do local, e nos caminhos retos que direcionam os transeuntes, mas sempre levam a pontos que convidam a uma pausa na correria do dia a dia, como os bancos sombreados e a escada que permite a apreciação do espelho d’água.

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A popularidade do lugar hoje em dia reflete o sucesso que a obra teve assim que foi inaugurada, décadas atrás. Com essa estreia em grande estilo no Recife, Burle Marx foi contratado para a diretoria de Parques e Jardins do Departamento de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco, onde ficou durante quatro anos e projetou mais de dez praças, entre elas a Praça da República, no Palácio do Governo, a Praça do Arsenal da Marinha, a Praça do Derby, a Praça do Entroncamento e a Praça Euclides da Cunha, conhecida também como Praça do Internacional.

Praças que cabem na palma da mão

Para fazer com que as pessoas conheçam melhor o trabalho do consagrado paisagista no Recife, o Laboratório da Paisagem da Universidade Federal de Pernambuco elaborou o inventário da obra de Burle Marx na cidade. O resultado foi o aplicativo para celular Patrimônio PE, financiado pelo Funcultura, do Governo do Estado.

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Aplicativo permite tour virtual pela Praça Maciel Pinheiro e por outras áreas verdes da cidade (Luciano Ferreira/Divulgação)
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No aplicativo, é possível fazer um tour, pelo celular, por 12 pontos da cidade pelos quais Burle Marx passou com o seu trabalho. Além da Praça de Casa Forte, é possível conhecer melhor as praças da Várzea, Faria Neves (Dois Irmãos), Ministro Salgado Filho (aeroporto), Euclides da Cunha (Madalena), do Derby, da República (incluindo o Jardim do Campo das Princesas), Arthur Oscar (Arsenal), Chora Menino (Paissandu), Dezessete (Rua do Imperador), Maciel Pinheiro (Boa Vista), e o jardim da capela do Parque da Jaqueira.

Apreciador do trabalho do paisagista, o servidor público Márcio Cabral de Moura, de 44 anos, aprovou a iniciativa. “Acho a proposta muito legal e importante. Sabendo a importância histórica de uma praça, parque ou mesmo casa, aumenta a chance de que ela seja preservada, o que é muito bom para nossa cidade. Sem a memória, não valorizamos e terminamos destruindo esse nosso patrimônio”, avalia. “Burle Marx pensou ou participou da criação e consolidação das principais áreas verdes não naturais do Recife, o que por si só já é muito importante. Além disso, por conta da importância em si do paisagista, essas áreas são preservadas até hoje, mais ou menos como foram planejadas, o que nos garante a preservação de alguma natureza e, arriscaria até dizer, beleza, em nossa cidade”, diz.

O aplicativo, que está disponível de forma gratuita pelo Google Play, pode ser acessado em quatro línguas – português, inglês, espanhol e francês –, além do áudio. Através do tour mobile, é possível ter uma vista das praças e conhecer mais da história do local e dos detalhes pensados pelos projetos de Burle Marx.

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“Como cidadã, a praça [de Casa Forte] é um lugar especial pra mim porque eu passeava muito por lá quando criança. E hoje, a praça é muitas vezes ponto de encontro pra conversas com amigos. É sempre o caminho escolhido quando vou a pé a algum lugar, porque passar pela praça é muito mais gostoso”, completa a arquiteta Marília Farias.

Que tal usar o seu celular para conhecer mais o trabalho do famoso arquiteto e paisagista Burle Marx e, de quebra, saber mais sobre a história do próprio Recife? Reconecte-se com a sua cidade acessando o hub hellomoto.com.br.

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