O GUIA QUATRO RODAS indica cafeterias no Brasil que servem bebidas bem tiradas
Por Marcela Braz, Tânia Vinhas e Viviane Macedo
Atualizado em 4 ago 2021, 12h37 - Publicado em 13 abr 2012, 17h57
1/10Octavio Café (São Paulo)Os cafés e blends do Octavio Café são produzidos na fazenda da família, em Pedregulho, na Alta Mogiana. Além das tradicionais bebidas, a cafeteria tem drinks gelados como Cookies ao Café (sorvete de nata, cookies, café e chantili) e Café Gelado (suco de laranja com café, limão e açúcar). Para saborear o melhor da bebida e da maneira preferida, há 10 opções de extração, entre elas métodos filtrados com hario, chemex, pano e aeropress. Av. Brig. Faria Lima, 2996 (Jd. Paulistano) 11/3074-0110(Divulgação)
2/10Grenat Cafés Especiais (Brasília) Os grãos cultivados no cerrado mineiro, na Lagoa Formosa, são torrados na loja com a consultoria da barista Isabela Raposeiras, que assina a carta de cafés. Nela, além de drinks e doces, há menu degustação da bebida com diferentes métodos de preparo. O espresso, por exemplo, pode ser de um blend encorpado ou, mais suave, tirado de grãos bourbon vermelho. O café de marcas como Orfeu, Braún e Fazenda Pessegueiro pode ser filtrado ou extraído das cafeteiras aeropress, francesa e italiana. Para fugir do óbvio, experimente o caviar ou o pudim de café. Comércio Local Sul, Qd. 202, Bl. A, Lj. 4, 61/3322-0061(Divulgação)
3/10Press Café (Porto Alegre) O Grupo Press trabalha com café de origem artesanal, cultivado em Mococa, no interior de São Paulo. O grão chega à cafeteria com torra média clara, que valoriza a doçura e a acidez da bebida. Os baristas, treinados tanto na parte teórica como na prática, recebem mensalmente um material com as novidades da área e passam por uma avaliação para que a qualidade seja sempre mantida. No total, são oito tipos de espresso, oito cappuccinos e lattes, cinco drinks quentes e cinco gelados preparados com café pela especialista Lisandra Brancher e pelos mais de 20 baristas, que se revezam atrás do balcão das seis unidades. Av. Pe. Cacique, 2000, Fundação Iberê Camargo (Cristal), 51/3266-1943(Divulgação)
4/10Santa Clara Café Orgânico (Natal) As 36 bebidas no cardápio são preparadas a partir de grãos de marca própria torrados na cafeteria, usados também na filial em Fortaleza. Entre os 13 cafés frios, o café bandeira é feito com cappuccino gelado e chocolate quente, e o vienense combina espresso, leite condensado, creme de leite, chocolate gelado, cacau em pó e chantili. Os baristas são certificados pelo Centro de Preparação do Café. Av. Bernardo Vieira, 3775, (Shopping Midway Mall, Tirol), 84/3221-6576(Divulgação)
5/10Cafélier (Salvador) Situado no centro histórico de Salvador, o Cafélier completa 18 anos este mês. O ambiente tem um tom artístico, decorado com objetos de arte e artesanato variado. No cardápio, 13 tipos de cafés, quentes e frios, com ou sem álcool. Entre eles há um que leva o nome da casa, o Café Cafelier, com conhaque, licor de chocolate e chantili. O barista já é veterano, prepara a bebida há 17 anos. R. do Carmo, 50 (Santo Antônio Além do Carmo), Santo Antônio Além do Carmo, 71/3241-5095, www.cafelier.com.br(Divulgação)
6/10Lucca Cafés Especiais (Curitiba) O Lucca apresenta 18 rótulos de cafés, todos qualificados como "cafés especiais", segundo a metodologia da Specialty Coffee Association of America (SCAA). Os grãos provenientes de 16 produtores passam pelas mãos da mestra torradora Georgia Franco de Souza, barista especialista em ponto de torra. Os baristas, premiados em competições nacionais e internacionais, preparam bebidas quentes seguindo a escola italiana de cafés (espresso com blend próprio, macchiato, cappuccino, entre outros), além de bebidas geladas, drinks de café e cafés com sorvete. Al. Pres. Taunay, 40 (Batel), 41/3016-6675(Léo Feltran/Divulgação)
7/10Cafeteria do Museu do Café (Santos) Aqui o café não é apenas matéria-prima para bebidas: a flor do fruto é aproveitada na produção de sabonete, cosméticos e perfumes. A torrefação acontece na própria loja, que vende aproximadamente 450 xícaras de espresso por dia e trabalha com profissionais formados pelo CPC (Centro de Preparação de Café). São eles os responsáveis pela criação de drinques como o Glamour, com licor de avelã Frangélico, creme de licor Baileys e cobertura de chantili, e bebidas tipo o café vienense, em que o espresso é acompanhadado de sorvete de creme, licor de chocolate, creme de leite e chantili. Na cafeteria também é possível comprar Jacu BirdCoffee em grãos previamente torrados. R. XV de Novembro, 95 (Centro), 13/3213-17501(Lucas Santos / Museu do Café / Divulgação)
8/10Café do Mercado (Porto Alegre) Estabelecido em dois pontos no Centro de Porto Alegre, o Café do Mercado é um dos mais conhecidos da cidade. O carro chefe é o blend com os cafés Cerrado Mineiro e Sul de Minas. A casa tem café orgânico, bebidas geladas e grãos da Bahia e de Mogiana. Lgo. Jornalista Glênio Peres, lj. 103, Mercado Público (Centro), 51/3029-2490(Liane Neves)
9/10Confeitaria Colombo (Rio de Janeiro) Nas duas unidades, o destaque é o ambiente. No salão de 1894, o Café Pelé é vendido espresso ou extraído em coador de pano. Também pode ser provado como milk-shake, batido com sorvete de baunilha e servido no copo com calda de chocolate. Na filial do Forte de Copacabana, o cafezinho é acompanhado da estonteante vista para o mar. R. Gonçalves Dias, 32 (Centro), 21/2505-1500, www.confeitariacolombo.com.br(Bruno Agostini)
10/10Coffee Lab (São Paulo) Torra, degustação e preparo de cafés são feitos com disciplina e cálculo para criar “um laboratório de sensações”, segundo a própria cafeteria. Os seis tipos de grãos vêm de cinco fazendas diferentes, mas torrefação e produção ficam nas mãos de Isabela Raposeiras(foto), campeã do primeiro Campeonato Brasileiro de Baristas em 2002, sua equipe de baristas sêniors e equipamentos high-tech. Além dos clássicos expresso, expresso panna, macchiato, cappuccino e latte, a casa traz os sempre gelados café shakeratto, frappé de cappuccino e o “chocolate da vovó calorenta”, além de novidades como café coado e frech press, ambos na extraídos na mesa. Destaque para a “xicragem”, uma degustação em três estágios. Ao final do primeiro estágio, o cliente ganha a bebida que mais gostou; após o segundo, uma xícara transparente; e, ao final do terceiro, um pacote de café. R. Fradique Coutinho, 1340 (V. Madalena), 11/3375-7400(Divulgação)
Um bom cafezinho, extraído com primazia, deixa a qualidade evidente no aroma, na textura e no sabor. A equação depende das características do fruto, dos processos de torrefação e moagem e da habilidade do barista de tirar o café, além de fatores como temperatura e harmonização.
O blend, combinação de diferentes tipos de grãos, merece atenção, pois cada espécie tem características próprias de aroma, corpo, acidez e ponto de torra ideal. O Alta Mogiana, por exemplo, tem aroma achocolatado e baixa acidez, já o Sul de Minas possui acidez acentuada e aroma floral. Harmonizar as variáveis e fazer a torrefação adequada é, muitas vezes, tarefa do próprio estabelecimento e garante a personalidade das marcas.
Grãos bem escolhidos fazem a diferença. É por isso que o Jacu Bird Coffee, produzido na Fazenda Camocim, no Espírito Santo, é um dos cafés mais exóticos e caros do mundo. O fruto é retirado das fezes do pássaro jacu, que seleciona os melhores grãos para engolir e não os processa na digestão.
French press ou cafeteira italiana? A extração é fundamental para resultado com pouca ou muita concentração de cafeína. Em muitos estabelecimentos, o cliente pode escolher qual prefere.
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O coado (com papel ou pano) é o mais comum nas residências brasileiras e permite maior extração de cafeína, pois a água fica mais tempo em contato com o pó. Já o espresso é mais concentrado e consistente, carrega mais pó para a bebida. A french press (ou prensa francesa) leva o nome porque a mistura da água com os grãos moídos é pressionada por um êmbolo, até que o líquido suba e os resíduos permaneçam no fundo do recipiente. O resultado é uma fusão mais densa entre a água e o café moído, com mais óleos e sedimentos. A cafeteira italiana o faz encorpado, com sabor forte, que lembra o do espresso. A aeropress também garante essas características, mas com o café coado.
Escolhido o tipo de extração, é hora de degustar! Conheça algumas cafeterias no Brasil que cumprem esses critérios de qualidade e servem cafezinhos aromáticos, saborosos e bem tirados.