EUA pode começar a exigir senha de Facebook para quem pedir visto

"Se não quiserem cooperar, que não venham para cá", disse John Kelly, que anunciou medida de pedir senhas e histórico de internet dos visitantes

Por Da Redação
Atualizado em 8 fev 2017, 18h56 - Publicado em 8 fev 2017, 18h38
Mulher em frente a tela de computador com o logo do Facebook
O governo dos Estados Unidos pode solicitar senhas para ver o que as pessoas publicam na rede social (bykst/Pixabay/creative commons/)
Continua após publicidade

O novo secretário do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos, John Kelly, afirmou nesta terça-feira (7) que os consulados e embaixadas do país podem passar a exigir as senhas do Facebook e de outras redes sociais das pessoas que solicitarem o visto estadunidense.

O objetivo da medida, segundo o secretário, é de reforçar o controle sobre os visitantes e negar a concessão do visto para quem, através das atitudes nas redes sociais, represente uma ameaça à segurança do país. Além das senhas das redes sociais, os funcionários do governo ainda podem pedir o histórico de navegação na internet.

A exigência da senha deve passar a ser implementada primeiramente nos sete países de maioria muçulmana que o novo governo insiste em classificar seus cidadãos como perigosos. São eles: Irã, Síria, Líbia, Iraque, Somália, Sudão e Iêmen.

“Se eles não quiserem cooperar, então que não venham para cá”, disse o secretário. Até agora, a ideia não foi posta em prática. “Essas são as coisas que estamos tramitando. Mas do lado de lá nós podemos pedir esse tipo de informação e se eles realmente quiserem vir para a América (sic), então eles vão cooperar. Se não, próximo da fila”.

Kelly, que estava na campanha de Donald Trump para presidente dos Estados Unidos, foi nomeado no último dia 20 e será o principal responsável pela construção do muro na fronteira do país com o México.

Continua após a publicidade

Os sete países muçulmanos entraram na lista de nacionalidades banidas de imigrar ou se refugiar nos Estados Unidos em um decreto assinado por Trump no dia 27 de janeiro. O decreto está suspenso temporariamente por ordem jurídica.

Presidente dos Estados Unidos acena em foto com o sinal de
Donald Trump curtiu essa ideia (Gage Skidmore/Wikimedia commons)
Publicidade