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Compre de quem faz: as feiras colaborativas do Recife

Eventos aproxima produtores de potenciais compradores numa experiência comercial diferenciada

Por Abril Branded Content
Atualizado em 20 dez 2017, 10h00 - Publicado em 20 dez 2017, 10h00

Uma das maneiras de consumir com mais sustentabilidade é comprando diretamente das mãos de quem produz aquilo que você quer. Assim, você sabe exatamente para onde vai seu dinheiro e ainda apoia uma economia em ascensão. Todo mundo sai ganhando! Na capital pernambucana, grupos estão se juntando e fazendo suas criações independentes circularem por meio de feiras colaborativas. O #hellocidades, projeto da Motorola que quer reconectar as pessoas às suas cidades, traz um pouquinho de três delas.

Em abril de 2017, a editora independente e taróloga Sabrina Carvalho, moradora do bairro da Várzea, Zona Oeste do Recife, fez uma proposta a amigos e conhecidos. A ideia era que eles se juntassem e criassem uma feira colaborativa. “Já tinha experiência em organização de eventos e resolvi propor uma ação colaborativa no bairro para tentar driblar os gargalos econômicos, trocar experiências e compartilhar espaços”, explica. “Então fiz o cartaz, abri o evento no Facebook e aí teve início a feira Várzea Co.labor.ativa”, diz Sabrina.

A feira acontece sempre no segundo sábado de cada mês, na Praça Pinto Dâmaso (Av. Afonso Olindense, s/n), no coração do bairro da Várzea. Toda a organização da feira, tocada de forma colaborativa, é feita  pelo Facebook. Para participar, basta comparecer no dia do evento com seu produto ou serviço que será oferecido, montar uma estrutura própria e, no fim, colaborar para que o local seja limpo.

Criadora da Oyá Estúdio Criativo, a designer Aline Tavares participa da feira como expositora e contribui com as peças gráficas utilizadas na promoção. “Nós criamos os materiais para que os participantes divulguem nas suas redes e na sua comunidade e, nas redes sociais da feira, fazemos a divulgação das marcas e produtos que confirmam presença no evento”, explica.

O desafio é transformar a confirmação virtual na presença física, no dia em que acontece a feira. Mas quem está envolvido na organização não desiste. A ideia é que a Várzea Co.labor.ativa se torne uma referência na economia colaborativa do Recife. “Queremos agregar cada vez mais pessoas nesse movimento criativo e colaborativo, buscando ocupar os espaços da cidade num sistema de troca e autogestão”, diz Sabrina. Ainda falta conseguir apoio da Prefeitura do Recife para que o evento tenha estrutura para receber mais visitantes e expositores.

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Inspirada no modelo implantado pela Várzea Co.labor.ativa, da qual participa, a artesã Tati Regis se juntou a outros artesãos e criativos do bairro de Jardim São Paulo, também na Zona Oeste, e criou um braço da feira varzeana, a Jardim Co.labor.ativo. A filial é montada na praça central de Jardim São Paulo mensalmente, e tem sua quarta edição programada para dezembro de 2017.

“A primeira edição foi um sucesso. Tivemos 38 expositores, e a resposta do público foi excelente. Eles, assim como nós, também perceberam a necessidade de movimentos desse tipo, de ocupar as praças com coisas bacanas e incentivar produtores, artesãos e artistas do próprio bairro”, comemora a artesã e organizadora.

Seguindo a tendência, a feira é organizada e divulgada online, em contas no Facebook e no Instagram. “Eu não consigo mais me ver participando de feiras que não sejam nesse formato. A autogestão é nosso enfoque, e acredito que esse tipo de movimento facilita pra quem quer expor e botar seus produtos e serviços na rua”, defende Tati.

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Na trilha dos baobás

Sem endereço fixo, a Oba! Oba! Baobá! busca baobás — árvore que dá nome ao evento — do Recife e de Olinda em volta dos quais montar a feira. Idealizada pelo designer, artista, empreendedor e “imaginauta”, como se autodenomina, Ghuga Távora, o evento procura ser colaborativo e sustentável.

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Feira coloca pessoas em contato direto com a natureza no Recife e arredores (Oba! Oba! Baobá/Divulgação)

“A ideia foi mobilizar empreendedores e empreendedoras que investem em produtos e atividades sustentáveis. A feira é voltada para o associativismo, protagonismo social e a gestão colaborativa”, explica. “Como sou designer, consigo ‘dar imagem’ às ideias e já fui criando o evento no Facebook, público e interativo. Depois, lancei convites abertos na web, conectando empreendedores e empreendedoras, artistas e quaisquer pessoas que produzam ou ofereçam serviços pertinentes ao evento, voltados para a colaboratividade e sustentabilidade”, diz.

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A Oba! Oba! Baobá!, que não tem periodicidade fixa e é divulgada via Facebook, já foi montada nos baobás dos bairros da Encruzilhada, na Beira-Rio da Praça Domingos Giovanetti, no Jardim do Baobá, localizado no bairro das Graças, e na árvore da Rua do Sol, em Olinda.

“Os participantes são empreendedores e empreendedoras autônomos em diversas áreas: moda, gastronomia, brinquedos, produtos naturais para higiene pessoal, entre outros. Temos também música, piquenique, boas conversas e um ar amistoso, lúdico e educativo com pessoas que fazem a diferença”, diz Ghuga. A próxima edição está marcada para o dia 16 de dezembro, no baobá da Rua do Sol, em Olinda.

Aproveite esses eventos para cortar todos os seus itens da lista de presentes de Natal e, de quebra, alimente uma outra forma de economia. Quando for aproveitar as feiras, não esqueça de registrar o momento nas redes sociais com a hashtag #hellocidades. Conecte-se com a cidade acessando hellomoto.com.br.

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