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Cerro, cerro meu

Estações de esqui na Argentina e no Chile com crianças, para gastar pouco, com ou sem balada, para pros. Escolha uma para chamar de sua

Por Claudio Campos
Atualizado em 16 dez 2016, 09h08 - Publicado em 17 set 2011, 20h28

Bariloche

Bariloche é a capital dos brasileiros da neve e, no font interno, do turismo estudantil argentino, uma Cancún dos portenhos. Por isso é barato ficar na cidade – há muitos albergues e hostels. Quer gastar pouco, vá a Bariloche. O hostel Tango Inn (www.angoinnhostels.com; diárias desde US$ 13 em quarto para oito pessoas) ainda dá ao hóspede o transfer para a estação de esqui de Cerro Catedral. Na cidade, comer é um exercício de custo/benefício. No El Boliche de Alberto (Calle Villegas, 347, 54-2944/434-564, www.elbolichedealberto.com), a parilla que é unanimidade. Na neve propriamente dita, considere fazer aulas coletivas em uma das várias escolas de esqui da base, maneira de conhecer as melhores pistas e setores da montanha.

Não é segredo que Bariloche ainda é a porta de entrada dos brasileiros na neve. Pelas estações você vai ver gente fazendo esquibunda, jogando bolas compactadas nas costas dos amigos ou fotografando sem parar nas gôndolas com o cenário branco das estações de Cerro Catedral (www.catedralpatagonia.com) e Cerro Otto. Se você ou alguém de sua família não esquia nada e se recusa a aprender, é ainda possível fazer tubing, em que uma boia inflável do tamanho de um pneu de caminhão é jogada montanha abaixo. É uma experiência divertida, especialmente para as crianças. Separe uma noite para outra experiência divertida – e memorável: um jantar no El Refugio (Ruta 82, 54-2944/476-110, www.arelauquen.com), dentro do luxuoso condomínio arelauquen golf Club. Para chegar ao restaurante, a 1 300 metros de altitude, só de snowmobile ou a cavalo. Por aí você tem uma ideia.

Cerro Bayo

A estação de Cerro Bayo (www.cerrobayoweb.com), a 15 minutos do Centro da cidade, é pequena e sem grandes atrativos, mas o lugar, Villa la Angostura, a uma hora de carro do aeroporto de Bariloche, do outro lado do Lago Nahuel Huapi, compensa as limitações do esqui. La Angostura é um complemento de paz e charme a Bariloche. Pousadas à beira-lago como a Las Balsas (Calle Las Balsas, 54-2944/494-398, www.lasbalsas.com; diárias desde US$ 420), integrante da associação Relais & Châteaux, são, forçando um pouco a barra, quase commodity em La Angostura. O restaurante do lugar aplica técnicas fancesas à cozinha patagônica em menus com vinho e sobremesa ao preço fixo de US$ 120. Outra opção na linha fancy é o elegante Correntoso Lake & River Hotel (Ruta 234 com o Rio Correntoso, 54-2944/15-619, www.correntoso.com; diárias desde US$ 300). o restaurante gourmet é aberto ao público.

Cerro Castor

Para explorar os arredores selvagens de Ushuaia, a cidade mais ao sul do mundo, é preciso escolher o meio de transporte, todos eles curiosos – trenó de cachorros, snowmobiles, raquetes de neve (ok, há também 4×4). A moderna estação de esqui de Cerro Castor (www.cerrocastor.com) tem pistas na medida para intermediários e uma área de iniciantes que percorre belas trilhas à sombra das árvores. Ushuaia está na moda, e um efeito colateral positivo é a culinária. O Chez Manu (Avenida Fernando Luis Martial, 2135, 54-2901/432-253), com vista do Canal de Beagle, tem no cardápio a pata de centolla, caranguejo gigante das águas geladas da região. O restaurante ficou fechado alguns meses, mas reabre no dia 26 deste mês.

Chapelco

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Chapelco (www.cerrochapelco.com) é uma das melhores estações do continente, com 24 pistas, teleféricos modernos, neve de ótima qualidade e um generoso terreno esquiável. A estação faz jus à cidade, San Martín de los Andes, uma das mais pitorescas da Patagônia. A três horas de Bariloche e às magens do Lago Lacar, é muito visitada por famílias que preferem chalés e apart-hotéis. Em Chapelco, as bonitas trilhas entre as árvores e os passeios de trenó puxados por cães siberianos valem a subida. o lugar também tem um “jardim de infância” na neve completo, com creche.

Farellones/El Colorado/La Parva

De todas as estações próximas a Santiago, El Colorado (www.elcolorado.cl) é a mais frequentada pelos santiaguinos. Os motivos são os passes mais em conta, o Snow Park, o maior da américa do sul, com obstáculos como corrimões e rampas para saltos e as muitas pousadas e apart-hotéis, boas para quem vai em grupo. Um teleférico na base faz a ligação entre El Colorado e a vila de Farellones, com mais pousadas e o simpático hostel Lodge Andes (Camino la Capilla, 662, 56-02/919-5524, www.lodgeandes.cl), em que até seis amigos podem compartilhar um dormitório pagando US$ 70 por pessoa, jantar incluído. O lugar também tem uma vida noturna de nota, como você pode comprovar no El Montañes (Avenida El Colorado, 56-02/321-1149, www.elmontanes.cl) – de dia o restaurante serve uma das melhores comidas do Chile, com especialidades suíças. Outra grande vantagem de Colorado é estar a uma hora de Santiago. Prefira subir com as vans que partem do bairro de Las Condes, em Santiago, onde também estão lojas para aluguel de equipamentos de esqui. Pagam-se cerca de US$ 15, com saídas a partir das 8 da manhã pela KL Adventure (Augusto Mira Fernandez, 14248, 56-2/217-9101, www.kladventure.com) ou pela Ski Total (Avenida Apoquindo, 4 900, lojas 37 e 46, 56-2/246-6881, www.skitotal.cl). La Parva (www.laparva.cl), a estação que vem logo pós os limites de El Colorado é mais exclusiva. Na vila defonte, há apenas casas para locação. Os passes são mais caros, as filas nos meios de elevação são menores e os santiaguinos se acham muito rejios (elegantes) quando estão lá.

La Hoya

Pouca gente sabe, mas existe uma espécie de lado B dos Lagos Andinos, uma região mais selvagem que parece ter sido deixada como foi encontrada. A pequena cidade de Esquel, a quatro horas de Bariloche, guarda um pouco do espírito dos tempos da locomotiva a vapor Latrochita, o velho expresso Patagônico, que cortava a área. Em Esquel está La Hoya (www.cerrolahoya.com), estação com 24 pistas, dispotas em uma espécie de anfiteatro natural que se afunila desde os picos até a base e tem passes mais baratos que a média argentina. Na estrada, é comum avistar animaiss como guanacos e lebres, além dos cervos que costumeiramente cruzam a pista. se você gosta de se sentir desbravando um destino, esta é a estação.

Las Leñas

Gente diferenciada, para usar a expressão da moda, comparece em peso a Las Leñas (www.laslenas.com), na região de Mendoza. Não é incomum que apenas socializem nos bares, ignorando as pistas. Las Leñas é um resort bem isolado, com duas boates na estação, mas fervidíssimas. Rola paquera no restaurante Parador Neptuno, no alto do teleférico Neptuno, ou na happy hour do UFO Point, restaurante, na base da montanha que vira clube depois das 11 da noite. De dia a conversa é para os expertos. Os half-pipes naturais (as valas cheias de neve com formato tubular, ideais para manobras aéreas) da estação surgem logo à saída dos teleféricos. E as pistas para intermediários são generosas: podem chegar a 7 quilômetros de extensão graças aos halfpipes e aos tratores snowcat, utilizados para aplainar a neve nas pistas.

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Nevados de Chillán

O Gran Hotel Termas de Chillán (42/434-200, www.termaschillan.cl; diárias desde US$ 1380 o pacote com sete noites), considerado o mais confortável entre todas as estações chilenas, serve uma verdadeira maratona de tratamentos de beleza e relaxamento, como hidromassagem sulfúrica, talassoterapia com algas, banhos de vapor natural, terapia com pedras quentes e outros mimos para o corpo. O esqui é sempre protagonista, mas ninguém se incomoda em passar um dia ou dois longe da neve. A 8 quilômetros do lugar, outra opção bacana de hospedagem é o vilarejo de Las Trancas, onde fica o M.I. Lodge (Fundo Los Pretiles, 56-9/623-0412, www.misnowchile.com; diárias desde US$ 60), a pousada mais cool de Chillán.

Portillo

Situada na fonteira com a Argentina, o resort de esqui Portillo (www.skiportillo.com; diárias desde US$ 1 700 com sete noites de hospedagem) trata seus clientes com distinção. São 480 funcionários para no máximo 450 hóspedes. E como quase nunca há filas nos meios de elevação, dá para descer várias vezes em curto espaço de tempo. A adega com 140 rótulos diferentes é um dos orgulhos do hotel. “Este ano teremos uma carta de vinhos eletrônica à disposição em iPads para que os hóspedes possam harmonizar seus pratos”, disse à VT Constanza Moya, diretora de marketing de Portillo. No início e no fim da temporada, acontecem sempre as semanas Kids Stay Free, em que ao menos uma criança por casal não paga nada por estadia, alimentação ou passe de esqui.

Valle Nevado

Com tantos brasileiros pela estação chilena, você pode até suspeitar que Valle Nevado (www.vallenevado.com) tenha pistas de dificuldade mínima. Mas o lugar é pro, fequentado por esportistas do quilate da brasileira Isabela Clark e do americano Shaun White. As valas e bacias (bowls) cheias de neve na parte central da montanha são uma beleza para os adeptos do snowboard. Dá ainda para se aventurar em excursões de heliski (o helicóptero deixa os esquiadores em lugares bem mais remotos). Para as crianças é bacana também. Na área de aprendizado há equipamentos como o magic carpet, que encurta o tempo entre uma descida e outra.

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